O ensino dos pretéritos a aprendizes brasileiros de espanhol como língua estrangeira sob o viés da tradução funcionalista

Autores/as

  • Valdecy de Oliveira Pontes Universidade Federal do Ceará
  • Denísia Kênia Feliciano Duarte Universidade Federal do Ceará

DOI:

https://doi.org/10.26512/belasinfieis.v7i1.12569

Palabras clave:

Tradução Funcionalista, Pretérito Perfeito, Variação Linguística, Ensino de Espanhol

Resumen

No contexto de tradução e ensino de línguas estrangeiras, alguns estudos têm tido resultados positivos ao unir atividades de tradução com a prática de sequências didáticas (SD) com gêneros textuais autênticos (BARRIENTOS, 2014; DEMÉTRIO, 2014; LAIÑO, 2014; PEREIRA, 2016; PONTES, BRASIL E PEREIRA, 2016; DUARTE, 2017). Neste artigo, objetivamos analisar as contribuições do uso da tradução funcionalista no ensino do Pretérito Perfeito Simples (PPS) e do Pretérito Perfeito Composto (PPC) para aprendizes brasileiros de língua espanhola. Portanto, examinamos os condicionamentos linguísticos e extralinguísticos nos usos desses tempos verbais em espanhol e em português, considerando o fenômeno de variação linguística; e verificamos como o uso da tradução pode contribuir para o ensino da variação linguística dos PPS e PPC do espanhol. Baseamo-nos em fundamentos teóricos da Tradução Funcionalista (NORD, 1994,2009, 2012), Tradução e Sociolinguística (BOLAÑOS-CUELLAR, 2000; MAYORAL, 1998), elaboração de SD (CRISTÓVÃO, 2010; BARROS, 2012) e pesquisas sobre a variação nas formas dos pretéritos do espanhol e português (PONTES (2009), OLIVEIRA (2007, 2010), BARBOSA (2008), DIAS (2004), etc. 

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Valdecy de Oliveira Pontes, Universidade Federal do Ceará

Professor do Departamento de Letras Estrangeiras e dos Programas de Pós-graduação em Linguística (PPGL) e Estudos da Tradução (POET) da Universidade Federal do Ceará (UFC). Pós-doutor em Estudos da Tradução (2014) pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Doutor (2012) em Linguística pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e mestre em Linguística Aplicada (2009) pela Universidade Estadual do Ceará (UECE). Graduado em Letras ”“ Português e Espanhol (2006) pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Fortaleza, Ceará, Brasil.

Denísia Kênia Feliciano Duarte, Universidade Federal do Ceará

Mestre em Estudos da Tradução (2016) pelo Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução na Universidade Federal do Ceará (POET/UFC). Graduada em Letras-Espanhol (2014) pela mesma universidade. Fortaleza, Santa Ceará, Brasil.

Citas

ALCAÃNE, Azucena. 2007. ¿Son compatibles los cambios inducidos por contacto y las tendencias internas al sistema?. Madrid, 18 de julio. Data de consulta, 1 de julio de 2015. http://web.uam.es/personal_pdi/filoyletras/alcaine/Homenaje%20zimmermann.pdf

ALEZA IZQUIERDO, Milagros e ENGUITA UTRILLA, José María. La lengua española en América: normas y usos actuales. Valencia. 2010.

BARBOSA, Juliana Bertucci. Os tempos do pretérito no português brasileiro: perfeito simples e perfeito composto. Araquara, SP: UNESP, 2003. Originalmente apresentada como dissertação de mestrado, Universidade Estadual Paulista, 2003.

BARBOSA, Juliana Bertucci. Tenho feito/fiz a tese: uma proposta de caracterização do pretérito perfeito no português. Tese de doutorado, Araquara, SP: UNESP, 2008. Originalmente apresentada como tese de doutorado, Universidade Estadual Paulista, 2008.

BARRIENTOS, B.R.R. Os quadrinhos da Mateina no ensino de espanhol língua estrangeira: Ã luz da tradução funcionalista. Dissertação (Mestrado em Estudos da Tradução) ”“ Centro de Comunicação e Expressão. Universidade Federal de Santa Catarina: Florianópolis, 2014.

BARROS, Eliana Merlin Deganutti. Gestos de ensinar e de aprender géneros textuais: a sequência didática como instrumento de avaliação. Londrina, PR: UEL, 2012. Originalmente apresentada como tese de doutorado, Universidade Estadual de Londrina, 2012.

BELLO, Andrés. Análisis ideológico de los tiempos de la conjugación. In: Obra Literaria. Caracas: Ayacucho, 1979, p. 415-459.

BORTONI-RICARDO, Stella Maris. Nós cheguemu na escola, e agora? sociolinguística & educação. São Paulo: Parábola, 2006.

BRONCKART, J. P. Restrições e liberdades textuais, inserção social e cidadania. Anpoll, 19, p. 231-256, 2001.

CASTRO, Francisco. Uso de la gramática española (elemental). Madrid, Edelsa, 1996.

CONCHA, Moreno; ERES FERNÁNDEZ, Gretel. Gramática contrastiva español-portugués para hablantes brasileños. Madrid: SGEL, 2007.

COSTA-HÜBES, T. C; SIMIONI, C. A. Sequência didática: uma proposta metodológica curricular de trabalho com os gêneros discursivos/textuais. In: BARROS, E. M. D; RIOS-REGISTRO, E. S (org.). Experiências com sequências didáticas de gêneros textuais. Campinas, SP: Pontes editores, 2014.

CRISTOVÃO, Vera. “Sequências didáticas para o ensino de línguas”. In: DIAS, R.; Cristovão, V. (Org.). O livro didático de língua estrangeira: múltiplas perspectivas. Campinas: Mercado de Letras, 2010, p. 305-344.

DIAS, Luzia. Schalkoski. Uma leitura semântico-pragmática da oposição Pretérito Simple/Pretérito Compuesto no espanhol da América. Curitiba, PR: UFPR, 2004. Originalmente apresentada como dissertação de mestrado, Universidade Federal do Paraná, 2004.

DOLZ, J.; PASQUIER, A.; BRONCKART, J-P. L’acquisition des discours: emergence d’une compétence ou apprentissage de capacités langagières? Études de Linguistique Appliquée, 102:23-37. 1993.

DOLZ, J.; SCHNEUWLY, B. Genres et progression en expression orale et écrite: éléments de réflexions à propos d’une experience romande. Enjeux, 37/38, 1996, p.49-75.

DOLZ, J.; NOVERRAZ, M; SCHNEUWLY, B. Sequências didáticas para o oral e a escrita: apresentação de um procedimento. In: ROJO, R.; CORDEIRO, G.S. (Trad. e Org.) Gêneros orais e escritos na escola. Mercado de Letras: Campinas, SP, 2004.

DONNI DE MIRANDE, Nélida. El sistema verbal en el español de Argentina: rasgos de unidad y de diferenciación dialectal. Revista de filología hispánica. 72: 655-670. 1992.

DUARTE, Denísia Kênia Feliciano. O ensino dos pretéritos em espanhol para brasileiros a partir de contos: a tradução da variação linguística como estratégia didática. 241p. Dissertação (mestrado) ”“ Universidade Federal do Ceará, Centro de Humanidades, Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução, Fortaleza, 2017.

ENGEL, Guido I. Pesquisa-ação. Revista Educar, Curitiba. Nº. 16. Editora da UFPR, 2000.

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 5ª ed. São Paulo: Atlas S.A, 2010

GUTIÉRREZ ARAUS, Maria Luz (org.). Formas temporales del pasado en indicativo. Madrid: Arco/Libros, 1997.

HARRIS, M. 1982. Studies in Romance Verb. London: Croom Helm, 1982.

JARA YUPANQUI, Margarita. El perfecto en el español de Lima: Variación y cambio en situación de contacto linguístico. Peru: Fondo editorial. 2013.

LAIÑO, M. J. A tradução pedagógica como estratégia à produção escrita em LE a partir do gênero publicidade. 2014. Tese (Doutorado em Estudos da Tradução) ”“ Centro de Comunicação e Expressão. Universidade Federal de Santa Catarina: Florianópolis, 2014.

MARCO europeu comum de referência para as línguas: aprendizagem, ensino, avaliação. Porto, Edições ASA, 2001. Disponível em: <http://www.uc.pt/fluc/cl/diplomas/qecr/> Acesso em: 26.01.17.

MATTE BON, Francisco. Gramática comunicativa del español: de la lengua a la idea. Tomo I. Barcelona: Edelsa Disal, 1995a.

MATTE BON, Francisco. Gramática comunicativa del español: de la idea a la lengua. Tomo II. Barcelona: Edelsa Disal, 1995b.

MAYORAL, Roberto. La traducción de la variación lingüística. Universidad de Granada: Granada, 1998.

NASCIMENTO, Elvira; SAITO, Cláudia. Texto, discurso e gênero. In: SANTOS, A. R.; RITTER, L. C. (Org). O trabalho com a escrita no ensino fundamental. Maringá: EDUEM, p. 11-40, 2005.

NORD, Christiane. Text Analysis in Translation: theory, methodology and didactic application of a model of translation-oriented text analysis. Amsterdam; Atlanta: Rodopi, 1991.

NORD, Christiane. Traduciendo funciones. In: Hurtado Albir, A. [ed.]: Estudis sobre la traducció Castelló 1993. Castellón: Universidad Jaume I, p. 97-112. 1994.

NORD, Chistiane. El funcionalismo en la enseñanza de traducción. Mutatis Mutandis. v. 2, n. 2. 2009. p. 209 ”“ 243. Disponível em: <http://aprendeenlinea.udea.edu.co/revistas/index.php/mutatismutandis/article/view/2397>. Acessado em: 03 mar. 2015.

NORD, Christiane. Texto Base - Texto Meta: Un modelo funcional de análisis pretraslativo. Universitat Jaume I: Servei de Comunicació i Publicacions, 2010.

NORD, Christiane. Texto Base - Texto Meta: Um modelo funcional de análise pretradutório. Traduzido por Cristiane Nord. Castelló de la Plana: Publicacions de la Universitat Jaume I, Espanha, 2012. Título original: Texto Base - Texto Meta: Un modelo funcional de análisis pretraslativo.

OLIVEIRA, Leandra Cristina. Estágio da gramaticalização do pretérito perfeito composto do espanhol escrito de sente capitais hispano-falantes. Florianópolis, SC: UFSC, 2010. Originalmente apresentada como tese de doutorado, Universidade Federal de Santa Catarina, 2010.

PAIXÃO, F.T. O valor aspectual veiculado ao pretérito perfeito composto do espanhol na variante mexicana. 2011. Dissertação (Mestrado em Letras Neolatinas) - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. 2011.

PENNY, Ralph. Variación y cambio en español. Madrid: Gredos. 2004.

PEREIRA, Livya Lea de Oliveira.A tradução de textos teatrais como recurso didático para o ensino da variação linguística no uso das formas de tratamento em espanhol a aprendizes brasileiros. 315p. Dissertação (mestrado) ”“ Universidade Federal do Ceará, Centro de Humanidades, Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução, Fortaleza, 2016.

PONTES, V. O.; PEREIRA, L.L.O; BRASIL, J.O. Os fatores extralinguísticos no uso do voseo argentino: uma proposta didática a partir da tradução de tiras cômicas. Revista Língua e Letras, v. 17, nº 35, p. 59-80, 2016.

PONTES, Valdecy Oliveira. Abordagem das categorias verbais de tempo, aspecto e modalidade por livros didáticos de língua portuguesa e de língua espanhola: uma análise contrastiva. Fortaleza, CE: Fa7, 2009. Originalmente apresentada como monografia, Faculdade 7 de setembro, 2009.

PONTES, Valdecy Oliveira. A tradução da variação linguística e o ensino de língua estrangeira: da teoria à prática docente. Caderno de Letras da UFF: Dossiê de Tradução, Florianópoles, 48, p. 223-237, 2014.

RABARDEL, Pierre. Les Hommes et les technologies: une approche cognitive des instruments contemporains. Paris: Université de Paris 8, 1995.

REISS, Katharina; Vermeer, Hans. Fundamentos para una Teoría Funcional de la Traducción. Tradução Santa García Reina e Celia Martín de Léon. Edição Akal. 1996.

RULFO, Juan. Diles que no me maten! In: El llano en llamas. Madrid: Editorial Planeta, 2007.

SANTOS, C. F. Variação e mudança linguística dos pretéritos simples e composto, uma perspectiva sociolinguística e discursiva: amostras de Madrid, Cidade do México e Buenos Aires. 259f. 2009. Dissertação (Mestrado em Linguística) ”“ Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. 2009

TRAVAGLIA, Neuza Gonçalves. Tradução retextualização: a tradução numa perspectiva

textual. 2. ed. Uberlândia: EDUFU, 2013.

VIDAL DE BATTINI, Berta. E. El español de la Argentina: Estudio destinado a los maestros de las escuelas primarias. Buenos Aires: Consejo Nacional de Educación. 1964.

Publicado

2018-07-31

Cómo citar

PONTES, Valdecy de Oliveira; DUARTE, Denísia Kênia Feliciano. O ensino dos pretéritos a aprendizes brasileiros de espanhol como língua estrangeira sob o viés da tradução funcionalista. Belas Infiéis, Brasília, Brasil, v. 7, n. 1, p. 201–227, 2018. DOI: 10.26512/belasinfieis.v7i1.12569. Disponível em: https://www.periodicos.unb.br/index.php/belasinfieis/article/view/12569. Acesso em: 11 may. 2024.

Número

Sección

Artigos

Artículos similares

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 > >> 

También puede {advancedSearchLink} para este artículo.