“AVALIAÇÃO ESCOLAR”: TERMO, CONCEITO E VISÃO DE MUNDO EM PORTUGUÊS E EM MUNDURUKÚ (TUPÍ)

Autores/as

  • Dioney M. Gomes Universidade de Brasília
  • Tânia Borges Ferreira Universidade de Brasília

DOI:

https://doi.org/10.26512/les.v13i1.11619

Palabras clave:

avaliação escolar. terminologia. dicionário terminológico escolar. educação bilíngue. língua mundurukú. língua portuguesa. crenças

Resumen

O presente artigo traz uma reflexão sobre o termo avaliação escolar no contexto de educação bilíngue e ensino de Português como segunda língua entre índios/as brasileiros/as da etnia Mundurukú (Pará). Partimos de um panorama histórico da avaliação educacional brasileira para entender as crenças criadas acerca do termo e suas transformações no decorrer do tempo. Assim, foi possível identificar quais linhas teóricas estão na base das definições de avaliação nos dicionários gerais e especializados da atualidade. Após isso, apresentamos o conceito e a visão de mundo relativo ao processo de avaliação escolar entre os/as índios/as Mundurukú. O nosso objetivo maior é justificar as escolhas que fizemos ao propor um verbete bilíngue ao termo avaliação escolar no Dicionário Terminológico Escolar Português - Mundurukú/ Mundurukú - Português, que ora escrevemos. A construção do dicionário está baseada na Teoria Comunicativa da Terminologia (TCT), na Linguística Textual e na Linguística de Corpus (Bevilacqua (1998), Boulanger (1995), Cabré (1998; 1999a, b, c), Carvalho (2005), Gemar (1991), Hoffmann (1998), Kokourek (1991), L'Homme (2004), Sardinha (2004) e outros).

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Dioney M. Gomes, Universidade de Brasília

Doutor em Linguística, professor adjunto 3 do Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas, e pesquisador permanente do Programa de Pós- Graduação em Linguística (Mestrado e Doutorado) da Universidade de Brasília.

Tânia Borges Ferreira, Universidade de Brasília

Licenciada em Letras (Língua Portuguesa e Respectivas Literaturas) e mestranda do Programa de Pós-Graduação em Linguística da Universidade de Brasília.

Citas

ARANHA, M.L. de A. História da educação. 1. ed. São Paulo: Moderna,1989.

BEVILACQUA, C. R. “Unidades fraseológicas especializadas: novas perspectivas para sua identificação e tratamento”. Organon. v. 12, n. 26. Porto Alegre: 1998, pp.119-132.

BOULANGER, J.C. Présentation: images et parcours de la socioterminologie. Meta, v, 40, n.2, 1995, pp.195-205.

BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases para a educação nacional.

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: Ministério da Educação, 1997.

BRASIL. Referencial curricular nacional para as escolas indígenas. 2002.

CABRÉ, M.T. La terminología: representación y comunicación. Barcelona: Universitat Pompeu Fabra,1998.

___________. “Variació per tema. El discurs especialitzat o la variació funcional determinada per la temática: noves perspectives”. Revista Internacional de Filología. Caplletra: Valencia, 1999b, pp.173-194.

___________. Terminologia: Representación y comunicación. Elementos para una teoría de base comunicativa y otros artículos. Sèries Monografies, 3. Barcelona: Universitat Pompeu Fabra, Institut Universitari de Lingüística

Aplicada, 1999c.

CARVALHO, E. A. Colocações conceituais e lexicais em linguagens de especialidade. Dissertação de Mestrado, Brasília, UnB, 2005.

COMIS. D. A função social da escola e da avaliação da aprendizagem. Dialogia, São Paulo, v. 5 p. 135- 144, 2006.

Dicionário Eletrônico Aurélio, 1999, V. 3.0.

Dicionário Eletrônico Houaiss, 2009, V. 3.0.

DUARTE, A. C; DUARTE, M. R. T. (org). Termos da Legislação Educacional Brasileira. Belo Horizonte: UFMG, 2007.

DUARTE, S. G. Dicionário brasileiro de educação. Rio de Janeiro: Edições Antares: Nobel, 1986.

FERREIRA, T. B & GOMES, D. M. Construindo o Dicionário Terminológico Escolar Português-Mundurukú /Mundurukú-Português: Magistério. 2009.

GÉMAR, J. C. “Terminologie, langue et discours juridiques. Sens et signification du langage du droit. Meta, v.36, n.1, 1991.pp.275-286.

GHIRALDELLI: J. História da educação brasileira. 4.ed. São Paulo: Cortez, 2009.

GOMES, D. M. Estudo morfológico e sintático da língua Mundurukú (Tupí). Tese de doutorado. Universidade de Brasília. Programa de Pós-Graduação em Linguística. Brasília, 2006.

GOMES, D. M. Dicionário Terminológico Escolar Português-Mundurukú / Mundurukú-Português: Agrofloresta, Enfermagem e Magistério. 2007

GOMES, D. M. “Por uma educação bilíngue pluralista e funcional: os espaços do mundurukú (tupí) e do português no âmbito da terminologia escolar indígena”. In: Libro de Actas II Encuentro de Lenguas Indígenas

Americanas y II Simposio Internacional de Lingüística Amerindia Asociación de Lingüística y Filología de América Latina (ALFAL) 17-19 de septiembre de 2009. Resistencia: CONICET, 2009.

HOFFMANN, L. Llenguatges d’especialitat. Selecció de textos. In: BRUMME, J. (dir.) Barcelona: IULA/UPF, 1998.

KOCOUREK, R. (1991). “Textes et termes”. Meta, v.36. n.1, pp.71-75.

L’HOMME, M.C. La terminologie: principes et techniques. Montréal: Les Presses de l’Univertsité de Montréal, 2004.

LIBÂNEO, J.C. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.

LUCKESI, C.C. Avaliação da aprendizagem escolar. 19.ed. São Paulo: Cortez, 2008.

QUEIROZ, T. D. (org.). Dicionário Prático de Pedagogia. 1. ed. São Paulo: Rideel, 2003.

PIMENTEL DA SILVA, M. S. “As línguas indígenas na escola: da desvalorização à revitalização.” In Revista do Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística/ Faculdade de Letras. V. 18, nº 2. Goiânia: Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística/ Faculdade de Letras, pp. 381-395, 2006.

RAMOS, A. Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Técnica de Nível Médio para Habilitação de Técnico em Agrofloresta, Enfermagem ou Magistério: projeto Munduruku. 2006.

RIBEIRO, M.L.S. História da educação brasileira. 12.ed. São Paulo: Cortez, 1992.

SARDINHA, T. B. Lingüística de Corpus. Barueri, SP: Manole, 2004.

SOUZA, S. M. Z. L. “Avaliação da aprendizagem: ênfase nas presentes pesquisas no Brasil de 1930 a 1980”. Cadernos de Pesquisa, São Paulo: Fundação Carlos Chagas, n. 94: 44-48, 1995.

Publicado

2012-07-03

Cómo citar

Gomes, D. M., & Ferreira, T. B. (2012). “AVALIAÇÃO ESCOLAR”: TERMO, CONCEITO E VISÃO DE MUNDO EM PORTUGUÊS E EM MUNDURUKÚ (TUPÍ). Cadernos De Linguagem E Sociedade, 13(1), 56–81. https://doi.org/10.26512/les.v13i1.11619

Número

Sección

Artigos de pesquisa