Crise, trabalho e “financeirização” da Previdência Social na Itália e no Brasil

Autores

  • Maria Lúcia Lopes Silva

DOI:

https://doi.org/10.26512/ser_social.v18i39.14631

Palavras-chave:

Crise, Trabalho, Direitos, Previdência, Capital

Resumo

Este texto trata das precárias condições do trabalho e das restrições dos direitos previdenciários, tradicionalmente vinculados ao modelo de emprego clássico (cada vez mais raro), no contexto de aprofundamento da crise estrutural do capital, em que se ampliam as pressões sobre o Estado realizadas pelas instituições financeiras como bancos, seguradoras de cartões de crédito, entre outras, para reorientar, a seu favor e de outras frações do grande capital, o fundo público e também as funções sociais da Previdência Social, “financeirizando-as”, o máximo possível, como ocorre na Itália e no Brasil, de acordo com os resultados preliminares da pesquisa de pós-doutorado, em curso, sobre esta temática.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ALVES, Giovanni. Trabalho e neodesenvolvimentismo: choque de capitalismo e nova degradação do trabalho no Brasil. Bauru-SP: Canal 6, 2014.

ANFIP. Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil. Análise da seguridade social 2014. Brasília: Anfip, jul./2015.

______. Análise da seguridade social 2015. Brasília: Anfip, jul./2016.

BRASIL. Ministério da Previdência Social. Boletim Estatístico da Previdência Social, v. 21, n. 8. Brasília: MPS, 2016a.

______. Informes Estatísticos ”“ SPPC. Agosto. Brasília: MPS, 2016b.

CARRIERI, M. I sindicati: tra le conquiste del passato e il futuro da costruire. Bologna: Il mulino, 2012.

COVIP. Commissione di Vigilanza Sui Fondi Pensione. Previdenza complementare: principal dati statistici dal 2015. Quarto trimestre. Roma: Covip, 2015.

______. Relazione per l’anno 2015: considerazione del presidente. Roma: Covip, 6 giugno 2016a.

______. La previdenza complementare. Principali dati statistici. Aggiornamento settembre 2016. Nota di comento. Roma: Covip, 2016b.

CREDIT SUISSE. Thought leadership from Credit Suisse Research and the world’s foremost experts. Global wealth report 2015. Berne: Credit Suisse, october, 2015.

______. Thought leadership from Credit Suisse Research and the world’s foremost experts. Global wealth report 2016. Berne: Credit Suisse, november, 2016.

CHESNAIS, François. A finança mundializada. São Paulo: Boitempo, 2005.

______. A teoria do regime de acumulação finaceirizado: conteúdo, alcance e interrogações. Economia e Sociedade, v. 11, n. 1 (18), p. 1-44, jan.-jun./2002.

______. Mundialização: o capital financeiro no comando. Outubro, ed. 5. art. 2, fev./2001.

GALLINO, Luciano. Il denaro, il debito e la doppia crisi: spiegati ai nostri nipoti. Torino: Einaudi, 2015.

______. Finanzcapitalismo: la civiltà sel denaro in crisi. Torino: Einaudi, 2016.

IAMAMOTO, M. V. Estado, classes trabalhadoras e politica social no Brasil. in: BOSCHETTI, I; BEHING, E. et al. (Orgs.) Política social no capitalismo: tendências contemporâneas. São Paulo: Cortez, 2008.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Tábua completa de mortalidade para o Brasil-2014: breve análise da evolução da mortalidade no Brasil. Rio de Janeiro, IBGE, 2015. Disponível: <ftp://ftp.ibge.gov.br/Tabuas_Completas_de_Mortalidade/Tabuas_Completas_de_Mortalidade_2014/notastecnicas.pdf>. Acesso em: 06/12/2016.

IANNI, O. Estado e capitalismo no Brasil. 2. ed. São Paulo: Brasiliense, 2004.

IPEA. Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicada Mercado de trabalho. Conjuntura e análise. Brasilia: IPEA, abr./2016.

MARX, Karl. Grundisse: manuscritos de 1857-1858. Esboços da crítica da economia política. [Tradução de Mario Duayer; Nelio Schneider]. São Paulo: Boitempo, 2011.

______. O capital: crítica da economia política. Livro 1: O processo de produção do capital. [Tradução de Rubens Ederle]. São Paulo: Boitempo, 2013; 2015. (Marx-Engels).

MESZÁROS, István. O desafio e o fardo do tempo histórico. Tradução: Ana Cotrim e Vera Cotrim. 1. ed. revista. São Paulo: Boitempo, 2011.

OIT. Organização Internacional do Trabalho. Perspectivas sociais e de emprego no mundo: mudanças nas modalidades do emprego. Sumário Executivo. OIT, 2015.

OXFAM GB. Documento Informativo da OXFAM 210. Resumo. Oxford: Ox4, 16/01/2016.

PATTA, G. P. Primo riformare le pensioni: lavorare per vivere e non vivere per lavorare. Roma: Ediesse, 2015.

POCHMANN, M. Nova classe média? O trabalho na base da pirâmide social brasileira. São Paulo: Boitempo, 2012.

ROSINA, A. Introduzione: dala crisi generazionale al riscatto regenerativo. In: Istituto Giuseppe Toniolo. La condicione giovanile in Italia, Rapporto Giovani 2016. Urbino: Il mulino, 2016,p. 7-19.

RUBINO, Fulvio. Ri-pensare la previdenza: tra sostenibilità finanziaria e sostenibilità sociale. Roma: Stampa Macofin, 2013.

SALVADOR, Evilasio. Renúncias tributárias ”“ os impactos no financiamento das políticas sociais no Brasil. Valor Econômico, 03/09/2015. Disponível em:

<http://www.valor.com.br/brasil/4208336/desoneracao-afeta-investimento-social-diz-estudo>. Acesso em: 25/11/2016.

SARACENO, C. Il welfare: modelli e dilemmi della citadinanza sociale. Bologna: Il mulino, 2013.

______. Il lavoro non basta: la povertà in Europa negli anni della crisi. Milano: Feltrinelli, 2015.

SILVA, Maria Lucia Lopes da. Previdência Social no Brasil: (dês) estruturação do trabalho e condições para a sua universalização. São Paulo: Cortez, 2012.

______. Trabalho e Previdência Social no Brasil no contexto da crise do capital. O ser social em questão, trabalho e políticas públicas, v. 1, n. 34, 2. sem., p. 137-160. 2015b.

Downloads

Publicado

02/07/2017

Como Citar

SILVA, Maria Lúcia Lopes. Crise, trabalho e “financeirização” da Previdência Social na Itália e no Brasil. SER Social, [S. l.], v. 18, n. 39, p. 407–443, 2017. DOI: 10.26512/ser_social.v18i39.14631. Disponível em: https://www.periodicos.unb.br/index.php/SER_Social/article/view/14631. Acesso em: 16 maio. 2024.

Edição

Seção

Artigos Cientí­ficos - Temáticos