Avaliação de percepção ambiental, comportamentos pró-ecológicos e qualidade de vida de moradores da Praia do Perequê
DOI:
https://doi.org/10.18472/SustDeb.v15n1.2024.52328Palavras-chave:
percepção ambiental, comportamentos pró-ecológicos, qualidade de vida, caiçara, baixada santistaResumo
A Praia do Perequê fica situada na cidade de Guarujá (SP) e apresenta uma situação de graves impactos socioambientais ligados diretamente às atividades de turismo e navegação. O objetivo da pesquisa foi avaliar percepção ambiental, comportamentos pró-ecológicos e qualidade de vida da comunidade de caiçaras daquela região. Moradores adultos e idosos da Praia do Perequê responderam ao Questionário de Percepção Ambiental – Praia; Escala de Comportamento Ecológico, WHOQOL-bref e Critério de Classificação Econômica Brasil, em locais públicos. Resultados indicaram elementos de percepção ambiental positiva interagindo com percepção das dificuldades (em transporte e atendimento em saúde pública), comportamentos dos moradores em relação ao descarte de lixo e problemas no domínio ambiental da qualidade de vida. Essa iniciativa permitirá a orientação de ações a serem empreendidas pela gestão municipal de Guarujá.
Downloads
Referências
ARAÚJO, F. R.; SCACHETTI, R. E.; OLIVEIRA-MONTEIRO, N. R. Autopercepção de qualidade de vida em adultos de uma região litorânea do estado de São Paulo. Unisanta Law and Social Science, v. 12, n. 1, p. 269-284, 2023. Available in: https://periodicos.unisanta.br/index.php/lss/article/view/3556. Access in: 20 jan. 2024.
ARAÚJO, F. R. et al. Percepções e condutas de universitários frente ao ambiente. Brazilian Journal of Development, v. 6, n. 9, p. 73141-73156, 2020. Available in: https://doi.org/10.34117/bjdv6n9-682. Access in: 20 jan. 2024.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EMPRESAS DE PESQUISAS (ABEP). Critério de Classificação Econômica Brasil, 2022. Available in: https://www.abep.org/criterio-brasil. Access in: 20 jan. 2024.
BARDIN, L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2011.
BATSON, C. D.; THOMPSON, E. R. Why don’t Moral People Act Morally? Motivational considerations. Current Directions in Psychological Science, v. 10, n. 2, p.54-57, 2001. Available in: https://doi.org/10.1111/1467- 8721.00114. Access in: 20 jan. 2023.
BECKER, M.; FÉLONNEAU, M. L. Pourquoi être pro-environnemental? Une approche socionormative des liens entre valeurs et «pro-environnementalisme». Pratiques psychologiques, v. 17, n. 3, p. 237-250, 2011.
BEURON, T. A. et al. Relações entre os valores pessoais e os comportamentos ecológicos no contexto da sustentabilidade. Revista ibero-americana de Ciências Ambientais, v. 3, n. 2, p. 6-22, 2012.
BRASIL. Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. Available in: https://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/leis/l6938.htm. Access in: 20 jan. 2024.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília: Presidência da República, 1988. Available in: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm
BRASIL. Lei no 12.187, de 29 de dezembro de 2009. Institui a Política Nacional sobre Mudança do Clima – PNMC e dá outras providências. Available in: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12187. htm. Access in: 20 jan. 2024.
BRASIL. Lei no 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei no. 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, e dá outras providências. Available in: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm. Access in: 20 jan. 2024.
BRASIL. Lei no 12.651, de 25 de maio de 2012. Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera as Leis no 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis no 4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida Provisória no 2.166-67, de 24 de agosto de 2001, e dá outras providências.
BRONFENBRENNER, U. Bioecologia do desenvolvimento humano: tornando os seres humanos mais humanos. Artmed Editora, 2011.
CAMARGO, D. M.; RAMÍREZ, P. C.; FERMINO, R. C. Individual and environmental correlates to quality of life in park users in Colombia. International Journal of Environmental Research and Public Health, v. 14, n. 10, p. 1250, 2017. Available in: https://doi.org/10.3390/ijerph14101250. Access in: 20 jan. 2024.
CASTRO, I. B.; PERINA, F.; FILLMANN, G. Organotin contamination in South American coastal areas. Environmental Monitoring and Assessment, v. 184, p. 1781–1799, 2012. Available in: https://doi.org/10.1007/s10661-011- 2078-7. Access in: 24 mar. 2024.
CASTRO, I. B.; WESTPHAL, E.; FILLMANN, G. Tintas anti-incrustantes de terceira geração: novos biocidas no ambiente aquático. Química Nova, v. 34, p. 1021–1031, 2011. Available in: https://www.scielo.br/j/qn/a/ cxZqL77Vv9MYpY6YBRcFVcL/. Access in: 24 mar. 2024.
CORRAL-VERDUGO, V.; PINHEIRO, J. Q. Condições para o estudo do comportamento pró-ambiental. Estudos de Psicologia, v. 4, p. 7-22, 1999.
DANOVARO, R. et al. Marine ecosystem restoration in a changing ocean. Restoration Ecology, v. 29, e13432, 2021. DIEGUES, A. C. Conhecimentos, práticas tradicionais e a etnoconservação da natureza. Desenvolvimento e meio ambiente, v. 50, 2019.
DORIGO, T. A.; LAMANO-FERREIRA, A. P. N. Contribuições da percepção ambiental de frequentadores sobre praças e parques no Brasil (2009-2013): revisão bibliográfica. Revista de Gestão Ambiental e Sustentabilidade, v. 4, n. 3, p. 31-45, 2015.
FIELD, A.; MILES, J.; FIELD, Z. Discovering statistics using R. Los Angeles: Sage Publications, 2012.
FLECK, M. P. A. et al. Aplicação da versão em português do instrumento abreviado de avaliação da qualidade de vida “WHOQOL-bref”. Revista de Saúde Pública, v. 34, n. 2, p. 178-183, 2000.
FOLEY, R.; KISTEMANN, T. Blue space geographies: enabling health in place. Health & Place, v. 35, p. 157-165,
GORDIA, A. P.; QUADROS, T. M. B. D.; CAMPOS, W. D. Variáveis sociodemográficas como determinantes do domínio
meio ambiente da qualidade de vida de adolescentes. Ciência & Saúde Coletiva, v. 14, p. 2261-2268, 2009.
GRESSLER, S. C.; GÜNTHER, I. D. A. Ambientes restauradores: definição, histórico, abordagens e pesquisas. Estudos de Psicologia, v. 18, p. 487-495, 2013.
HARALDSTAD, K. et al. A systematic review of quality of life research in medicine and health sciences. Quality of life Research, v. 28, p. 2641-2650, 2019.
HARTIG, T. et al. Nature and health. Annual review of public health, v. 35, p. 207-228, 2014. HULLEY, S. B. Delineando a pesquisa clínica. 4. ed. São Paulo: Artmed, 2014.
INTERNATIONAL ASSOCIATION FOR IMPACT ASSESSMENT. Guidelines and Principles for Social Impact Assessment. Washington: The Interorganizational Committee on Guidelines and Principles for Social Impact Assessment, 1994. Available in: https://www.iaia.org/pdf/IAIAMemberDocuments/Publications/Guidelines_Principles/SIA%20 Guide.PDF. Access in: 23 mar. 2024.
LIU, P.; TENG, M.; HAN, C. How does environmental knowledge translate into pro-environmental behaviors?: the mediating role of environmental attitudes and behavioral intentions. Science of the total environment, v. 728, p. 138126, 2020.
LUCENA, M. M.; FREIRE, E. M. Percepção ambiental como instrumento de participação social na proposição de área prioritária no semiárido. Revista Internacional Interdisciplinar INTERthesis, v. 11, n. 1, p. 147-171, 2014.
MACKAY, C. M.; SCHMITT, M. T. Do people who feel connected to nature do more to protect it? A meta-analysis. Journal of Environmental Psychology, v. 65, 101323, 2019.
OLIVEIRA-MONTEIRO, N. R.; SILVA, D. S. Percepções do ambiente, condições psicológicas e de qualidade de vida em habitantes de ocupações irregulares de área de manguezais na Baixada Santista, SP, Brasil. Sustainability in Debate, v. 9, n. 3, p. 13-27, 2018.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A EDUCAÇÃO, A CIÊNCIA E A CULTURA. 1st International co-ordinating council of the programme on man and the biosphere (MAB). Paris: MAB Report Series, 1971. Available in: http:// npshistory.com/publications/mab/unesco-mab-report/1.pdf. Access in: 20 jan. 2024.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O MEIO AMBIENTE. Declaração sobre o meio ambiente humano, junho de 1972. Available in: http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/Declaracao%20de%20 Estocolmo%201972.pdf. Access in: 20 jan. 2024.
PATO, C. M. L. Valores ecológicos. In: CAVALCANTE, S.; ELALI, G. E. Temas básicos em psicologia ambiental. São Paulo: Vozes, 2011.
PATO, C. M. L.; CAMPOS, C. B. D. Comportamento ecológico. In: CAVALCANTE, S.; ELALI, G. E. Temas básicos em psicologia ambiental. São Paulo: Vozes, 2011.
PATO, C. M. L.; TAMAYO, Á. A escala de comportamento ecológico: desenvolvimento e validação de um instrumento de medida. Estudos de Psicologia, v. 11, p. 289-296, 2006. Available in: https://www.scielo.br/j/ epsic/a/GS4KQWFrQ8YFhrdDLKQ3kGf/abstract/?lang=pt. Access in: 20 jan. 2024.
PEREIRA, D. A.; PATO, C. Valores e comportamento ecológico: dimensões para Educação Ambiental em Parques Urbanos. Ambiente & Educação, v. 20, n. 2, p. 81-101, 2015.
PEREIRA, S. D. O.; REIS, L. P. C. Contextos de interação e sua inter-relação com o comportamento ecológico. Revista Internacional Interdisciplinar INTERthesis, v. 14, n. 1, 2017. Available in: https://doi.org/10.5007/1807- 1384.2017v14n1p117. Access in: 20 jan. 2024.
PINHEIRO, L. V. S. et al. Comportamento, crenças e valores ambientais: uma análise dos fatores que podem influenciar atitudes pró-ambientais de futuros administradores. Revista de Gestão Social e Ambiental, v. 8, n. 1, p. 89-104, 2014.
PRATI, L. E. et al. Revisando a inserção ecológica: uma proposta de sistematização. Psicologia: reflexão e crítica, v. 21, p. 160-169, 2008.
RODRIGUES, M. L. et al. A percepção ambiental como instrumento de apoio na gestão e na formulação de políticas públicas ambientais. Saúde e Sociedade, v. 21, p. 96-110, 2012.
SALES, L. G. L.; SILVA, R. M. M.; CLEMENTINO, M. L. M. Da natureza natural à natureza social: os caminhos da relação entre sociedade e mangue de Bayeux – PB. III ENCONTRO DA ANPPAS, Brasília, 3, 2006. Available in: http://www.anppas.org.br/encontro_anual/encontro3/arquivos/TA209-04032006-024459.DOC. Access in: 20 jan. 2024.
SHAFIEI, A.; MALEKSAEIDI, H. Pro-environmental behavior of university students: application of protection motivation theory. Global Ecology and Conservation, v. 22, e00908, 2020.
TUAN, Y. F. Topofilia: um estudo da percepção, atitudes e valores do meio ambiente. SciELO-EDUEL, 2012. WHITE, M. P. et al. The ‘Blue Gym’: What can blue space do for you and what can you do for blue space? Journal of the Marine Biological Association of the United Kingdom, v. 96, n. 1, p. 5-12, 2016.
WHITE, M. P. et al. Blue space, health and well-being: a narrative overview and synthesis of potential benefits. Environmental Research, v. 191, p. 110169, 2020.
WHOQOL GROUP. The World Health Organization quality of life assessment (WHOQOL): position paper from the
World Health Organization. Social science & medicine, v. 41, n. 10, p. 1403-1409, 1995.
WHYTE, A. V. La perception de l’énvironnement: lignes directrices méthodologiques pour les études sur le terrain. Unesco, 1978.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Sustainability in Debate
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
A submissão de trabalho(s) científico(s) original(is) pelos autores, na qualidade de titulares do direito de autor do(s) texto(s) enviado(s) ao periódico, nos termos da Lei 9.610/98, implica na cessão de direitos autorais de publicação impressa e/ou digital à Revista Sustentabilidade em Debate do(s) artigo(s) aprovado(s) para fins da publicação, em um único número da Revista, autorizando-se, ainda, que o(s) trabalho(s) científico(s) aprovado(s) seja(m) divulgado(s) gratuitamente, sem qualquer tipo de ressarcimento a título de direitos autorais, por meio do site da Revista, para fins de leitura, impressão e/ou download do arquivo do texto, a partir da data de aceitação para fins de publicação. Portanto, os autores ao procederem a submissão do(s) artigo(s) Revista, e, por conseguinte, a cessão gratuita dos direitos autorais relacionados ao trabalho científico enviado, têm plena ciência de que não serão remunerados pela publicação do(s) artigo(s) no periódico.
A Revista encontra-se licenciada sob uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações (Proibição de Realização de Obras Derivadas) 3.0 Brasil, para fins de difusão do conhecimento científico, conforme indicado no sítio da publicação, que permite o compartilhamento do texto e o reconhecimento de sua autoria e publicação original nesta revista.
Os autores têm permissão para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva dos trabalhos publicados na Revista Sustentabilidade em Debate (por exemplo, em um capítulo de livro), desde que seja assinalado que os textos foram originalmente publicados nesta revista e que seja mencionado o DOI correspondente. Os autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir o seu texto online, após a publicação (por exemplo, em repositórios institucionais ou nas suas páginas pessoais).
Os autores declaram expressamente concordar com os termos da presente Declaração de Direito Autoral, que se aplicará a submissão caso seja publicada por esta Revista.