Serviço Social e o silenciamento sobre as questões étnico-raciais

Autores

  • Juliana Marta Santos de Oliveira Universidade Federal da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.26512/ser_social.v19i41.14945

Palavras-chave:

Serviço social, Formação profissional, Racismo, Questão étnico-racial

Resumo

Este artigo debruça-se em questionar como uma categoria profissional que tem, como seu objeto de ação, a população negra e pauperizada do Brasil, demorou 80 anos, para compreender que não tinha no cerne da sua formação um conceito e um direcionamento político-pedagógico perante as requisições étnico-raciais. A hipótese primária é de que o racismo permeia e define todas as relações sociais no país, e desta forma, o Serviço Social e os assistentes sociais não podem ser percebidos fora do prisma mais amplo deste contexto social alienante. Como o Serviço Social brasileiro tratou as questões étnico -raciais historicamente? Como determinantes sociorraciais estão sendo trabalhados, apresentados, na formação de assistentes sociais? Existe na categoria profissional e entre os seus teóricos, aparato teórico e metodológico para lidar com esta demanda? As questões étnico-raciais e de gênero estão no escopo da “questão social”?

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Biografia do Autor

Juliana Marta Santos de Oliveira, Universidade Federal da Bahia

Assistente social e pedagoga;

Mestre em estudos interdisciplinares sobre a universaide

Assistente social - UFBA

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Publicado

02/06/2018

Como Citar

SANTOS DE OLIVEIRA, Juliana Marta. Serviço Social e o silenciamento sobre as questões étnico-raciais. SER Social, [S. l.], v. 19, n. 41, p. 385–397, 2018. DOI: 10.26512/ser_social.v19i41.14945. Disponível em: https://www.periodicos.unb.br/index.php/SER_Social/article/view/14945. Acesso em: 15 maio. 2024.

Edição

Seção

Artigos Cientí­ficos - Temáticos