A arte de andar nas ruas de Brasília
DOI:
https://doi.org/10.1590/2316-4018454Resumen
Como argumenta Michel de Certeau, o caminhar revela algo íntimo: o uso personalizado da cidade. Na literatura de Brasília, o caminhar é indicativo da busca de prazer, da disposição para correr riscos e de tentativas de humanizar e individualizar uma cidade planejada mais para os carros que para os pedestres. Andar em Brasília é uma espécie de paradoxo. Qual o papel do pedestre em uma cidade projetada para carros e com o formato de um avião? Uma série de poemas, crônicas, contos e canções (de Nicolas Behr, Aborto Elétrico, Capital Inicial, Legião Urbana, GOG, José Rezende Jr., Pedro Biondi, Liziane Guazina, Fernanda Barreto e Augusto Rodrigues) viram de cabeça para baixo as origens e a organização hierárquica de Brasília, sugerindo que os moradores atuais ”“ Ã medida que andam pela cidade em suas vidas cotidianas ”“ estão criando e transformando a capital de formas significativas.
Descargas
Citas
ALMINO, João (2010). Cidade Livre. Rio de Janeiro: Record.
BARRETO, Fernanda (2010). Diplomacia pelas janelas. In: GIUSTI, André et al. Cinquenta anos em seis: Brasília, prosa e poesia. Brasília: Teixeira.
BARTHES, Roland (1972). Mythologies. Tradução de Annette Lavers. Nova York: Noonday Press.
BEAL, Sophia (2013). The art of Brasília: spaces, tactics, and walks in the capital‘s cultural texts. Brasil/Brazil, v. 26, n. 47, p. 34-64.
BEHR, Nicolas (1977). Iogurte com farinha. Brasília: Editora do Autor.
BEHR, Nicolas (1978). Grande circular. Brasília: Editora do Autor.
BEHR, Nicolas (1979a). Brasiléia desvairada. Brasília: Editora do Autor.
BEHR, Nicolas (1979b). Entre quadras. Brasília: Editora do Autor.
BEHR, Nicolas (1979c). Kruh. Brasília: Editora do Autor.
BEHR, Nicolas (1979d). Saída de emergência. Brasília: Editora do Autor.
BEHR, Nicolas (1980). L2 noves fora W3. Brasília: Editora do Autor.
BEHR, Nicolas (1993). Beijo de hiena. Brasília: Editora do Autor.
BEHR, Nicolas (2002). Poesília: poesia pau-brasília. Brasília: Editora do Autor.
BEHR, Nicolas (2004a). Braxília revisitada. Brasília: Editora do Autor.
BEHR, Nicolas (2004b). Travessa palavra. Entrevistado por Carlos Marcelo. Nicolas Behr: eu engoli Brasília. Brasília: Editora do Autor.
BEHR, Nicolas (2007). Laranja seleta: poesia escolhida (1977-2007). Rio de Janeiro: Língua Geral.
BEHR, Nicolas (2010a). Brasilíada. Rio de Janeiro: Língua Geral.
BEHR, Nicolas (2010b). Eixão coberto de paralelepípedos. In: GIUSTI, André et al. Cinquenta anos em seis: Brasília, prosa e poesia. Brasília: Teixeira.
BEHR, Nicolas (2014). BrasíliA-Z: cidade-palavra. Brasília: Teixeira.
BIONDI, Pedro (2010). Conclusões de um náufrago: a partir de um domingo ermo. In: GIUSTI, André et al. Cinquenta anos em seis: Brasília, prosa e poesia. Brasília: Teixeira.
CAPITAL INICIAL (1986). Música urbana. Capital Inicial. PolyGram.
CARVALHO, Vladimir (2011). Rock Brasília: era de ouro. Canal Brasil.
CERTEAU, Michel de (1998). A invenção do cotidiano: artes de fazer. Tradução de Ephram Ferreira Alves. 3. ed. Petrópolis: Vozes.
FOUCAULT, Michel (1980). Questions on geography. GORDON, Colin (Ed.). Power/knowledge: selected interviews and other writings 1972-1977. Tradução de Colin Gordon. Nova York: Pantheon.
GOG (2004). Eu e Lenine (a ponte). Tarja preta. Unimar Brasil.
GOUVÊA, Luiz Alberto de Campos (1995). Brasília: a capital da segregação e do controle social, uma avaliação da ação governamental na área da habitação. São Paulo: Annablume.
GOUVÊA, Luiz Alberto de Campos (2005). A violência estrutural. In: PAVIANI, Aldo; FERREIRA Ignez Costa Barbosa; BARRETO, Frederico Flósculo Pinheiro (Eds.). Brasília: dimensões da violência urbana. Brasília: Ed. UnB.
GUAZINA, Liziane (2010). Saquei qual é a tua, Brasília. In: GIUSTI, André et al. Cinquenta anos em seis: Brasília, prosa e poesia. Brasília: Teixeira.
HOLSTON, James (1989). The modernist city: an anthropological critique of Brasília. Chicago: University of Chicago Press.
LEFEBVRE, Henri (1974). La production de l'espace. Paris: Anthropos.
LEGIÃO URBANA (1987a). Faroeste caboclo. Que país é este? EMI-Odeon.
LEGIÃO URBANA (1987b). Química. Que país é este? EMI-Odeon.
LEGIÃO URBANA (1987c). Tédio (com T bem grande pra você). Que país é este? EMI-Odeon.
LENINE (1997). A ponte. O dia em que faremos contato. BMG.
LENINE (1999). Jack Soul Brasileiro. Na pressão. BMG.
MARCELO, Carlos (2004). Ãmpeto de foguete. In: MARCELO, Carlos. Nicolas Behr: eu engoli Brasília. Brasília: Editora do Autor.
MASSEY, Doreen (2005). For space. London: Sage.
NETTO GONZALES, Suely Franco (2010). As formas concretas da segregação residencial em Brasília. In: PAVIANI, Aldo (Ed.). Brasília, ideologia e realidade: espaço urbano em questão. 2. ed. Brasília: Editora UnB.
OLÉRIA, Ellen (2009). Senzala (a feira da Ceilândia). Peça. Brasília: Carne Dura Produções.
REZENDE, José Júnior (2010a). Maquete. In: GIUSTI, André et al. Cinquenta anos em seis: Brasília, prosa e poesia. Brasília: Teixeira.
REZENDE, José Júnior (2010b). O dia em que Oscar Niemeyer morreu afogado no Lago Paranoá. In: GIUSTI, André et al. Cinquenta anos em seis: Brasília, prosa e poesia. Brasília: Teixeira.
REZENDE, José Júnior (2010c). Os amantes do Eixo Rodoviário. In: GIUSTI, André et al. Cinquenta anos em seis: Brasília, prosa e poesia. Brasília: Teixeira.
RODRIGUES, Augusto (2011). Do livro de carne: (brasílias invisíveis). Brasília: Thesaurus.
ROSS, Kristin (1996). Streetwise: the French invention of everyday life. Parallax, n. 2, p. 67-75, fev.
SAMPAIO, René (2013). Faroeste caboclo. Gávea Filmes.
SOJA, Edward W. (1996). Thirdspace: journeys to Los Angeles and other real-and-imagined places. Oxford: Blackwell.
TORRES, Marcelo (2009). BSB (DF), siglas complicadas e perfeitinhas. Terra Papagalli, 11 jul. Disponível em: <http://goo.gl/yWUv3m>. Acesso em: 28 dez. 2012.
VELOSO, Caetano (1978). Sampa. Muito. Philips.
ZÉ, Tom (1973). Augusta, Angélica e Consolação. Todos os olhos. Continental.
ZILBERMAN, Regina (2012). Cidade Livre: fundação e memória cultural. GOMES, Gínia Maria (Ed.). Narrativas contemporâneas: recortes críticos sobre literatura brasileira. Porto Alegre: Libretos.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Los autores que publican en esta revista concuerdan con los siguientes términos:
a) Los (los) autores (s) conservan los derechos de autor y conceden a la revista el derecho de primera publicación, siendo el trabajo simultáneamente licenciado bajo la Licencia Creative Commons de Atribución-No Comercial 4.0, lo que permite compartir el trabajo con reconocimiento de la autoría del trabajo y publicación inicial en esta revista.
b) Los autores (a) tienen autorización para asumir contratos adicionales por separado, para distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicada en esta revista (por ejemplo, publicar en repositorio institucional o como capítulo de libro), con reconocimiento de autoría y reconocimiento publicación inicial en esta revista.
c) Los autores tienen permiso y se les anima a publicar y distribuir su trabajo en línea (por ejemplo, en repositorios institucionales o en su página personal) después del proceso editorial, ya que esto puede generar cambios productivos, así como aumentar el impacto y la citación del trabajo publicado (ver el efecto del acceso libre).
d) Los (as) autores (as) de los trabajos aprobados autorizan la revista a, después de la publicación, ceder su contenido para reproducción en indexadores de contenido, bibliotecas virtuales y similares.
e) Los (as) autores (as) asumen que los textos sometidos a la publicación son de su creación original, responsabilizándose enteramente por su contenido en caso de eventual impugnación por parte de terceros.