MST:

20 anos de luta pela Reforma Agrária dentro de um projeto popular de desenvolvimento para o Brasil e de construção da globalização contra-hegemônica

Autores

  • Theresa Cristina Zavaris Tanezini

DOI:

https://doi.org/10.26512/ser_social.v0i15.12939

Palavras-chave:

Movimentos sociais, Reforma agrária, Cooperação agrícola, Modelo de desenvolvimento, Globalização contra-hegemônica

Resumo

Este artigo pretende ressaltar a importância do MST como protagonista da luta pela reforma agrária no país desde a década de 1980, resgatando sua trajetória ao longo das fases conjunturais, cujos marcos foram os quatro congressos nacionais, enfatizando, por um lado, a atuação interna junto à sua base social, a complexificação de sua organização espacial e setorial (com ênfase nos setores de produção e de educação) para atender às demandas crescentes e, por outro lado, o esforço de articulação e atuação conjunta com outros movimentos camponeses, sindicais e populares no Brasil e no mundo pela transformação social, incorporando temáticas dos novos movimentos sociais, sem diluir seus valores, concepções e métodos de luta que fazem dele um “velho” movimento de caráter classista comprometido com o processo de democratização da sociedade brasileira articulada com a luta mundial antineoliberal e anticapitalista. Há uma dívida intelectual em contrapor a desqualificação pela mídia e em valorizá-lo nas reflexões teóricas contemporâneas sobre movimentos sociais.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Theresa Cristina Zavaris Tanezini

Assistente social, professora da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Mestre em Sociologia, com área de concentração em Sociologia Rural, pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e doutoranda em Política Social na Universidade de Brasília (UnB).

Referências

ABRAMOVAY, Ricardo. Paradigmas do capitalismo agrário em questão. São Paulo: Hucitec, 1992.

BESCOV, Paulo R. Agricultura e política agrícola no contexto brasileiro de industrialização do pós-guerra. Estudos Sociedade e Agricultura, CPDA, Rio de Janeiro, 1999.

CARVALHO, Horácio M.A Emancipação do movimento no movimento de emancipação social continuada. In: SANTOS, Boaventura de S. (Org.). Produzir para viver. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002.

ESTERCI, Neide (Org.). Roças comunitárias e outras experiências de coletivização no campo. Rio de Janeiro: CEDI, 1982.

_______. (Org.) Cooperativismo e coletivização no campo: questões sobre a prática da igreja popular no Brasil. Rio de Janeiro: Marco Zero, 1984.

GUANZIROLI, Carlos. Perfil da agricultura familiar no Brasil. Brasília: FAO, MARA, 1995.

GOHN, Maria da Glória. Teorias dos movimentos sociais. São Paulo: Loyola, 1997.

JORGE, Wirley et al. Avaliação do Programa Especial de Crédito para a Reforma Agrária PROCERA. Jaboticabal: Unesp, 1998.

KAUTSKY, Karl. A questão agrária. 3. ed. São Paulo: Proposta Editorial, 1980.

KRAYCHETE, Gabriel. Economia dos setores populares: entre a realidade e a utopia. Petrópolis: Vozes, 2000.

LAMARCHE, Hugues (Coord.). A agricultura familiar: comparação internacional. Campinas: UNICAMP, 1993.

MARTINS, José de S. Introdução In: ESTERCI, N. Cooperativismo e coletivização no campo: questões sobre a prática da igreja popular no Brasil. Rio de Janeiro: Marco Zero, 1984.

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA. IICA. FNA. Mais do que uma política agrícola... São Paulo: Brasil Now, [s/d].

NAVARRO, Zander. Mobilização sem emancipação. In: SANTOS, Boaventura de S. (Org.). Produzir para viver. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002.

NOBRE, A. Trajetória do sindicalismo rural na paraíba. Campina Grande, 1992. Dissertação (Mestrado) ”“ UFPB.

NOBRE, A. Gismário et al. A questão agrária no Brasil. Serviço Social e Sociedade, São Paulo, n. 19, dez. 1985. POMAR, Wladimir. Introdução. In: LÊNIN. Capitalismo e agricultura nos EUA. São Paulo: Brasil Debates, 1980.

ROSA, Sueli. O PRONAF. Brasília: UnB, 1996. (mimeogr.).

SINGER. Paul. Auto gestão a partir da Reforma Agrária ”“ MST In: SANTOS, Boaventura de S. (Org.). Produzir para viver. Rio de Janeiro: Cortez, 2002.

STÉDILE, João Pedro. A trajetória do MST. In: CONGRESSO NACIONAL DO MST, 4., São Paulo. [Anais...]. São Paulo: CONCRAB, 2000.

VEIGA, José E. O que é Reforma Agrária. São Paulo: Brasiliense, 1981.

TANEZINI, Theresa Cristina Z. Os industriais do açúcar na plantation colonial: estudo da agro-indústria açucareira no Nordeste. Campina Grande, 1994. Dissertação (Mestrado em Sociologia) ”“ UFPB.

_______. Escravidão e capitalismo na plantation colonial. Revista Raízes, UFPB, Campina Grande, n. 10, dez 1994.

_______. Um estudo da viabilidade sócio-econômica do Assentamento Moacyr Wanderley em Quissamã ”“ São Cristóvão ”“ SE. In: SEMINÁRIO SOBRE TABULEIROS COSTEIROS. Caderno de resumos do...Aracaju: EMBRAPA, 1995.

_______. Projeto Lumiar: uma nova proposta de asssistência técnica para assentamentos de reforma agrária. In: ENCONTRO DE PESQUISA SOBRE A QUESTÃO AGRÁRIA NOS TABULEIROS COSTEIROS DE SERGIPE, 2., [Aracaju]. Anais. [Aracaju]: EMBRAPA, 1997. p 157-163.

_______. Experiência de extensão universitária junto ao Projeto Lumiar. In: SEMINÁRIO DE EXTENSÃO DA UFS, 1., Anais. [s.l.], maio 2000.

_______. MST ”“ a face invisível de um movimento social. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ASSISTENTES SOCIAIS, 10., Rio de Janeiro, 2001. Anais. Rio de Janeiro: CFESS/APEPSS/ENESSO, 2001. (CD-Rom).

_______. A Reforma Agrária e o Fortalecimento da Agricultura Familiar enquanto Políticas Estruturais do Programa de Segurança Alimentar para o Brasil. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ASSISTENTES SOCIAIS (CBAS) 11., Fortaleza, 2004. Anais. Fortaleza: CFESS, ABEPSS, ENESSO, 2004. (CD-Rom)

Downloads

Publicado

08/14/2009

Como Citar

TANEZINI, Theresa Cristina Zavaris. MST:: 20 anos de luta pela Reforma Agrária dentro de um projeto popular de desenvolvimento para o Brasil e de construção da globalização contra-hegemônica. SER Social, [S. l.], n. 15, p. 11–56, 2009. DOI: 10.26512/ser_social.v0i15.12939. Disponível em: https://www.periodicos.unb.br/index.php/SER_Social/article/view/12939. Acesso em: 15 maio. 2024.