Os desafios éticos da inteligência artificial e dos objetos autônomos: um preâmbulo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/lc29202350406

Palavras-chave:

Ética, Inteligência Artificial, Humanismo

Resumo

Analisam-se os desafios éticos suscitados pelo vertiginoso avanço dos sistemas de inteligência artificial (IA) e dos objetos autônomos incorporados em seu funcionamento. Problematizam-se as perspectivas éticas subjacentes às recentes comissões criadas em instâncias internacionais (Organização das Nações Unidas e Parlamento Europeu) para avaliar os riscos das IAs. Pontua-se que as reflexões éticas sobre IAs estão permeadas por um utilitarismo consequencialista, visto que as comissões geralmente são formadas por agentes, em sua maioria, diretamente interessados nos avanços e na lucratividade das IAs.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Luís Fernando Lopes, Centro Universitário Internacional Uninter, Curitiba, PR, Brasil

Doutor em Educação pela Universidade Tuiuti do Paraná (2017). Professor do Programa de mestrado e doutorado profissional em Educação e Novas Tecnologias do Centro Universitário Internacional Uninter. E-mail: fernandocater@gmail.com

Alvino Moser, Centro Universitário Internacional Uninter, Curitiba, PR, Brasil

Doutor em Ética pela Université Catholique de Louvain (1973). Decano e Professor titular do Centro Universitário Internacional Uninter. E-mail: moseral.am@uninter.com

André Luiz Moscaleski Cavazzani, Centro Universitário Internacional Uninter, Curitiba, PR, Brasil

Doutor em História Social pela Universidade de São Paulo (2013). Professor titular do Programa de mestrado e doutorado profissional em Educação e Novas Tecnologias do Centro Universitário Internacional Uninter. E-mail: andre.ca@uninter.com

Referências

Anderson, M., & Anderson, S. (2014). GenEth: A General Ethical Dilemma Analyzer. Proceedings of the AAAI Conference on Artificial Intelligence, 28(1). https://doi.org/10.1609/aaai.v28i1.8737

Apel, K. O. (1987). L’éthique à l’âge dala science. Presses Universitaires.

Aristóteles. (1967). Obras Completas. Aguilar.

Asimov, I. (2004). Eu, Robô. Aleph.

Boethius, A. M. S. (s.d.) Liber De Persona et Duabus Naturis Contra Eutychen et Nestorium. https://scaife.perseus.org/reader/urn:cts:latinLit:stoa0058.stoa023.perseus-lat1:pr-4/

Griffin, A. (2015, janeiro 12). Stephen Hawking, Elon Musk e outros pedem pesquisas para evitar os perigos da inteligência artificial. Independent, Tecnologia. https://www.independent.co.uk/tech/stephen-hawking-elon-musk-and-others-call-for-research-to-avoid-dangers-of-artificial-intelligence-9972660.html

Habermas, J. (1989). Consciência moral e agir comunicativo.

Habermas, J. (2007). A ética da discussão e a questão da verdade. Martins Fontes.

Hammerschmidt, D. (2002). O Risco na Sociedade Contemporânea e o Princípio da Precaução no Direito Ambiental. Estudos Jurídicos e Políticos, (45), 97-122. https://periodicos.ufsc.br/index.php/sequencia/article/view/15317/13912

Harari, Y. N. (2017). Homo Deus: uma breve história do amanhã. Companhia das Letras.

Heidegger, M. (1983). O fim da filosofia e a tarefa do pensamento. Conferências e escritos filosóficos (Tradução, introduções e notas: Ernildo Stein). Abril Cultural.

Horvitz, E. (2014). One Hundred Year Study on Artificial Intelligence: Reflections and Framing. https://www.microsoft.com/en-us/research/wp-content/uploads/2016/11/AI100_framing_memo.pdf

Hottois, G. (1997). De la Renaissance à la Postmodernité: Une histoire de la philosophie moderne et contemporaine. DE Book.

Howard-Snyder, F. (1994). The Heart of Consequentialism: Philosophical Studies. https://www.jstor.org/stable/4320528

Maturana, R. H., & Varela G. F. (1995). A Árvore do conhecimento: as bases biológicas do entendimento humano. Editorial Psy II.

Maussion, F. (2018, maio 9). Accident mortel en Arizona: le véhicule autonome a détecté le piéton, sans l'éviter. LesEchos. https://www.lesechos.fr/2018/05/accident-mortel-en-arizona-le-vehicule-autonome-a-detecte-le-pieton-sans-leviter-990132

Mcnaughton, D., & Rawling, P. (1991). “Agent-Relativity and the Doing-Happening Distinction”. Philosophical Studies. 63, 167-185. https://www.jstor.org/stable/4320228

Mill, J. S. (2000). O utilitarismo. Iluminuras.

Moser, A., & Lopes, L. F. (2016). Para compreender a teoria do conhecimento. InterSaberes.

Palmer, R. (1989). Hermenêutica. Lisboa: Edições 70.

Perrault, R., Shoham, Y., Brynjolfsson, E., Clark, J., Etchemendy, J., Grosz, B., Lyons, T., Manyika, J., Niebles, J. C., Mishra, S. (2019). The AI Index 2019 Annual Report. AI Index Steering Committee, Human-Centered AI Institute, Stanford University, Stanford, CA. https://hai.stanford.edu/sites/default/files/ai_index_2019_report.pdf

Pettit, B. M., & Slote, M. (1997). The Consequentialist Perspective in Three Methods of Ethics. Blackwell.

Pico, G. (2015). Discurso pela dignidade do homem. Editora Fi. https://www.fucap.edu.br/dashboard/livros_online/d3a96398e5b6a4ce2d49c05309f9ade7.pdf

Portal ONSV. (2015, julho 15). 90% dos acidentes são causados por falhas humanas, alerta Observatório. Observatório Nacional de Segurança Viária. https://www.onsv.org.br/comunicacao/materias/90-dos-acidentes-sao-causados-por-falhas-humanas-alerta-observatorio

Pouliquen, L. (2019, fevereiro 21). A Inteligência Artificial pode ser ética? Le Figaro. https://www.lefigaro.fr/vox/societe/2019/02/21/31003-20190221ARTFIG00141-l-intelligence-artificielle-peut-elle-etre-ethique.php

Rawls, J. (2000). Uma teoria da Justiça. Martins Fontes, Tempo Brasileiro.

Ricoeur, P. (1989). Do texto à ação: ensaios de hermenêutica II. Porto Rés-Editora.

Russ, J. (1994). La pensée éthique contemporaine. PUF.

Russell, S. (2023). O futuro a longo prazo da IA. https://people.eecs.berkeley.edu/~russell/research/future/

Russell, S., Dewey, D., & Tegmark, M. (2015). Research Priorities for Robust and Benefcial Artifcial Intelligence. Association for the Advancement of Artificial Intelligence. Winter. https://futureoflife.org/data/documents/research_priorities.pdf

Sartre, J. P. (1970). Existencialismo é um Humanismo. Les Éditions Nagel. http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/sugestao_leitura/filosofia/texto_pdf/existencialismo.pdf

Sinnott-Armstrong, W. (2003). Consequencialismo. Stanford Encyclopedia of Philosophy. https://plato.stanford.edu/entries/consequentialism/?trk=article-ssr-frontend-pulse_x-social-details_comments-action_comment-text

Soulez, M. (2018, fevereiro 7). IA: um robô criativo é um autor? Ina La Revue des médias. https://larevuedesmedias.ina.fr/ia-un-robot-createur-est-il-un-auteur

Souza, F. (2019, maio 05). Robôs sexuais e produtos da Xiaomi são destaques de eletrônicos em abril. TechTudo. https://www.techtudo.com.br/listas/2019/05/robos-sexuais-e-produtos-da-xiaomi-sao-destaques-de-eletronicos-em-abril.ghtml

Thorbecke, C. (2023, julho 7). Inteligência Artificial provoca demissões na própria indústria que a criou. CNN Brasil. https://www.cnnbrasil.com.br/economia/inteligencia-artificial-provoca-demissoes-na-propria-industria-que-a-criou

Vázquez, A. S. (1989). Ética. Civilização Brasileira.

Downloads

Publicado

14.11.2023

Como Citar

Lopes, L. F., Moser, A., & Cavazzani, A. L. M. (2023). Os desafios éticos da inteligência artificial e dos objetos autônomos: um preâmbulo. Linhas Crí­ticas, 29, e50406. https://doi.org/10.26512/lc29202350406

Edição

Seção

Ensaios

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.