Cartografias cinemáticas de Copacabana. Proposta metodológica para análise de paisagens culturais
DOI:
https://doi.org/10.26512/patryter.v8i16.54063Palavras-chave:
Cartografias Cinemáticas; cinema; paisagens culturais, Copacabana.Resumo
Esse artigo apresenta as Cartografias Cinemáticas como proposta metodológica para estudo das paisagens culturais através das suas representações cinematográficas. Trata-se de cartografias onde filmes são considerados mapas em movimento, documentando culturas, memórias urbanas e câmbios sociais e ideológicos. A proposta interdisciplinar extrai teorias da filosofia, do cinema, das geografias culturais e da arquitetura, para a construção de chaves adaptáveis para leitura das funções das paisagens cinemáticas, como os princípios e estratégias de dimensionamento e as psicogeografias dos personagens. As chaves foram aplicadas sobre filmes produzidos entre os anos 1955 e 1970, cujo objeto é a turística e icônica Copacabana no Rio de Janeiro, objeto frequente das representações simbólicas de Brasil. Compreender paisagens culturais através de expressões artísticas como o cinema, permite desvendar aspectos sensíveis das memórias coletivas, provendo recursos para subsidiar pesquisas sociais e culturais, ou para atenuar efeitos de diversos tipos de intervenções em entornos urbanos.
Downloads
Referências
Azevedo, A. (2008). A ideia de paisagem. Braga: Figueirinhas.
Azevedo, A. (2009a). Geografia e Cinema. A investigação geográfica em cinema. Âmbito, objeto e problemática. In Corrêa, R. L.; Rosendahl, Z. (Orgs.). Cinema, Música e Espaço (pp. 95 – 127). Rio de Janeiro: EDUERJ.
Azevedo, A. (2009b). Desgeografização do corpo. Uma política de lugar. In A. Azevedo, J. Pimenta & J. Sarmento (Orgs.) Geografias do corpo. Ensaios de Geografia Cultural (pp. 31-80). Braga: Figueirinhas.
Barthes, R. (2001). Mitologias. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil.
Barthes, R. (1984). A câmara clara: nota sobre a Fotografia. Rio de Janeiro: Ed. Nova Fronteira.
Berque, A. (1995). Les raisons du paysage, de la Chine antique aux environnements de synthèse. Paris: Editions Hazan.
Besse, J. M. (2014). O Gosto do Mundo. Exercícios de Paisagem. Rio de Janeiro: EDUERJ, 2014.
Bruno, G. (2002). Atlas of Emotion. Journeys in Art, Architecture and Film. New York: Verso.
Böhme, G. (2017). The Aesthetics of Atmospheres. New York: Routledge.
Caixa Cultural (2015). Imaginários Cariocas: A representação do Rio no Cinema. Catálogo da exposição. https://issuu.com/dmfilmes/docs/imaginarios_cariocas_catalogo_virtu_8f43b106a2d4b7
Caquard, S. & Taylor, D. (2009). What is Cinematic Cartography? The Cartographic Journal, 46(1), 5-8. https://doi.org/10.1179/000870409X430951
Castro, T. (2009). Cinema’s Mapping Impulse: Questioning Visual Culture. The Cartographic Journal, 46(1) 9–15. https://doi.org/10.1179/000870409X415598
Castro, T. (2010). Mapping the city through film: from “topophilia” to urban mapscapes. In R. Koeck & L. Roberts (Eds.) The City and the Moving Image (pp. 144-155). London: Palgrave Macmillan.
Conley, T. (2007). Cartographic cinema. Minneapolis: University of Minnesota Press.
Corboz, A. (1983). El Território como Palimpsesto. Diogène, 121, 14-35. https://grupo1h2aboy2015.files.wordpress.com/2015/06/02-andre-corboz_el-territorio-como-palimpsesto_completo.pdf
Corner, J. (1999) The Agency of Mapping. Speculation, critique and invention. In D. Cosgrove (Ed.). Mappings (pp.231-252). London: Reaktion Books.
Costa, E. & Alvarado-Sizzo, I. (2021). Território usado, turismo e cinema: Proposta metodológica. Finisterra, 56(118), 175–198. https://doi.org/10.18055/Finis22285
Debord, G. (2014). Situationists internacional manifesto. In J. Gieseking, W. Mangold, C. Katz, S. Low & S. Saegert (Eds.) The people, place, and space reader (pp.65-68). New York: Routledge.
Deleuze, G. (1983). Cinema 1 - A Imagem-Movimento. São Paulo: Editora Brasiliense.
Della Dora, V. (2009). Travelling landscape-objects. Progress in Human Geography, 33(3), 334–354. https://doi.org/10.1177/0309132508096348
Eisentein, S., Bois, Y. & Glenny, M. (1989). Montage and Architecture. Assemblage, (10), 110-131. https://doi.org/10.2307/3171145
Escher, A. & Zimmermann, S. (2001). Geography meets Hollywood Die Rolle der Landschaft im Spielfilm. Geographische Zeitschrift, 89(4), 227–236. http://www.jstor.org/stable/27818920
Fonseca, A. (2012). Os errantes do cinema marginal. (Dissertação de mestrado em Belas Artes). Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte.
Foucault, M. (2008). Arqueologia do saber. Rio de Janeiro: Forense Universitária.
Gandy, M. (2002). Concrete and clay: reworking nature in New York City. (Urban and Industrial Environments). Cambridge: The MIT Press.
Gregory, D. (1994). Geographical Imaginations. Cambridge: Blackwell Publications.
Gunning, T. (2010). Landscape and the Fantasy of Moving Pictures: Early Cinema’s Phantom Rides. In G. Harper & J. Rayner. Cinema and Landscape: Film, Nation and Cultural Geography (pp. 31-70). Bristol: Intellect Books.
Hamburguer, E. (2020). Arne Sucksdorff professor incômodo no Brasil. Doc On-line, (27), 81-108. https://ojs.labcom-ifp.ubi.pt/doc/article/view/720/pdf
Haraway, D. (1988). Situated Knowledges: The Science Question in Feminism and the Privilege of Partial Perspective. Feminist Studies, 4(3), 575–599. https://doi.org/10.2307/3178066
Hopkins, J. (2009). Um mapeamento de lugares cinemáticos; ícones, ideologia e o poder da representação enganosa (1994). In R. Corrêa & Z. Rosendahl (Orgs.). Cinema, Música e Espaço (pp. 59-94). Rio de Janeiro: EDUERJ.
Jaguaribe, B. (2014). Rio de Janeiro: Urban life through the eyes of the city. London: Taylor and Francis.
Koeck, R. & Roberts L. (2010). The City and the Moving Image. Urban Projections. Hampshire: Palgrave Mcmillan.
Lefebvre, M. (2011). On Landscape in Narrative Cinema. Revue Canadienne d’Études Cinematographiques, 20(1), 61-78. https://doi.org/10.3138/cjfs.20.1.61
Lukinbeal, C. & Zimmermann, S. (Eds.) (2008). The Geography of Cinema - a Cinematic World. Stuttgart: Franz Steiner Verlag.
Lynch, K. (1960). A Imagem da Cidade. Cambridge: MIT Press.
Massumi, B. (2002). Parables of the Virtual, Movement, Affect, Sensation. London: Duke University Press.
Meinig, D. (Ed.) (1979). The interpretation of ordinary landscapes. Geographical Essays. New York: Oxford University Press.
Melbye, D. (2010). Landscape Allegory in Cinema: From Wilderness to Wasteland. New York: Palgrave MacMillan.
Metz, C. (1974). Language and Cinema. Paris: Mouton.
Name, L. (2007). Personagens geográficos como escala de análise de filmes. In Anales de la Conferencia Internacional Aspectos Culturales de las Geografías Económicas Y Políticas (pp. 01-14). Buenos Aires, Argentina. https://www.academia.edu/314533/_2007_Personagens_geogr%C3%A1ficos_como_escala_de_an%C3%A1lise_de_filmes
Nora, P. (2008). Les lieux de mémoire. Montevideo: Ediciones Trilce.
Oliveira, L. (2013). Por uma libertação no tempo: notas sobre a filosofia do cinema de Gilles Deleuze. Pólemos, 2(3), 133–145. https://doi.org/10.26512/pl.v2i3.11552
Pensz, F. (2017). The Cinema in the Map – The Case of Braun and Hogenberg’s Civitates Orbis Terrarum. In F. Pensz & R. Koeck (Eds.). Cinematic Urban Geographies, Screening Spaces (pp. 23-46). New York: Palgrave McMillan.
Pensz, F. & Koeck, R. (Eds.) (2017). Cinematic Urban Geographies, Screening Spaces. New York: Palgrave McMillan.
Ramos, F. (1987). Cinema Marginal (1968-1973). A representação em seu limite. São Paulo: Editora Brasiliense.
Rego, A. (2023). Copacabana. Cartografias Cinemáticas de uma Paisagem Cambiante. (Tese de Doutorado em Geografia). Universidade do Minho, Guimarães. https://hdl.handle.net/1822/86415.
Roberts, L. (Ed.) (2012). Mapping Cultures: Place, Practice, Performance. Hampshire: Palgrave Mcmillan.
Shiel, M. & Fitzmaurice, T. (Eds.) (2001). Screening the City. New York: Verso Books.
Thrift, N. (2008). Non-representational Theory. Space, Politics, Affect. London: Routdledge.
Vaz da Costa, M. (2006). A Cidade como cinema existencial. RUA: Revista de Arquitetura e Urbanismo, 1(2), 34-43. https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/19346
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 PatryTer

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Informamos que a Revista Patryter está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0) https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
Autores que publicam na Revista PatryTer concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição (CC BY) o que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- A contribuição é original e inédita, não está sendo avaliada para publicação por outra revista. Quando da submissão do artigo, os(as) autores(as) devem anexar como documento suplementar uma Carta dirigida ao Editor da PatryTer, indicando os méritos acadêmicos do trabalho submetido [relevância, originalidade e origem do artigo, ou seja, oriundo de que tipo de investigação]. Essa carta deve ser assinada por todos(as) os(as) autores(as).
- Autores cedem os direitos de autor do trabalho que ora apresentam à apreciação do Conselho Editorial da Revista PatryTer, que poderá veicular o artigo na Revista PatryTer e em bases de dados públicas e privadas, no Brasil e no exterior.
- Autores declaram que são integralmente responsáveis pela totalidade do conteúdo da contribuição que ora submetem ao Conselho Editorial da Revista PatryTer.
- Autores declaram que não há conflito de interesse que possa interferir na imparcialidade dos trabalhos científico apresentados ao Conselho Editorial da Revista PatryTer.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não- exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).