O inglês como língua franca global da contemporaneidade: em defesa de uma Pedagogia pela sua desestrangeirização e descolonização

Autores

  • Flavius Almeida dos Anjos Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Palavras-chave:

l língua inglesa. Língua franca global. Descolonização. Desestrangeirização

Resumo

O presente artigo intenciona refletir acerca do status de língua franca global que a língua inglesa ocupa na contemporaneidade. No bojo dessa reflexão, proponho, à luz da linguística aplicada, conceber a língua inglesa como uma ferramenta de comunicação global, usada por diferentes povos e culturas e por isso mesmo, aponto a necessidade de repensá-la, bem como o desenvolvimento de pedagogias críticas que operem no sentido de desestrangeirizar e descolonizar esse idioma, com vistas a favorecer a formação de aprendizes críticos, autônomos e preparados para lidar com a diversidade linguística e demandas contemporâneas, as quais são consolidadas através da língua inglesa, exigindo desse modo, a comunicação, quer oral, ou escrita, através de uma língua desatrelada de suas origens, sobretudo, as coloniais e imperiais, mas uma língua que possibilite a comunicação entre culturas, que permite a manutenção das identidades dos falantes em situações comunicativas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ALMEIDA FILHO, J. C. P. de. Dimensões comunicativas no ensino de línguas. Campinas, SP: Editora Pontes, 1993.
ANJOS, F. A. Um olhar sobre o ensino da língua inglesa na escola pública. In: Presença Pedagógica, V21, no. 124. Jul/Ago. Minas Gerais: Editora do professor, 2015.
BASTOS, Herzila Maria de Lima. Identidade Cultural e o ensino de línguas modernas no Brasil. In: PAIVA, V. L. M. O. (Org.). Ensino de língua inglesa: reflexões e experiências.Campinas, SP: Pontes, 2005.
CANAGARAJAH. S. Resisting Linguistic Imperialism in English teaching. Oxford University Press, 1999.
CRYSTAL, D. English as a global language. Cambridge University Press, 2a ed. 2003.
FANTINI, E. A. A central concern: developing intercultural competence. Disponível em: <http: mail.mailig.ig.com.br/mail/?ui=2&ik=f5ec20b144&view=att&th=12f1df318c46...>. Acesso em: 04 abr. 2011.
FREIRE, P. Educação e mudança. São Paulo: Paz e terra, 1979.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa. 15ª Ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
GILES, H.; BILLINGS, C. A. Assessing language attitudes: speaker evaluation studies. In: DAVIES, Alan.et al. The handbook of applied linguistics. Blackwell publishing, 2004. p. 187- 209.
GRADDOL, D. English Next: Why global English may mean the end of English as a foreign language. The British Council. London: The English Company (UK) Ltda, 2006.
JENKINS, J. The phonology of English as a international language. Oxford: Oxford University Press, 2000.
JENKINS, J. English as a lingua franca: attitude and identity. Oxford, UK: Oxford University Press, 2007.
JENKINS, J. English as a lingua franca: interpretations and attitudes. World Englishes, v. 28, 2009. p.200-207.
KRAMSCH, C.; SULLIVAN, P. Appropriate pedagogy. ELT journal. Oxford university press, 1996.
KUMARAVADIVELU. B. Deconstructing Applied Linguistics: a postcolonial perspective. In: MAXIMINA, M. F. et alli, Linguística Aplicada & Contemporaneidade. São Paulo: Pontes Editores, 2005. p. 25-37.
KUMARAVADIVELU, B. A linguística aplicada na era da globalização. In: MOITA LOPES, L. P.da. (Org). Por uma lingüística aplicada indisciplinar. São Paulo: Parábola, 2006. p.129-148
KUMARAVADIVELU, B. Language Teacher Education for a Global Society. A modular Model for Knowing, Analyzing, Recognizing, Doing and Seeing. Routledge, 2012.
LE BRETON, J-M. Reflexões anglófilas sobre a geopolítica do inglês. In: LACOSTE, Y.;RAJAGOPALAN, K. (Org.). A geopolítica do inglês. São Paulo: Parábola Editorial, 2005, p.12-26.
MOITA LOPES, L. P.“Yes, nós temos bananas” ou “Paraíba não é Chicago não”, um estudo sobre alienação, e o ensino de inglês como língua estrangeira no Brasil. In:oficina de lingüística aplicada. Campinas, SP: Mercado de Letras, 1996a. p.37-61.
MOITA LOPES, L. P.“Eles não aprendem português quanto mais inglês”. A ideologia da falta de aptidão para aprender línguas estrangeiras em alunos de escola pública. In:oficina de lingüística aplicada. Campinas, SP: Mercado de Letras, 1996b. p.63-79.
MOTTA. F. C. P.; ALCADIPANI, R.; BRESLER, R. B. A valorização do estrangeiro como segregação nas organizações. 2001. Disponível em:<http://dx.doi.org/10.1590/S1415-65552001000500004 Acesso em 29 ago. 2011.
PAIVA, V. L. M. O. (Org.). Ensino de língua inglesa: reflexões e experiências.Campinas, SP: Pontes, 2005.
PENNYCOOK, A. English and the discourses of colonialism. London: Routledge, 1998.
PHILLIPSON, R. Linguistic imperialism of and in the European Union. Disponível em: http://www.linguistic-rights.org/robertphillipson/Robert_Phillipson_Linguistic_Imperialism_of_and_in_EU.pdf, 2014. Acesso em: 29/fev/2016.
RAJAGOPALAN, K. Por uma lingüística crítica. Linguagem, identidade e a questão ética.São Paulo: Parábola, 2003.
RAJAGOPALAN, K. A geopolítica do inglês e seus reflexos no Brasil. In: LACOSTE, Y; RAJAGOPALAN, K. (Org.). A geopolítica do inglês. São Paulo: Parábola Editorial, 2005.
RITZER, G.The macdonaldization of society. Thousand Oaks, CA: Pine Forge Press, 1993.
SEIDLHOFER, B. English as a lingua franca. ELT Journal, v. 59, n .4, October 2005, p.339-341
SCHEYERL, D.; SIQUEIRA, D. S. P. (Orgs.) Materiais didáticos para o ensino de línguas na contemporaneidade: contestações, proposições. Salvador: EdUFBA, 2012.
VENTURA, M. Yes, nós também falamos inglês. Jornal do Brasil. Rio de Janeiro. 23 abr.1989. Domingo. p. 34-39.
WARD, B. Cinco ideias que transformaram o mundo. Editora Forense, 1967.
WOOD. E. M., O império do capital. 1ª ed. São Paulo: Boitempo, 2014.

Downloads

Publicado

2017-04-17

Como Citar

Anjos, F. A. dos. (2017). O inglês como língua franca global da contemporaneidade: em defesa de uma Pedagogia pela sua desestrangeirização e descolonização. Revista Letra Capital, 1(2), 95–117. Recuperado de https://www.periodicos.unb.br/index.php/lcapital/article/view/8590

Edição

Seção

Artigos