A educação inclusiva e a Ética da Libertação de Paulo Freire

Autores/as

  • Daya Sisson Universidade de Brasília

DOI:

https://doi.org/10.26512/rbb.v5i1-4.8159

Palabras clave:

Bioética. Educação. Educação Inclusiva. Ética da Libertação.

Resumen

A educação inclusiva advém de um movimento histórico de ações políticas, culturais, sociais e pedagógicas. Atualmente, ela é tratada como um paradigma educacional fundamentado nos direitos humanos. Porém, existe uma grande distância entre a proposta teórica inclusiva e a prática escolar dessa proposta. Além de políticas educacionais inclusivas é preciso que se estabeleça uma vivência escolar inclusiva, orientada por princípios éticos. A Ética da Libertação de Paulo Freire surge como uma opção de norteamento ético para a “nova escola” que se pretende criar, ao refletir e agir rejeitando qualquer forma de discriminação. Assim, seria preciso priorizar a educação como formação ética e ressaltar a autonomia e a dignidade como valores es- senciais. Por meio de revisão bibliográfica, esse trabalho pretende expor um breve panorama histórico do modelo inclusivo no Brasil e utilizar as idéias de Paulo Freire, em especial a Ética da Libertação, para auxiliar a análise desse panorama.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Daya Sisson, Universidade de Brasília

Programa de Pós-graduação em Bioética, Cátedra UNESCO de Bioética, Faculdade de Ciências da Saúde, Brasília, Brasil.

Citas

Brasil. Ministério da Educação. Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília: MEC; 2008.

Laplane A. Uma análise das condições para a implementação de políticas de educação inclusiva no Brasil e na Inglaterra. Educ. Soc. 2006; 27(96):689- 715.

Ferreira MEC. The enigma of inclusion: from the intentions to the pedago- gical practices. Educação e Pesquisa. 2007; 33(03):543-60.

Mantoan MTE. Uma escola de todos, para todos e com todos: o mote da inclusão. In: Stobäus CD, Mosquera M, editores. Educação Especial: em direção à educação inclusiva. Porto Alegre: EDIPUCRS; 2003. p. 27-40.

Bragança MGV, Oliveira ZMF de. Educação Inclusiva: Significado e Rea- lidade. Linhas Críticas. 2005;11(21):217-228.

Morin E. Os sete saberes necessários à educação do futuro. 12a ed. São Paulo: Cortez; Brasília: UNESCO; 2007.

Morin E. Ciência com consciência. 6a ed. Rio de Janeiro: Bertrand do Brasil; 2002.

Brasil. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Imprensa Oficial; 1988.

Brasil. Estatuto da Criança e do Adolescente no Brasil. Lei n° 8.069, de 13 de julho de 1990.

Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura [Internet]. Declaração Mundial sobre Educação para Todos: plano de ação para satisfazer as necessidades básicas de aprendizagem - [acesso em 31/ Jul/2008]. Jomtiem/Tailândia: UNESCO; 1990. Disponível em: http://www. unesco.org.br/publicacoes/copy_of_pdf/decjomtien

Brasil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial. Brasília: MEC/SEESP; 1994.

Brasil. Declaração de Salamanca e linha de ação sobre necessidades educativas especiais. Brasília: UNESCO; 1994.

Brasil. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB 9.394, de 20 de dezembro de 1996.

Brasil. Ministério da Educação. Lei no 10.172, 09 de janeiro de 2001.

Brasil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Programa Educação Inclusiva: Direito à Diversidade. Brasília: MEC/SEESP; 2003.

Organização das Nações Unidas [Internet]. Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência - [acesso em 31/Jul/2008]. Nova York: ONU; 2006. Disponível em: http://www.bengalalegal.com/convencao.php

Brasil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Direito à educação: subsídios para a gestão dos sistemas educacionais ”“ orientações gerais e marcos legais. Brasília: MEC/SEESP; 2006.

Brasil. Ministério da Educação. Plano de Desenvolvimento da Educação: razões, princípios e programas. Brasília: MEC; 2007.

Brasil. Ministério da Educação. Decreto n° 6.094, 24 de abril de 2007.

Freire P. Pedagogia da Autonomia. 36a ed. São Paulo: Paz e Terra; 2007. 21. Freire P. Pedagogia do Oprimido. 17a ed. Rio de Janeiro. Paz e Terra; 1987.

Garrafa V. Inclusão social no contexto político da Bioética. Revista Brasi- leira de Bioética. 2005; 01(02):122-132.

Dussel E. Ética da Libertação na Idade da Globalização e da Exclusão. Petrópolis: Vozes; 2000.

Lindo AP. Educación para el Desarrollo Humano. In: TEALDI, JC, edito- res. Diccionario Latinoamericano de Bioética. Bogotá: UNESCO - Red Latinoamericana y del Caribe de Bioética/Universidad Nacional de Colombia; 2008. p. 264-68.

Dubet F. A escola e a exclusão. Cadernos de Pesquisa. 2003; 119:29-45. 26. Mendes EG. A radicalização do debate sobre inclusão escolar no Brasil. Rev. Bras. Educ. 2006; 11(33): 387-405.

Gadotti M. A voz do Biógrafo Brasileiro ”“ A Prática à Altura do Sonho. In: Gadotti M, editor. Paulo Freire - Uma Biobibliografia. São Paulo: Cortez Editora; 1997.

Ribeiro M. Exclusão e educação social: conceitos em superfície e fundo. Educação Social. 2006; 27(94):159.

Salvador DSCO, Moura DH, Silva JAA, Maia SF. Processo Educacional Inclusivo: das Discussões Teóricas à Necessidade da Prática. Holos. 2006; 22(3):11-23.

Oliveira AAS, Leite LP. Construção de um sistema educacional inclusivo: um desafio político-pedagógico. Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação. 2007; 15(57):511-524.

Lopes MC. (Im)Possibilidades de Pensar a Inclusão. Anais da 30a Reu- nião Anual da ANPED; 2007 Out 07-10; Caxambu, MG. Caxambu: ANPEd; 2007.

Popkewitz T, Lindblad S. Educational governance and social inclusion and exclusion: some conceptual difficulties and problematics in policy and research. Discourse. 2000; 21(01):5-54.

Duek VP, Naujorks MI. Inclusão e Autoconceito: reflexões sobre a formação de professores. Revista do Centro de Educação [online]. 2006 [acesso em 31 Jul 2008]; 31(01). Disponível em: http://coralx.ufsm.br/revce/revce/2006/01/ a3.htm

Senna LAG. Formação docente e educação inclusiva. Cadernos de Pesquisa. 2008; 38(133): 195-219.

Garcia RMC. Discursos Políticos sobre Inclusão: Questões para as Políticas Públicas de Educação Especial no Brasil. Anais da 27a Reunião Anual da ANPED; 2004 Nov 21-24; Caxambu, MG. Caxambu: ANPEd; 2004.

Garrafa V, Porto D. Bioética: poder e injustiça: por uma ética de intervenção. In: Garrafa V, Pessini L, editores. Bioética: poder e injustiça. São Paulo: Loyola; 2003. p. 35-44.

Freire AMA. Educação para paz segundo Paulo Freire. Educação. 2006; 2(59):387-93.

Ferreira MEC. The enigma of inclusion: from the intentions to the pedagogical practices. Educação e Pesquisa. 2007; 33(03):543-60.

Giordano R. Políticas da educação e sistemas filosóficos: a vontade da exclusão. Cad. CEDES. 2004; 24(64):329-44.

Freire P. Ação cultural para a liberdade e outros escritos. 6a ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra; 1982.

Cómo citar

Sisson, D. (2009). A educação inclusiva e a Ética da Libertação de Paulo Freire. Revista Brasileira De Bioética, 5(1-4), 48–62. https://doi.org/10.26512/rbb.v5i1-4.8159

Número

Sección

Artigos de Atualização