PRESENTACIÓN - Dossier "MEMORIAS INDÍGENAS: silencios, olvidos, impunidad y reivindicación de derechos y acceso a la justicia"

Autores/as

  • Ana Margarita Ramos Universidad Nacional de Rio Negro
  • Ricardo Verdum Museu Nacional/UFRJ

DOI:

https://doi.org/10.26512/abyayala.v2i2.22292

Palabras clave:

memorias indigenas, acceso a la justicia, derecho

Resumen

Nos últimos trinta anos, a memória se tornou um dos principais temas de interesse das Ciências Sociais na América Latina. Também se constituiu num importante instrumento na promoção de direitos e na conquista do acesso à justiça. Sua valorização beneficiou particularmente os setores da população em situação de exclusão política e discriminação social e econômica, os explorados e humilhados, e os reprimidos por grupos sociais que constituíram e que controlam, em seu benefício, aparatos de poder estatais e/ou paraestatais (Stavenhagen 1996; Jelin 2002).

A memória é, portanto, um campo de disputas onde o recordar, o falar e o silenciar estão sujeitos às micropolíticas da vida cotidiana. Tanto o recordar quanto o esquecer estão sujeitos aos limites estabelecidos pelos poderes constituídos em diferentes escalas e espaços, de maneira sutil ou enérgica. Daí porquê falar de recordações impostas e na domesticação do recordar, e no disciplinamento das subjetividades sociais. Daí porquê falar de memória crítica e de crítica da memória como recursos que a prática intelectual deve mobilizar para seguir levando a termo guerras de interpretação em torno aos significados e usos do recordar (Briones 1994; Verdum 1994; Richard 2002; Ramos 2011).

Com este dossiê pretendemos reunir trabalhos onde se discutisse, de uma perspectiva etnográfica e histórica, as dinâmicas de construção da memória de sujeitos individuais e coletivos indígenas, submetidos e/ou em resistência à repressão, ao despojo territorial e de outros meios de vida (Crespo 2014) e em contextos de conflito armado (Degregori 2003; Ulfe e Pereyra Chávez 2015; Dettleff 2018).

Também pretendemos dar um espaço especial às questões metodológicas e éticas do trabalho etnográfico com memória em contextos de violência explicita (quando se produzem mortes) ou de violência sutil e naturalizada (de gênero, étnico-racial e/ou classe), de sujeitos e subjetividades vivendo em contextos limites. Contextos onde é exigido do antropólogo e da antropóloga uma atitude de compromisso e de colaboração com os seus interlocutores, sem o que a investigação e a compreensão não alcançarão níveis aceitáveis de validade inclusive entre seus pares (Leyva et al. 2015; Cardoso de Oliveira 1993).

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

BRIONES, Claudia. Con la tradición de todas las generaciones pasadas gravitando sobre la mente de los vivos. Usos del pasado e invención de la tradición. Runa. Archivo para las Ciencias del Hombre, Nº XXI: 99-129, 1994.
CARDOSO DE OLIVEIRA, Luis Roberto. A vocação crítica da antropologia. Anuário Antropológico/90. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, pp. 67-80, 1993.
CRESPO, Carolina. Memorias de silencios en el marco de reclamos étnico-territoriales. Experiencias de despojo y violencia en la primera mitad del siglo XX en el Parque Nacional Lago Puelo (Patagonia, Argentina). Cuicuilco, México, v. 21, n. 61, p. 165-187, dic. 2014
DEGREGORI, Carlos I. Jamás tan cerca arremetió lo lejos. Lima: IEP, 2003.
DETTLEFF, James A. Andean Female Representation in Peruvian Films from the Internal Armed Conflict. Mediaciones, 14(21): 3-18, 2018.
JELIN, Elizabeth. Los trabajos de la memoria. Madrid y Buenos Aires: Siglo XXI de España Editores / Siglo XXI de Argentina Editores, 2002.
LEYVA, Xochitl et al. Prácticas otras de conocimiento(s): Entre crisis. Entre guerras. Chiapas, México: Cooperativa Editorial Retos, PDTG, IWGIA, Taller Paradigmas Emancipatorios-Galfisa, Proyecto Alice, Taller Editorial La Casa del Mago, 2015.
RAMOS, Ana M. Perspectivas antropológicas sobre la memoria en contextos de diversidad y desigualdad. Alteridades, México, v. 21 (42): 115-130, 2011.
RICHARD, Nelly. La crítica de la memoria. Cuadernos de Literatura, Bogotá (Colombia), 8 (15): 187-193, enero-junio de 2002.
STAVENHAGEN, Rodolfo. Los derechos indígenas: algunos problemas conceptuales, Nueva Antropología, Vol. XIII, Nº 43: 83-99, 1992.
ULFE, María E.Y.; PEREYRA CHÁVEZ, Nelson E. “Presentación”, Dossier: Memoria y violencia política. Anthropologica (Departamento de Ciencias Sociales/PUCP, 33 (34): 5-10, 2015.
VERDUM, Ricardo. Refletindo sobre memória com Maurice Halbwachs. Ciências Humanas em Revista (História), Goiânia, 5(2): 141-151, 1994.

Publicado

2018-08-30

Cómo citar

Ramos, Ana Margarita, y Ricardo Verdum. 2018. «PRESENTACIÓN - Dossier “MEMORIAS INDÍGENAS: Silencios, Olvidos, Impunidad Y reivindicación De Derechos Y Acceso a La Justicia”». Abya-Yala: Revista Sobre Acceso a La Justicia Y Derechos En Las Américas 2 (2):53-56. https://doi.org/10.26512/abyayala.v2i2.22292.