Comunidade de fala revisitada

Autores/as

  • Hildo Honório do Couto Universidade de Brasília

Palabras clave:

Comunidade de fala; comunidade de língua; ecossistema cultural; ecossistemas linguísticos; padrões de interação comunicativa.

Resumen

O objetivo deste artigo é passar em revista os principais conceitos da linguística ecossistêmica a propósito do de comunidade de fala (CF), que será apresentado de modo mais aprofundado a propósito dos habitantes de uma fazenda do município de Patos de Minas (MG). Além das já conhecidas CF “simples/complexa” e “máxima/mínima”, é apresentada a CF “compacta”, por oposição à “difusa”. Apresento ainda o “ecossistema cultural”, no qual se inserem os ecossistemas linguísticos, como a antropologia já vinha fazendo desde o final do século XIX. São propostos também os “padrões de interação comunicativa” (PIC) e a classificação das variedades do português brasileiro como “dialetos rurais”, “dialeto urbano” e “dialeto estatal”. Além disso, o artigo acena para um “mapa mental”, que todo indivíduo da CF deve ter de seu território a fim de se orientar espacialmente.

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Biografía del autor/a

Hildo Honório do Couto, Universidade de Brasília

Graduado em Letras Vernáculas pela Universidade de São Paulo (1969), mestrado em Lingüística pela Universidade de São Paulo (1973) e doutorado em Lingüística pela Universitaet zu Koeln (1978), Alemanha. Atualmente é Pesquisador Associado da Universidade de Brasília. Tem experiência na área de Lingüística, com ênfase em Fonologia, Contato de Línguas, Crioulística e Ecolingüística, atuando principalmente nos seguintes temas: contato de línguas, relações entre língua e meio ambiente (Ecollinguística). Atualmente, está desenvolvendo, juntamente com colaboradores, a versão da Ecolinguística chamada Linguística Ecossistêmica, no âmbito da Escola de Ecolinguística de Brasília. Para detalhes, ver o blog: www.meioambienteelinguagem.blogspot.com.

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Publicado

2016-09-11

Cómo citar

Couto, H. H. do. (2016). Comunidade de fala revisitada. Ecolinguística: Revista Brasileira De Ecologia E Linguagem (ECO-REBEL), 2(2), 49–72. Recuperado a partir de https://www.periodicos.unb.br/index.php/erbel/article/view/9690

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