EDUCAÇÃO, MORALIDADE E CIDADANIA NA FILOSOFIA PRÁTICA DE IMMANUEL KANT

um estudo a partir da obra Über Pädagogik

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/pl.v1i2.11525

Palavras-chave:

Filosofia prática. Educação. Cidadania. Kant.

Resumo

O presente artigo tem o escopo de resgatar os princípios educacionais da filosofia prática do professor de Königsberg, Immanuel Kant. Para isso, temos como temática de reflexão: a relação da teoria da educação com a formação moral e política do educando. Os objetivos deste artigo são: a reconstrução dos princípios e dos fundamentos da pedagogia como componente integrante da filosofia prática de Kant; a análise dos procedimentos pedagógicos de disciplina, instrução e educação moral para a formação do caráter; o exame da interligação entre a educação moral e a formação da cidadania no educando como o fim último (letzterZweck) da prática pedagógica. A elaboração deste artigo teve como critérios de investigação: a relevância das reflexões kantianas sobre a educação, a consistência teórico-prática da teoria pedagógica, principalmente, no que se refere à proposta educacional de formação de sujeitos que ajam de forma politica e moralmente autônoma. Além disso, os pressupostos teóricos da filosofia crítica de Kant podem contribuir para a compreensão e a resolução dos dilemas atuais da prática educacional.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Alberto Paulo Neto, Pontifícia Universidade Católica do Paraná

Possui graduação em Filosofia pela Universidade Estadual de Londrina (2006) mestrado em Filosofia pela Universidade Federal de Santa Catarina (2009) e Doutorado em Filosofia pela Universidade de São Paulo (2015). Tem experiência na área de Filosofia, com ênfase em Ética e Filosofia Política, atuando principalmente nos seguintes temas/autores: Teorias da democracia, Teorias da justiça, Bioética, Republicanismo e Liberalismo político, Filosofia Política, Filosofia do Direito e autores: Immanuel Kant, Jürgen Habermas, Ronald Dworkin e Philip Pettit. Líder do Grupo de Pesquisa: Justiça e Direitos Fundamentais (CNPq/PUCPR Campus Londrina). Professor colaborador no Programa de Pós-Graduação em Bioética da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (início da atividade em agosto de 2019).

Referências

ADORNO, Theodor. W. 1995. Educação e Emancipação. Tradução de Wolfgang Leo Maar. Rio de Janeiro, Paz e Terra.

ARAMAYO, Roberto Rodriguez. 1994. Estudio Preliminar: El ”•Utopismo ucrónico de la reflexion kantiana sobre la historia. In:

KANT, Immanuel. Ideas para una historia universal en clave cosmopolita y otros escritos sobre Filosofía de la Historia.Madrid: Tecnos,p. IX-XL.

AREDES, José de Almeida Pereira. 2006. Ensinar Kant. In: SANTOS, Leonel Ribeiro dos (Coord.). Kant: posteridade e actualidade. Lisboa: CFUL, p. 781-788.

CAFFARENA, José Gómez. 1996. La conexión de la política com la ética. (¿Logrará la paloma guiar la serpiente?). In:

RODRÃGUEZ ARAMAYO, Roberto; MUGUERZA, J.; RONDÁN, C. (org.) La Paz y el Ideal Cosmopolita de la Ilustración. A Propósito del Bicentenario de Hacia La Paz Perpetua de Kant. Madrid: Tecnos, p. 65-75.

CASSIRER, Ernst. 1970. Rousseau, Kant and Goethe: two essays. Princeton: Princeton University Press.

CONDORCET. 2008. Cinco memórias sobre a instrução pública. São Paulo: EDUNESP, 264 p.

DALBOSCO, Claudio Almir. 2004. Da Pressão disciplinada à obrigação moral: Esboço sobre o significado e o papel da pedagogia no pensamento de Kant. Educação e Sociedade, Campinas, n. 89, p.1333-1356.

FREITAG, Bárbara. 2004. Itinerários de Antígona: A questão da moralidade. São Paulo: Papirus, 308 p.

______. 1989. A questão da moralidade: da razão prática de Kant à ética discursiva de Habermas. Tempo social: Revista de sociologia da USP. São Paulo 1(2), p. 7-44.

JAERGER, Werner. 1995. Paideia: a formação do homem grego. São Paulo: Martins Fontes, 1413 p.

______. 1944. Paideia: the ideals of Greek Culture. Volume III: The conflict of cultural ideals in the Age of Plato. Traduçãode Gilbert Highet. Oxford: Okford University Press, 376 p.

KANT, Immanuel. 2006. Antropologia de um ponto de vista pragmático. Tradução de Clélia Aparecida Martins. São Paulo:Iluminuras.

______. 1992. Lógica. Tradução de Guido Antônio de Almeida. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro.

______. s/a. Resposta à pergunta: O que é Iluminismo? In: ______. A paz perpétua e outros opúsculos. Tradução de Artur Morão. Lisboa: Edições 70, p. 11-19.

______. 1996.Sobre a Pedagogia. Tradução: Francisco Cock Fontanella. Piracicaba: Editora Unimep.

______. 1977. Über Pädagogik. In: ______. Schriften zur Antropologie, Geschichts-philosophie, Politik und Pädagogik 2. Frankfurt am Main, p. 691-761.

______. 1900. Kant on Education(Ueber Padagogik). Traduçãode Annette Churton. Boston: D. C.HEATH ,& CO., PUBLISHERS, 121 p.

______. 1904. Educational theory. Traduçãoeed. com uma introdução deE.F. Buchner. Philadelphia: Lippincott.

______. 1974. Fundamentação dametafísica dos costumes. Tradução de Paulo Quintela. São Paulo: AbrilCultural.

______. 1886. Traité de Pédagogie. Paris: Félix Alcan, 133 p.

______. 1927. La Pedagogia. Traduçãode Angelo Valdarnini.Torino: G.B. Paravia & C.

______. 2008. A paz perpétua. Tradução de Marcos Zingano. Porto Alegre: L&PM.

______. 1994. Ideas para una historia universal en clave cosmopolita y otros escritos sobre Filosofía de la Historia. Madrid: Tecnos.

LA TAILLE, Yves de. 1996. A educação moral: Kant e Piaget. In: MACEDO, Lino de (Org.). Cinco estudos de educação moral. São Paulo: Casa do Psicólogo, p. 137-178.

________ 1992. Desenvolvimento do juízo moral e afetividade na teoria de Jean Piaget. In: LA TAILLE, Yves de; OLIVEIRA, Marta Kohl; DANTAS, Heloisa. Piaget, Vygotsky,Wallon: teorias psicogenéticas emdiscussão. São Paulo: Summus.

LOUDEN, Robert B. 2000. Kant’s impure ethics: from rational beings to human beings. New York, Oxford: Oxford University Press.

MUNZEL, Gisela Felicitas. 2001. Antropology and the Pedagogical Function of the Critical Philosophy. In: GERHARDT, Volker; HORSTMANN, Rolf-Peter; SCHUMACHER, Ralph. 2001. Kant und die Berliner Aufklärug: Akten des IX. Internationalen Kant-Kongress. Berlin/New York: Walter de Gruyter, p. 395-404.

PHILONENKO, Alexis. 1982. Études Kantiennes. Paris: J. Vrin.PINTO, Maria José Vaz. Ideia de Educação em Kant. 2006. In: SANTOS, Leonel Ribeiro dos (Coord.). Kant: posteridade e actualidade. Lisboa: CFUL, p. 421-432.

PINZANI, Alessandro. Il citadino autonomo tra educazione ed emancipazione. 2004. In: MONETI, Maria e PINZANI, Alessandro. Dirito, politica e moralitá in Kant. Milano: Bruno Mordadori, p. 129-137.

RAWLS, John. 2005. História da filosofia moral. São Paulo:Martins Fontes, 439 p.

SALGADO, Joaquim Carlos. 1986. A ideia de Justiça em Kant: seu fundamento na liberdade e na igualdade. Belo Horizonte: EDUFMG.

SBRIZ, Sara. 2002. Kant e a comunicazionedidatticadellafilosofía. Comunicazione Filosofica, n. 10, p. 21-49.

SUAREZ, Rosana. 2005. Nota sobre o conceito de Bildung (formação cultural).Kriterion, Belo Horizonte, v. 46, n. 112, p.191-198.

VINCENTI, Luc. 1994. Educação e Liberdade: Kant e Fichte. Tradução de Élcio Fernandes. São Paulo: EDUNESP.

Downloads

Publicado

15-03-2013

Como Citar

Paulo Neto, A. (2013). EDUCAÇÃO, MORALIDADE E CIDADANIA NA FILOSOFIA PRÁTICA DE IMMANUEL KANT: um estudo a partir da obra Über Pädagogik. PÓLEMOS – Revista De Estudantes De Filosofia Da Universidade De Brasília, 1(2), 07–29. https://doi.org/10.26512/pl.v1i2.11525

Edição

Seção

Artigos