A paisagem da exclusão

cenografias poéticas nos cais de Moçambique

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/cerrados.v33i64.52731

Palavras-chave:

Duarte Galvão, Noémia de Sousa, exclusão, paisagem, poesia moçambicana, violência

Resumo

Este ensaio propõe reflexões sobre os gestos literários de Noémia de Sousa e Duarte Galvão, heterônimo de Virgílio de Lemos. Ambos produziram seus textos em meados da década de 1950, em Lourenço Marques, cidade moçambicana que hoje é denominada Maputo. Há vários diálogos intertextuais entre Noémia de Sousa e Duarte Galvão, com alusões, referências e dedicatórias em poemas contundentes como os analisados neste texto. Considera-se, principalmente, as imagens dos cais moçambicanos que figuram em poemas desses escritores, com o objetivo de se analisar como se estabelecem as relações e os trânsitos nesses espaços de exclusão.

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Biografia do Autor

Luciana Brandão Leal, Universidade Federal de Viçosa

Doutora e Mestra em Letras - Literaturas de Língua Portuguesa pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Atuou como investigadora visitante na Universidade de Lisboa (2017). Professora Adjunto II na Universidade Federal de Viçosa, atuando no campus Florestal - MG.

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Publicado

30-04-2024

Como Citar

Leal, L. B. (2024). A paisagem da exclusão: cenografias poéticas nos cais de Moçambique. Revista Cerrados, 33(64), 52–60. https://doi.org/10.26512/cerrados.v33i64.52731

Edição

Seção

Fabulações e cenas especulativas

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