Gênero e políticas sociais:

novos condicionamentos sobre a estrutura familiar

Autores

  • Tânia Steren dos Santos

DOI:

https://doi.org/10.26512/ser_social.v10i22.12961

Palavras-chave:

Políticas sociais, Gênero, Famílias, Participação

Resumo

Nesta pesquisa são analisadas as interfaces entre a família e as políticas sociais no Brasil, na perspectiva de gênero. São apresentados diversos dados sobre a estrutura familiar e o trabalho das mulheres. Focaliza-se, principalmente, a questão da maior sobrecarga feminina referente ao cuidado dos dependentes, considerando-se a existência de um déficit nos serviços relacionados às necessidades da reprodução familiar oferecidos pelo poder público. Ao se identificar as novas tendências na constituição das relações de gênero e nas ações do Estado, caracterizando especialmente a situação na área da educação e da saúde, objetiva-se contribuir para a reflexão das determinações sociais do bem-estar das famílias. Destaca-se, ademais, a importância da participação das mulheres na construção de uma divisão sexual do trabalho mais equitativa, na qual a dominação masculina, os estereótipos e discriminações de gênero sejam cada vez mais reduzidos, tanto no espaço público quanto na esfera doméstica.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Tânia Steren dos Santos

Doutora em Sociologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e professora adjunta nessa universidade. 

Referências

AGUIRRE, Rosário. Trabajo y ciudadanía de las mujeres en Uruguay. Revista de Ciencias Sociales, Montevideo, n. 18, sep. 2000.

________. Los cuidados familiares como problema público y objeto de políticas. In: ARRIAGADA, Irma (Coord.) Familia y políticas públicas en América Latina: una historia de desencuentros. Santiago de Chile: Cepal, 2007. p. 187-198.

ANANIAS, Patrus. Quatro anos de luta pelos mais pobres. Disponível em: <http://www.mds.gov.br/noticias/artigo-quatro-anos-de-luta-pelos-mais-pobres-patrus-ananias>. Acesso em: 30 jan. 2008.

_______. Políticas sociais como pilar fundamental para o desenvolvimento de uma nação. Patrus Ananias. Disponível em: <http://www.mds.gov.br/noticias/artigo-politicas-sociais-como-pilar-fundamental-para-o-desenvolvimento-de-uma-nacao-patrus-ananias>. Acesso em: 15 jul. 2008.

ARENDT, Hannah. A condição humana. Rio de Janeiro: Forense-Universitária, 1983.

BAQUERO, Marcello (Org.). Democracia, juventude e capital social no Brasil. Porto Alegre: Ed. da UFRGS, 2004.

BATTHYÁNY, Karina. Estado, família y políticas sociales: quien se hace cargo de los cuidados y las responsabilidades familiares? Revista de Ciencias Sociales, Montevideo, n. 18, sep. 2000.

BEBEL, August et al. Da velha à nova família. São Paulo: Proposta Editorial, 1980.

BEHRING, Elaine Rossetti. Fundamentos de política social. In: MOTA, Ana Elisabete et al. (Orgs.). Serviço Social e Saúde: formação e trabalho profissional. [s.l.]: Abepss, 2006. Disponível em: http://www.fnepas.org.br/pdf/servico_social_saude/texto1-1.pdf. Acesso em: 2 mar. 2009

BICALHO, Elizabeth. A mulher no pensamento moderno. In: ESTUDOS de gênero. Goiânia. 1998. p. 21-40. (Cadernos de área n. 7).

BOURDIEU, Pierre. Novas reflexões sobre a dominação masculina. In: LOPES, Marta Júlia M.; ESTERMANN, Dagmar M.; WALDOW, Regina. (Orgs.) Gênero e saúde. Porto Alegre: Artes Médicas. 1996. p. 28-40.

__________.A dominação masculina. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil,1999.

BRASIL. Ministério da Saúde. Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher (PNDS-2006). Disponível em: <http://189.28.128.100/portal/aplicacoes/noticias/noticias_detalhe.cfm?co_seq_noticia=50298>. Acesso em: 4 jul. 2008.

BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome. Avanços e Desafios. Disponível em: <http://www.mds.gov.br/noticias/avancos-e-desafios>. Acesso em: 26 set. 2007.

_______. Catálogo de indicadores de monitoramento dos programas do MDS.Brasília: MSD, Sagi, 2007.

BRASIL. SECRETARIA ESPECIAL DE POLÃTICAS PARA AS MULHERES. Disponível em: . Acesso em: 20 jul. 2008.

CAPPELLIN, Paola.Ações afirmativas, gênero e mercado de trabalho: a responsabilidade social das empresas na União Européia. In: ROCHA, Maria Isabel Baltar da (Org.). Trabalho e gênero: mudanças, permanências e desafios. Campinas: Abep, Nepo/Unicamp, 2000. p. 265-294.

CARVALHO, Ailton Mota de. Políticas sociais: afinal do que se trata? Agenda Social, Campos de Goytacazes, v. 1, n. 3, p. 73-86, set./dez. 2007.

CERRONI, Umberto et al. A crise da família e o futuro das relações entre os sexos: palestras conferidas no Instituto Antonio Gramsci, em Roma, em 1964. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1971.

COELHO, Clair Castilhos. Gênero e políticas públicas. In: SILVA, Alcione L.; LAGO, Mara C. S.; RAMOS, Tânia R. O. (Orgs.). Falas de gênero. Florianópolis: Mulheres, 1999.

COMISIÓN ECONÓMICA PARA AMÉRICA LATINA Y EL CARIBE (Cepal). El desafío de la equidad de género y de los derechos humanos en los albores del siglo XXI. Documento de la 29 a reunión de la Mesa Directiva de la Conferencia Regional sobre la Mujer de América Latina y el Caribe, nov. 1999.

CONCHA, Leonor Aida. El impacto de las políticas económicas globalizadoras en el trabajo y calidad de vida de las mujeres: en México, Nicaragua, Colombia, Perú, Bolivia y Chile. México: Debora Publicaciones, 2001. (Trabalho da Red Latinoamericana Mujeres Transformando la Economía).

DELGADO, D. G.; CAPPELLIN, Paola; SOARES, Vera (Orgs.). Mulher e trabalho: experiências de ação afirmativa. São Paulo: Boitempo, 2000.

DIAS, Regina Célia. O Movimento de Luta Pró-Creche de Belo Horizonte: a prática social de mulheres na construção de identidades sociais e de uma nova cidadania. 1995. Dissertação (Mestrado em Educação) ”“ Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 1995.

DURAN, María Ángeles. Los costos invisibles de la enfermedad.Madrid: Fundación VBB, 1999.

FUNDAÇÃO PERSEU ABRAMO. Núcleo de Opinião Pública. A mulher brasileira nos espaços público e privado. São Paulo, 2001. Disponível em: <http://www.fpabramo.org.br/nop/nop.htm>. Acesso em: 22 maio 2002.

GALEAZZI, Irene M. S. Mulheres trabalhadoras: a chefia da família e os condicionantes de gênero. Revista Mulher e Trabalho, Porto Alegre, v. 1, p. 61-68, 2001.

GOLDANI, Ana Maria. Retratos de família em tempos de crise. Estudos Feministas, Rio de Janeiro, n. especial, p. 303-335, 2º sem. 1994.

GOMES, Maria do Rosário C. S. Nacionalização da política de assistência social e governos estaduais no Brasil: o caso do estado de São Paulo. 2008. 329 p. Tese (Doutorado em Serviço Social) ”“ Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2008.

GÓMEZ, Tania Aillón. Perspectivas de género y limitaciones estructurales. Nueva Sociedad, Caracas, n. 135, p. 66-77, ene./feb.1995.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÃSTICA (IBGE). Brasil em Síntese. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/brasil_em_sintese/>. Acesso em: 2 set. 2008.

______. Censo 2000: questionários. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/censo/questionarios.shtm>. Acesso em: 3 mar. 2009.

JELIN, Elizabeth. Las famílias latinoamericanas en el marco de las transformaciones globales. In: ARRIAGADA, Irma (coord.) Familia y políticas públicas en América Latina: una historia de desencuentros. Santiago de Chile: Cepal, 2007. p. 93-123.

LOPES, Márcia. Mulher e justiça social. Disponível em: <http://www.mds.gov.br/noticias/artigo-mulher-e-justica-social>. Acesso em: 9 mar. 2007.

OLGIATI, Etta. As ações afirmativas na Itália e um olhar sobre a Europa. In: DELGADO, Didice G.; CAPPELLIN, Paola.; SOARES, Vera (Orgs.) Mulher e trabalho:experiências de ação afirmativa. São Paulo: Boitempo, 2000. p. 59-84.

PRÁ, Jussara Reis. Cidadania de gênero, capital social, empoderamento e políticas públicas no Brasil. In: BAQUERO, Marcello (Org.). Reinventando a sociedade na América Latina: cultura, política, gênero, exclusão e capital social. Porto Alegre: Ed. da UFRGS; Brasília: Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM), 2001. p. 173-208.

PRÁ, Jussara Reis. Políticas de Gênero, feminismo e novas institucionalidades. In: NAZZARI, Rosana K. (Org.). Temas de ciência política: teoria do conhecimento, metodologia nas ciências sociais, teorias políticas, comportamento político. Cascavel: Edunioeste, 2004. p. 223-243.

RIO GRANDE DO SUL (RS). Coordenadoria Estadual da Mulher (CEM). Um olhar feminino.Disponível em:<http://www.cem.rs.gov.br/site/cem_politpub.php>. Acesso em: 10 jul. 2008.

SANTOS, Tania Steren dos. Globalização e exclusão: a dialética da mundialização do capital. Sociologias,Ciência & Tecnologia, Porto Alegre, v.3, n. 6, p. 170-199, jul./dez. 2001.

___________. (Des)encontros de Pierre Bourdieu com o marxismo: relações objetivas, representações simbólicas e ação. Humanas,Porto Alegre, v. 25, n. 1/2, p. 115-149, 2002/2003.

SUNKEL, Guillermo. Regímenes de bienestar y políticas de familia en América Latina. In: ARRIAGADA, Irma (coord.) Familia y políticas públicas en América Latina: una historia de desencuentros. Santiago de Chile: Cepal, 2007. p. 171- 186.

YANNOULAS, Silvia C. Notas para a integração de gênero na Educação Profissional. In: VOGEL, Arno (Org). Trabalhando na diversidade no PLANFOR: raça/cor, gênero e pessoas portadoras de necessidades especiais. São Paulo: Unesp, 2001. p. 69-105.

Downloads

Publicado

08/14/2009

Como Citar

SANTOS, Tânia Steren dos. Gênero e políticas sociais:: novos condicionamentos sobre a estrutura familiar. SER Social, [S. l.], v. 10, n. 22, p. 97–128, 2009. DOI: 10.26512/ser_social.v10i22.12961. Disponível em: https://www.periodicos.unb.br/index.php/SER_Social/article/view/12961. Acesso em: 15 maio. 2024.

Edição

Seção

Artigos Temáticos