Reorientación y continuidades de la militarización de la cuestión agraria en Brasil

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.26512/revistainsurgncia.v9i2.38830

Palabras clave:

Reforma agraria, Militarización, Asentamientos, Fronteras, Tierras Indígenas

Resumen

El punto inicial del análisis es el desmantelamiento progresivo de la reforma agraria y su reorientación hasta la regularización de tierras, que realiza un desplazamiento de la política pública de su carácter de producto de las luchas sociales en una dimensión individual. La creciente asignación de militares en cargos civiles del gobierno federal expresa, en el Instituto Nacional de Colonización y Reforma Agraria (INCRA), la movilización de protocolos de neutralización y criminalización de movimientos sociales, que reproduce la lógica de enemigos internos. El objetivo es demostrar como esta lógica impregna la expansión de las fronteras internas de ocupación, teniendo en los territorios indígenas un elemento de continua securitización, simultáneamente movilizando, en sucesivas olas de colonización, grandes contingentes populaciones cuyos conflictos funcionan como catalizadores de la frontera agrícola, reforzando la presencia de las fuerzas de seguridad. Al paso que estos desplazamientos poblacionales son también desplazamientos de los conflictos por la tierra, se protege la propriedad privada mientras presiona sobre la propriedad pública, criminalizando las populaciones que habitan los territorios presentados como obstáculos a la (re)inserción en el mercado de tierras

Biografía del autor/a

Felipe Hermeto de Almeida, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil

Doutorando e Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade (CPDA/UFRRJ). Bacharel em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).

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Publicado

04.05.2022

Cómo citar

HERMETO DE ALMEIDA, Felipe. Reorientación y continuidades de la militarización de la cuestión agraria en Brasil. InSURgência: revista de direitos e movimentos sociais [InSURgência: revista de derechos y movimientos sociales], Brasília, v. 9, n. 2, p. 611–642, 2022. DOI: 10.26512/revistainsurgncia.v9i2.38830. Disponível em: https://www.periodicos.unb.br/index.php/insurgencia/article/view/38830. Acesso em: 20 may. 2024.

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