Assessoria, assistência técnica e autogestão:

análise da sustentabilidade urbana dos projetos Dorothy Stang (Brasília) e Condomínio das Mangueiras (Salvador)

Autores

  • Camila Pithon Raynal Universidade Federal da Bahia, Faculdade de Arquitetura, Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo. Salvador, Bahia, Brasil. https://orcid.org/0000-0003-3580-9611
  • Liza Maria Souza de Andrade Universidade de Brasília, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo. Brasília, DF, Brasil https://orcid.org/0000-0002-6624-4628
  • Heliana Faria Mettig Rocha Universidade Federal da Bahia, Faculdade de Arquitetura, Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo, Residência AU+E/UFBA, Salvador, Bahia, Brasil. https://orcid.org/0000-0001-9954-9076

DOI:

https://doi.org/10.18830/issn.1679-0944.n30.2021.12

Palavras-chave:

Habitação de interesse social, autogestão, assistência técnica, assessoria técnica, sustentabilidade

Resumo

  A habitação de interesse social é uma necessidade para uma grande parcela da população no Brasil. Questiona-se se a viabilização das moradias por autogestão, quando os usuários participam do processo, permite a elaboração de projetos com maior qualidade. Visando o fortalecimento da dimensão pública da arquitetura, objetivou-se entender quais os desafios e potencialidades no alcance de maior qualidade e sustentabilidade urbana nos projetos estudados a partir de duas formas de atuação. A  primeira, pela assessoria técnica do Grupo de Pesquisa e Extensão Periférico (DF), junto à ocupação Dorothy Stang, DF, e a segunda, pela assistência técnica prestada por profissionais junto à União de Moradia-Ba para o Condomínio das Mangueiras (SSA-BA) atendendo as diretrizes do Programa Minha Casa Minha Vida Entidades. Utilizou-se a metodologia referente à “sustentabilidade e qualidade da forma urbana”. Como desafios, foi identificado que o Estado necessita investir em infraestrutura em ambos os casos, e há limitações no programa habitacional que interferiu no projeto avaliado. No entanto, potencialidades foram verificadas, como a opção não verticalizada do Condomínio das Mangueiras, a metodologia participativa do Grupo Periférico e, sobretudo, este projeto que se tornou um instrumento em busca por moradia digna.

 

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Biografia do Autor

Camila Pithon Raynal, Universidade Federal da Bahia, Faculdade de Arquitetura, Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo. Salvador, Bahia, Brasil.

Arquiteta e Urbanista pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), Mestranda pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), Especialista em Reabilitação Ambiental Sustentável Arquitetônica e Urbanística pela Universidade de Brasília (UnB), sócia e responsável técnica da empresa Pithon Raynal Consultoria e responsável legal e técnica da empresa Pithon Raynal Arquitetura.

Liza Maria Souza de Andrade, Universidade de Brasília, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo. Brasília, DF, Brasil

Arquiteta Urbanista formada pela UFMG, mestre  e doutora pelo PPG-FAU/UnB. Líder do Grupo de Pesquisa e Extensão Periférico, trabalhos emergentes e vice-líder do Grupo de Pesquisa Água e Ambiente Construído. Membro do Núcleo de Política, Ciência, Tecnologia e Sociedade NPCTS/CEAM/UnB, do BrCidades DF, do ONDAS e do CONSAB DF. Foi membro da Câmara de Extensão da UnB no período de 2016 a 2020 e Coordenadora de Extensão da FAU/UnB de 2018 a 2020. Orientadora coordenadora do EMAU/CASAS no período de 2013 a 2020.

Heliana Faria Mettig Rocha, Universidade Federal da Bahia, Faculdade de Arquitetura, Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo, Residência AU+E/UFBA, Salvador, Bahia, Brasil.

Arquiteta e Urbanista. Professora Dra. na Faculdade de Arquitetura da UFBA, com pesquisa sobre convergências socioecológicas para projetos urbanos de interesse social e coletivo. Coordenadora do Curso de Especialização em Assistência Técnica, Habitação e Direito à Cidade (Residência AU+E/UFBA). Vice-líder do Grupo de Pesquisa LabHabitar. Pesquisadora associada do PPGAU-UFBA e do LACAM-Tec. Membro da Câmara de Resiliência do Painel Climático de Salvador.

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Publicado

14-05-2021

Como Citar

Raynal, C. P., Souza de Andrade, L. M., & Faria Mettig Rocha, H. . (2021). Assessoria, assistência técnica e autogestão:: análise da sustentabilidade urbana dos projetos Dorothy Stang (Brasília) e Condomínio das Mangueiras (Salvador). Paranoá, 14(30). https://doi.org/10.18830/issn.1679-0944.n30.2021.12

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