Vivendo entre o “doce” e o “forte”

natureza e sociedade entre os Makuna

Autores

  • Luis Cayón

Palavras-chave:

Antropologia

Resumo

Este artigo tem o objetivo de apresentar novos dados etnográficos para ampliar o conhecimento dos grupos Tukano do noroeste Amazônico ao mesmo tempo em que pretende estabelecer um diálogo entre o tema da relação entre natureza e sociedade e as teorias contemporâneas sobre as sociedades indígenas da Amazônia. Ao analisar o continuum formado pelas categorias sajari (doce, calmo, bom) e jünirise (forte, bravo, “que causa dor”), mostra como as concepções sobre o território, a paisagem, os humanos, os não-humanos e a alimentação respondem a uma mesma lógica de construção conceituai, que é inseparável das práticas sociais cotidianas e rituais, sobretudo nas interações entre humanos e não humanos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ÀKI1EM, Kaj. 1981. Makuna social organization. A study in descent, alliance and the lurmation of corporate groups in the Northwestern Amazon. Uppsala: Uppsala Studies in t ’ulluraj Anthropology 4.
________. 1989. Cómo conseguir esposa entre los Makuna. Informes Antropológicos. (Hogotá), n. 3, p. 15-31.
______ . 1993. Ecosofía Makuna. In: CORREA, F. (Ed.). La selva humanizada. Bogotá: IC'AN -C E R EC . p. 109-126.
_______ . 1996. The Cosmic Food-Web: Human-Nature Relatedness in the Northwest Amazon. In: DESCOLA, P.; PÁLSSON, G. (Eds.). Nature and society. London: Routledge. p. 185-204.
_________. 1998. Powers of place: territory, landscape and belonging in Northwest Amazonia. In: LOWELL, N. (Ed.). Local Belonging. London: Routledge. p. 78-102.
________ . 2000. From longhouse to village: structure and change in Colombian Amazon. Ethnographic puzzles: essays on social organization, symbolism and change. London: Athlonc I’rcss. p. 55-92.
________ . 2001. Ecocosmologia y chamanismo en el Amazonas: variaciones sobre un tema. Revista Colombiana de Antropologia, v. 37, p. 268-288.
ÂRHEM, Kaj; CAYÓN, Luis; ANGULO, Gladys; GARCÍA, Maximiliano. 2004. Etnografia Makuna-, tradiciones, relatos y saberes de la Gente de Agua Acta Universitatis Gothenburgensis. n. 17. Bogotá: Universidad de Gotemburgo/Instituto Colombiano de Antropologia e Historia (1CANH).
CAYÓN, Luis. 2001. En la búsqueda dei orden cósmico: sobre el modelo de manejo ecológico Tukano oriental dei Vaupés. Revista Colombiana de Antropologia, v. 37, p. 234-267.
_________. 2002. En las aguas de yuruparí. Cosmologia y chamanismo Makuna. Bogotá: lidiciones Uniandes.
_________. 2005. A cura do mundo. Território e xamanismo entre os Makuna do noroeste Amazônico. (Dissertação de Mestrado) - Departamento de Antropologia Social, Universidade tie Brasília.
CHERNELA, Janet. 1993. The Wanano Indians o f the Brazilian Amazon: a sense of space. Austin: University of Texas Press.
CORREA, François. 1996. For el camino de la Anaconda Remédio: Dinâmica de la organización social entre los Taiwano del Vaupés. Bogotá: Editorial Universidad Nacional - Colciencias.
DESCOLA, Philippe. 1992. Societies of nature and the nature of society. In: KUPER, A. (Hd.). Conceptualizing society. London and New York: Routledge. p. 107-126.
_________. 1993. Les affmités sélectives: alliance, guerre et predation dans l’ensemblejivaro” . In: DESCOLA, P.; TAYLOR, A.C. (Orgs.). La remontée de I ’Amazone: anthropologie et histoire des societés amazoniennes. L’Homme 126-128. p. 171-190.
_________. 1996. Constructing Natures: Symbolic Ecology and Social Practice. En Nature and Society. In: DESCOLA, R; PÁLSSON, G. (Eds.). London: Routledge. p. 82-102.
_________. 1998. Estrutura ou sentimento: a relação com o animal na Amazônia. Mana, v. 4, n. 1, p. 23-45.
DÜRKHEIM, Emile. 1993 [1912]. Las formas elementales de la vida religiosa. Madrid, Alianza.
EVANS-PR1TCHARD, E. E. 1977 [1940]. Los Nuer. Barcelona: Editorial Anagrama.
FOIRN-ISA. 1998. Povos indígenas do alto e médio Rio Negro. Uma introdução à diversidade cultural e ambiental do noroeste da Amazônia brasileira. In: CABALZAR, A.; RICARDO, C. A. (Eds.). São Paulo: Instituto Socioambiental; São Gabriel da Cachoeira: Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro.
GOLDMAN, Irving. 1968. Los Cubeo: indios dei Noroeste dei Amazonas. México: Instituto Indigenista Interamericano.
_________ . 2004. Cubeo Hehénewa religious thought. Metaphysics o f a Northwestern Amazonian People. New York, Chichester, West Sussex: Columbia University Press.
HAMMEN VAN DER, María Clara. 1992. El manejo del mundo: naturaleza y sociedad entre los Yukuna de la Amazonia Colombiana. Bogotá: Tropenbos. HILL, Jonathan; SANTOS-GRANERO, Fernando. 2002. Introduction. In :__________. (Eds.). Comparative Arawakan Histories. Rethinking Language Family and Culture Area in Amazonia. Urbana/Chicago: University of Illinois Press, p. 1-22.
HUGH-JONES, Cristine. 1979. From the Milk River: spatial and temporal process in Northwest Amazonia. London: Cambridge University Press.
HUGH-JONES, Stephen. 1979. The palm and the Pleiades: initiation and cosmology in Northwest Amazonia. London: Cambridge University Press.
_________. 1995. Inside-out and Back-to-front: the Androgynus House in Northwest Amazonia. In: CARSTEN, J.; HUGH-JONES, S. (Eds.). About the House. Cambridge: Cambridge University Press, p. 226-269.
INGOLD, Tim. 2000. Hunting and gathering as ways o f perceiving the environment. The perception o f the environment: essays in livelihood, dwelling and skill. London: Routledge. p. 20-40.
JACKSON, Jean. 1983. The fish people: linguistic exogamy and Tukanoan identity in Northwest Amazonia. London: Cambridge University Press.
KOCH-GRÜNBERG, Theodor. 1995 [1909]. Dos anos entre los indios. 2 Tomos. Bogotá: Universidad Nacional.
LATOUR, Bruno. 1994 [1991], Jamais fomos modernos. Rio de Janeiro: Ed. 34.
I I' VI-STRAUSS, Claude. 1986 [1962a], El totemismo en la actualidad. México: Fonde de ( ullura Económica.
_______ .1988 [1962b]. El pensamiento salvaje. México: Fondo de Cultura Económica. I IMA, Tânia Stolze. 1996. O dois e seu múltiplo: reflexões sobre o perspectivismo em uma l osmologia Tupi. Mana, v. 2, n. 2, p. 21-47.
______. 1999. Para uma teoria etnográfica da distinção natureza e cultura na cosmologia liiruna. Revista Brasileira de Ciências Sociais, n. 40, p. 43-52.
MA1IECHA, Dany. 2004. La formation de Masa Coro “Personas Verdaderas”. Pautas de I riiinza entre los Macuna del Bajo Apaporis. Tesis de Magíster en Estúdios Amazônicos. I Inivcrsidad Nacional de Colombia, Sede Leticia. Inédita.
MAHECHA, Dany; FRANKY, Carlos; CABRERA, Gabriel. 2000. Nukak, kakua, juhup y luipdu (Makii): Cazadores nómadas de la Amazonia Colombiana. Geogmfia humana de ( 'olombia. Amazonia-Caquetá. Tomo VII. Vol. II. Bogotá: Instituto Colombiano de Antropologia e Historia, p. 129-211.
MAUSS, Marcel. 1971 [1904], Ensayo sobre las variaciones estacionales en las sociedades t'M|uimales: un estúdio de morfologia social. Sociologia y Antropologia. Madrid: Editorial livnos. p. 357-430.
KH1CHEL-DOLMATOFF, Gerardo. 1978. El chamán y eljaguar. México: Siglo XXI Editores.
________. 1986 [1968], Desana: simbolismo de los indios Tukano dei Vaupés. Bogotá: 1’rocultura.
________. 1997 [ 1975], Cosmologia como análisis ecológico: una perspectiva desde Ja selva pluvial. Chamanes de la selva pluvial. Foxhole, Dartington, Totnes, Devon: Themis Books, p. 7-20.
K1V1ÈRE, Peter. 2001. A predação, a reciprocidade e o caso das Guianas. Mana, v. 7, n. 1, p 31-53.
SANTOS-GRANERO, Fernando. 2002. The Arawakan Matrix: Ethos, Language and History In Native South America. In: HILL, J.; SANTOS-GRANERO, F. (Eds.). Comparative Arawakan Histories. Rethinking language family and culture area in Amazonia. Urbana and Chicago: I Iniversity of Illinois Press, p. 25-50.
STEWARD, Julian. 1948. Handbook o f South American Indians, v. 3. Washington: .Smithsonian Institution.
VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. 1996. Os pronomes cosmológicos e o perspectivismo mnerindio. Mana, v. 2. n. 2, p. 115-144.
_______. 1999. Etnologia brasilera. In: MICELI, S. (Org.). O que ler na ciência social Imisilera (1970-1995). Vol. I: Antropologia. São Paulo: Ed. Sumaré/Anpocs. p. 109-223.
_________ . 2002. Perspectivismo e multinaturalismo na América indígena. A inconstância ilti alma selvagem. São Paulo: Cosac & Naify. p. 345-399.

Downloads

Publicado

2018-02-20

Como Citar

Cayón, Luis. 2018. “Vivendo Entre O “doce” E O ‘forte’: Natureza E Sociedade Entre Os Makuna”. Anuário Antropológico 31 (1):51-90. https://www.periodicos.unb.br/index.php/anuarioantropologico/article/view/6931.

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.