GEOCACHING, NOVAS PRÁTICAS ESPACIAIS E POTENCIAL MODELAÇÃO DA IMAGEM DOS LUGARES

Autores

  • João Luís Jesus Fernandes Departamento de Geografia e CEGOT Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Portugal

Palavras-chave:

geocaching, lazer, turismo, imagem dos lugares

Resumo

As tecnologias alteraram a relação das populações com o espaço mas não as tornaram menos territoriais. O geocaching, enquanto rede social e prática inovadora de lazer, define territorialidades particulares e olhares muito próprios sobre os lugares. Como atividade de (re) descoberta e representação de paisagens, o geocaching poderá apresentar um não neglicenciável potencial turístico e uma relevante capacidade de modelação da imagem do espaço geográfico. No encontro entre as tradicionais métricas euclidianas e as mais recentes geometrias topológicas, o geocaching será, por isso, algo mais que uma simples prática de lazer e ocupação dos tempos livres. É uma nova forma de territorialização de uma comunidade de praticantes que visita e representa lugares, alguns familiares, outros desconhecidos, que assim ganham um novo atrativo e, em muitos casos, uma nova imagem.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ADAMS, K. (2004) The genesis of touristic imagery. Tourist Studies, 2 (4): 115-35.

ASHWORTH, G.; GOODALL, B.; (eds) (1990) Marketing tourism places. London: Routledge, 287 p.

KOZAK, M.; ANDREU, L. (eds) (2006) Progress in tourism marketing. Amsterdam: Elsevier, 296 p.

AVRAHAM, E.; KETTER, E. (2008) Media strategies for marketing places in crisis. Amsterdam: Butterworth-Heinemann, 248 p.

BAKER, B. (2007) Destination branding for small cities. Portland: Creative Leap Books, 208 p.

BALOGLU, S.; MCCLEAR, K. (1999) A model of destination image formation. Annals of Tourism Research, 26 (4): 808-889.

CLAVAL, P. (1995) La géographie culturelle. Paris: Nathan, 384 p.

CLAVAL, P. (2002) El enfoque cultural y las concepciones geográficas del espacio. Boletin de la A.G.E., 34: 21-39.

CLAVAL, P. (2006) Comunicação, diferenciação de culturas e organização do espaço (noções-chave). In: SARMENTO, J.; PIMENTA, J. R.; AZEVEDO, A. F. (coord.) Ensaios de Geografia Cultural. Livraria Editora Figueirinhas, Porto: p. 21-35.

CORRÊA, R. L. (1995) A dimensão cultural do espaço: alguns temas. Espaço e Cultura, Ano I, edição de Outubro, p. 1-21.

COSTA, C. S.; STEINMEIER, G. (2012) A caça ao tesouro ao ar livre. Geocaching, uma oportunidade de lazer em espaços verdes. Arquitextos, 143.03, ano 12. In: http:// www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/12.143/4332.

CULLEN, G. (2009) Paisagem urbana. Lisboa: Edições 70, 206 p.

DOLLFUS, O. (1998) A mundialização. Lisboa: Publicações Europa-América, 163 p.

FARMAN, J. (2009) Locative life: geocaching, mobile gaming, and embodiment. In: http://www.escholarship.org/uc/item/507938rr.

FLORIDA, R. (2008) Who’s your city? New York: Basic Books, 384 p.

FREIXO, M. (2006) Teorias e modelos de comunicação. Lisboa: Instituto Piaget, 410 p.

FRIEDMAN, T. L. (2005) O mundo é plano. Uma História breve do século XXI. Lisboa: Actual Editora, 520 p.

HAESBAERT, R. (2004) O mito da desterritorialização. Rio de Janeiro: Bertrand, 395 p.

HARVEY, D. (2002) The condition of postmodernity. Cambridge: Blackwell, 392 p.

HARVEY, D. (2011) O enigma do capital e as crises do capitalismo. Lisboa: Bizâncio, 336 p.

HEATH, E.; WALL, G. (1992) Marketing tourism destinations: a strategic approach. New York: John Wiley & Sons, 240 p.

KASTENHOLZ, E. (2002) O papel da imagem do destino no comportamento do turista e implicações em termos de marketing: o caso do Norte de Portugal. 343 p. Dissertação (Doutoramento em Turismo)- Universidade de Aveiro.

KOTLER, P.; HAIDER, D.; REIN, I.(1993) Marketing places. New York: Free Press, 400 p.

LYNCH, K. (1999) A imagem da cidade. Lisboa: Edições 70, 200 p.

MARSHALLS, M. (2007) Country image and its effects in promoting a tourist destination. Case study: South Africa.96 p. Dissertação (Mestrado em Business Administration – MBA) - Blekinge Institute of Technology.

MAYER, R. (2002) Artificial Africas. Colonial images in the times of globalization. Hanover and London: University Press of New England, 400 p.

PHILO, C.; KEARNS, G. (Ed.) (1993) Selling places. The city as cultural capital, past and present. Oxford: Pergamon Press, 300 p.

POON, A. (1994) The new tourism revolution. Tourism Management, 15 (2): 91-92.

RAINISTO, S. (2003) Success factors of place marketing. A study of place marketing practices in Northern Europe and the United States. 271 p. Dissertação (Doutoramento em Science in Technology) - Helsinki University of Technology, Espoo.

SELBY, M.; MORGAN, N. J. (1996) Reconstruing place image. A case study of its role in destination market research. Tourism Management, 17 (4): 287-294.

SILVA, P. C. da (2011) Geobservação: da cidade à cidade eletrônica. In: COSTA, E. B. da; OLIVEIRA, R. da S. (org.) As cidades entre o ‘real’ e o imaginário: estudos no Brasil. Expressão Popular, São Paulo: p.249-264.

SIMÕES, J. M.; FERREIRA, C. C. (Ed.) (2009) Turismos de nicho. Motivações, produtos, territórios. Lisboa: Centro de Estudos Geográficos, 411p.

SPILKOVÁ, J. (2005) Foreign firms and their perception of regions in the Czech Republic: manufacturing industry versus producer services. Geographica, 1-2: 109-122.

SPILKOVÁ, J. (2008) Foreign investors and their perceptions of socio-institutional and entrepreneurial environment in the Czech Republic: A pilot study. Journal of Geography and Regional Planning, 1(1): p.4-11.

TUAN, Y.-F (1980) Topofilia. São Paulo: Difel, 288 p.

VIRILIO, P. (1993) A Inércia polar. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 130 p.

VIRILIO, P. (2000) Cibermundo: a política do pior. Lisboa: Teorema, 126 p.

Downloads

Publicado

01/21/2022

Como Citar

Jesus Fernandes, J. L. . (2022). GEOCACHING, NOVAS PRÁTICAS ESPACIAIS E POTENCIAL MODELAÇÃO DA IMAGEM DOS LUGARES. Revista Espaço E Geografia, 16(1), 279–305. Recuperado de https://www.periodicos.unb.br/index.php/espacoegeografia/article/view/39966

Edição

Seção

Artigos