O tradicional e o moderno em Caetano Veloso
uma análise da canção “Não vou deixar”, do álbum Meu Coco (2021)
DOI:
https://doi.org/10.26512/cerrados.v34i67.56990Palavras-chave:
Caetano Veloso, Música Popular Brasileira, Meu Coco, Tradicional e ModernoResumo
Esta pesquisa busca ressaltar as nuances de Caetano Veloso enquanto artista multifacetado e atento às transformações de seu tempo. Embora dialogue com cancionistas recentes da música popular brasileira, o compositor traz suas bases fincadas na tradição da canção construída por João Gilberto, Dorival Caymmi, Tom Jobim, Luiz Gonzaga, Lamartine Babo entre tantos outros. Nosso objetivo é analisar e perceber como o cantor prova estas relações e confluências em seu novo álbum Meu Coco (2021). Em todas as faixas, Caetano presta algum tipo de homenagem às raízes do Brasil, ao seu povo e sua música, sem perder de vista as sugestões rítmicas como traços das novas gerações. Exemplo desta ousada alquimia é a faixa “Não vou deixar”, que traz à baila o pop eletrônico e o trap, sem abandonar a dicção do artista. Neste percurso analítico serão aplicadas as proposições teóricas de Luiz Tatit (2012) para o estudo da canção, bem como o arcabouço social, histórico e cultural já demonstrado por Celso Favaretto (1979), Zuza Homem de Mello (2010) e Guilherme Wisnik (2022).
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Referências
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