Mito, iniciação onírica e cinema na narrativa mẽhĩ

Autores/as

Palabras clave:

ficção especulativa, cosmologias indígenas, Krahô, cinema

Resumen

Análise comparativa e interpretativa do mito de iniciação xamânica Krahô descrito pelo pajé Domingos Crate, com o imaginário indígena presente nos longas metragens "Chuva é cantoria na aldeia dos mortos" (2018) e "A flor do buriti” (2023), ambos dirigidos por Renée Nader Messora e João Salaviza. A partir de imersão na comunidade Krahô, realizamos uma crítica e um paralelo entre a vida onírica e iniciática dos Krahô e a ficção cinematográfica.

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Biografía del autor/a

Leonardo Hecht, Universidade de Brasília

Mestrando em Comunicação no PPG-FAC/UnB, na linha de pesquisa Imagem, Estética e Cultura contemporânea. Bacharel em Comunicação Social com habilitação em Audiovisual pela Universidade de Brasília (2018) e realizador audiovisual. Tem interesse e atua principalmente com temas relacionados a cinema, literatura, memória e povos tradicionais.

Citas

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Publicado

2024-04-30

Cómo citar

Silva, G. de C. da, & Hecht, L. (2024). Mito, iniciação onírica e cinema na narrativa mẽhĩ. Revista Cerrados, 33(64), 38–51. Recuperado a partir de https://www.periodicos.unb.br/index.php/cerrados/article/view/53223

Número

Sección

Fabulações e cenas especulativas

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