Política de Assistência Estudantil:

direito da carência ou carência de direitos?

Autores

  • Janete Luzia Leite UFRJ

DOI:

https://doi.org/10.26512/ser_social.v14i31.13024

Palavras-chave:

Política de Assistência Estudantil, Política de Assistência Social, Política de Educação, REUNI

Resumo

Este texto tem por objeto o conjunto de fatores contemporâneos que tornam premente a construção e implementação de uma Política de Assistência Estudantil abrangente e universal nas universidades públicas brasileiras, indo na contramão da lógica custo/benefício que hoje se impõe. Para tanto, parte da análise dos Programas de Assistência Estudantil, seus critérios e condicionalidades, informados nos sítios destas Universidades. Sustenta que a maior parte das Bolsas ditas de “Permanência” constituem-se em modalidades de trabalho pelos estudantes, e não em Programas de Assistência. Conclui que o desafio posto é o de retirar o caráter focal, residual e seletivo hoje conferido às políticas de assistência, transformando a Assistência Estudantil em um direito de todo estudante, e não um favor para alguns, em geral classificados como “carentes”.

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Biografia do Autor

Janete Luzia Leite, UFRJ

Professor Associado da Escola de Serviço Social da UFRJ. Doutora em Serviço Social (ESS/UFRJ). Coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Políticas Públicas, "Questão Social" e Serviço Social - NUPEQUESS (ESS/UFRJ-Diretório de Grupos de Pesquisa CNPq)

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Publicado

03/01/2013

Como Citar

LEITE, Janete Luzia. Política de Assistência Estudantil:: direito da carência ou carência de direitos?. SER Social, [S. l.], v. 14, n. 31, p. 453–472, 2013. DOI: 10.26512/ser_social.v14i31.13024. Disponível em: https://www.periodicos.unb.br/index.php/SER_Social/article/view/13024. Acesso em: 11 maio. 2024.