“Cenas do próximo capítulo!”

fatores de textualidade no uso do repente nordestino no resumo da telenovela mar do sertão

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/cerrados.v34i67.56960

Palavras-chave:

Repente nordestino, Linguística textual, Oralidade, Análise textual, Coerência

Resumo

Neste trabalho, analisa-se o quadro Cenas do próximo capítulo da novela Mar do Sertão, exibida pela Rede Globo no ano de 2022, o qual foi produzido com o gênero textual repente nordestino. Para essa análise, parte-se de pressupostos da Linguística Textual e da Análise da Conversação para observar como os fatores de textualidade funcionam como pistas que permitem ao leitor recuperar possíveis sentidos presentes na interlocução. Sendo assim, o embasamento teórico que sustenta a análise aciona autores como Marcuschi (1997, 2007 e 2008); Koch (2004); Koch e Travaglia (2004); Antunes (2003 e 2010); Assis (2016); Fávero, Andrade e Aquino (2000); Ribeiro e Marques (2019). Ao final da discussão empreendida é possível observar como o emprego, pelo locutor, e a recuperação, pelo interlocutor, dos fatores de textualidade contribuem para melhor depreensão do sentido de um texto e, consequentemente, para a comunicação que, no caso da novela, acontece entre telespectador e repentistas, com o intuito de prender a atenção dos primeiros na audiência do próximo episódio.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Nilo Pereira Junior, UNIVERSIDADE FEDERAL DO NORTE DO TOCANTINS

Doutorando no Programa de Pós-Graduação em Linguística e Literatura UFNT. Mestre em Letras: ensino de Língua e Literatura pela Universidade Federal do Tocantins (2019), possui pós-graduação em Metodologia do Ensino Superior (UNIRG) e graduação em Biblioteconomia pela Universidade Federal do Pará (2007). Atualmente é bibliotecário da Universidade Federal do Norte do Tocantins; também atua como professor em cursos de pós-graduação. Tem experiência na área de Ciência da Informação, com ênfase em Biblioteconomia, atuando principalmente nos seguintes temas: educação, formação de Leitores, mediação de leitura e Metodologia Científica. Membro do Grupo de Estudos de Linguística Textual e Análise da Conversação - GELTAC.

Lúcia Maria Assis, UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

Doutora em Linguística pela Universidade de São Paulo (USP) e mestre em Linguística Aplicada pela Universidade de Taubaté (UNITAU). Realizou estágio pós-doutoral no PPGL/UFT, com bolsa PNPD/CAPES, e no PIPGLA/UFRJ. Possui experiência docente em Linguística, atuando, principalmente, nas seguintes subáreas: Linguística Textual, Oralidade e Escrita, Análise da Conversação e História das Ideias Linguísticas. Desenvolve pesquisas sobre discursos racistas durante a ditadura civil-militar e na atualidade no Brasil; questões raciais e identidade na obra de Lima Barreto; oralidade e escrita em diferentes gêneros textuais. Atualmente é Professora Associada na Universidade Federal Fluminense, onde também atua na área pedagógica, desenvolvendo pesquisas sobre linguagem e autismo e aprendizagem significativa. É membro do quadro de docente permanente no Programa de Pós-Graduação em Linguística e Literatura da Universidade Federal do Norte do Tocantins (PGLLIT/UFNT). É coordenadora e coorganizadora da coleção Lima Barreto na sala de aula, publicada pela editora Blucher, e líder do GELTAC - Grupo de Estudos de Linguística Textual e Análise da Conversação, certificado pelo CNPq.

Referências

ANDRADE, Roberta Manuela Barros. A multiplicidade de leitura e de leitores na telenovela brasileira. XXVI Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação. Intercom Mídia, Ética e Sociedade, 2003.

ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro & interação. São Paulo: Parábola, 2003.

ANTUNES, Irandé. Análise de textos: fundamentos e práticas. São Paulo: Parábola, 2010.

ASSIS, L. M. O Trabalho com a oralidade no Ensino Médio. In: CANO, M. R. O. A reflexão e a prática no Ensino Médio, v. 1. Língua Portuguesa – sujeito, leitura e produção. São Paulo: Blucher, 2016, p. 79 – 94.

BENTES, A. C. Linguística Textual. In MUSSALIM, F. e BENTES, A.C. Introdução à Linguística (domínios e fronteiras), v. 1. 1ª ed. São Paulo: Cortes, 2001.

COSTA, Jorge Paixão da. Telenovela (origem, evolução e genealogias de um modo de produção) Caleidoscópio: Revista de Comunicação e Cultura (SL) n. 2, julho 2011. ISSN 1645-2585 Disponível: <http://revistas.ulusofona.pt/index.php/caleidoscopio/article/view/2202>. Acesso em: 12 jul. 2022

FÁVERO, Leonor Lopes; ANDRADE, Maria Lúcia C. V. O.; AQUINO, Zilda G. O. Oralidade e escrita: perspectiva para o ensino de língua materna. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2000.

KOCH, Ingedore Villaça A coesão textual. 19. ed. São Paulo: Contexto, 2004.

KOCH, Ingedore Villaça; TRAVAGLIA, Luiz Carlos. A coerência textual. 16. ed. São Paulo: Contexto, 2004.

MARCUSCHI, L. A. e DIONISIO, A. P. Princípios gerais para o tratamento das relações entre a fala e a escrita. In: MARCUSCHI, L. A. e DIONISIO, A. P. (orgs.). Fala e escrita. 1. ed., Belo Horizonte: Autêntica, 2007, p. 13 – 30.

MARCUSCHI, Luiz Antonio. Oralidade e escrita. Signótica, v. 9, n. 1, 1997. PP. 119-146. Disponível em: <https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=6323097>. Acesso em: 13 jan. 2023.

MARCUSCHI, L. A. Oralidade e letramento como práticas sociais. In: MARCUSCHI, L. A. e DIONISIO, A. P. (orgs.). Fala e escrita. 1. ed., Belo Horizonte: Autêntica, 2007. p. 31 – 56.

MARCUSCHI, L. A. Produção Textual, Análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.

MARTIN-BARBERO, Jesus. Dos meios às mediações: comunicação, cultura e hegemonia. Rio de Janeiro: UFRJ, 1997.

PADIGLIONE, Cristina. ‘Pantanal’: Globo resgata as cenas do ‘Próximo capítulo’. Folha de São Paulo. Mar. 2022. Disponível em: <https://f5.folha.uol.com.br/colunistas/cristina-padiglione/2022/03/pantanal-globo-resgata-as-cenas-do-proximo-capitulo.shtml>. Acesso em: 15 jan. 2023.

RAMOS, J. M. O espaço da oralidade na sala de aula. São Paulo: Martins Fontes, 1997.

RIBEIRO, Rondinele Aparecido; MARQUES, Francisco Cláudio Alves. A telenovela e a construção do sentido de pertencimento: algumas considerações a partir da AD. Revista Interfaces, v. 10, n. 01, p. 191-204, 2019. Disponível em: <https://revistas.unicentro.br/index.php/revista_interfaces/article/view/5774/4046>. Acesso em: 12 jan.2023.

ROCHA, Max Silva da; SILVA, Maria Margarete de Paiva. A linguística textual e a construção do texto: um estudo sobre os fatores de textualidade. Revista A cor das Letras, v. 18, n. 18, p. 26-44, maio-ago. 2017. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.13102/cl.v18i2.1866>. Acesso em: 20 dez. 2022.

SAUTCHUK, João Miguel Manzolillo. A poética cantada: investigação das habilidades do repentista nordestino. Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea [online]. 2010, n. 35, p. 167-182. Epub. 24 Out 2019. ISSN 2316-4018.Disponível em: <https://doi.org/10.1590/2316-40183512>. Acesso em: 11 Jan. 2023.

SILVA, Lourdes. Melodrama e telenovela: dimensões históricas de um gênero/formato. 9º Encontro Nacional de História da Midia. Ouro Preto/MG, 2013. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/alcar/encontros-nacionais-1/90-encontro-2013/artigos/gt-historia-da-midia- audiovisual-e-visual/melodrama-e-telenovela-dimensoes-historica-de-um-genero-formato>. Acesso em: 12 mar. 2018.

Downloads

Publicado

30-04-2025

Como Citar

Pereira Junior, N., & Assis, L. M. (2025). “Cenas do próximo capítulo!”: fatores de textualidade no uso do repente nordestino no resumo da telenovela mar do sertão . Revista Cerrados, 34(67), 79–88. https://doi.org/10.26512/cerrados.v34i67.56960

Artigos Semelhantes

1 2 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.