De unidade polícroma à fragmentação Tupi

arqueologia de longa duração e do isolamento no alto rio Madeira

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/rbla.v14i1.44183

Palavras-chave:

Arqueologia da Amazônia, Tronco Tupi, Família Tupi-Guarani, Tradição Polícroma da Amazônia, Isolamento, Histórias indígenas de longa duração

Resumo

Este artigo busca oferecer uma reflexão sobre a ideia de isolamento de um ponto de vista arqueológico. A ideia de isolamento na arqueologia é complexa. De certa forma, ela se opõe a uma disciplina que se acostumou a agrupar conjuntos culturais. Mais especificamente, refletimos sobre diferentes tipos de isolamentos e como eles podem oferecer ferramentas para a interpretação da história profunda do sudoeste da Amazônia, um contexto com uma forte ligação com populações falantes de línguas Tupi, como também com diferentes povos. Nosso foco será a calha do rio Madeira, em especial as áreas das cachoeiras de jusante desse rio, e o rio Jamari, um de seus tributários. A linguística histórica aponta a bacia do alto Madeira como centro geográfico de origem do tronco Tupi, que ali começaria a ramificar por volta de 5000 anos atrás. Encontramos na mesma região possíveis relações entre famílias linguísticas Tupi e as cerâmicas da tradição Jamari e da tradição Polícroma da Amazônia. Esta última está de alguma forma relacionada com uma série de processos de dispersões Tupi-Guarani pela Amazônia Central e Ocidental durante o milênio que antecedeu a invasão européia na região. Esses movimentos envolviam múltiplas estratégias, frequentemente resultando na assimilação e deslocamento de populações culturalmente distintas, e incluíram o desmantelamento de um sistema multicultural que operava no alto rio Madeira no final do primeiro milênio da era cristã. No início do período colonial, as populações indígenas locais adotaram diferentes estratégias de resistência frente aos invasores e às doenças trazidas por eles, incluindo a fragmentação e, por vezes, foram assimilados por coletivos indígenas emergentes.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Acuña, Cristóbal de. 1994 [1641]. Novo Descobrimento do Grande Rio das Amazonas. Rio de Janeiro: Agir.

Almeida, Fernando Ozorio de. 2013. A Tradição Polícroma no Alto Rio Madeira. Tese de doutorado em Arqueologia, Universidade de São Paulo.

Almeida, Fernando Ozorio de. 2017. A arqueologia do rio Jamari e a possível relação com os grupos Tupi-Arikém–Alto Madeira (RO). Especiaria: Cadernos de Ciências Humanas, 17(30): 63-91.

Almeida, Fernando Ozorio de; Kater, Thiago. 2017. As Cachoeiras como Bolsões de Histórias dos Grupos Indígenas das Terras Baixas Sul-Americanas. Revista Brasileira de História, 37(75): 39-67.

Almeida, Fernando Ozorio de; Lopes, Rafael de Almeida; Stampanoni-Bassi, Filippo. 2021. The Cosmopolitan Misfits of Mainstream Amazonia. In: Mariano Bonomo; Sonia Archila (eds), South American Contributions to World Archaeology. One World Archaeology. Springer, Cham. https://doi.org/10.1007/978-3-030-73998-0_15

Almeida Serra, Ricardo Franco de. 1857 [1781]. Diário do Rio Madeira. Viagem que a expedição destinada á demarcação de limites fez no rio Negro até Villa-Bella, capital do governo de Matto-Grosso. Revista do Instituto Historico e Geografico Brazileiro, Tomo XX: 398-432.

Amoroso, Marta Rosa. 1992. Corsários no caminho fluvial: Os Muras do Rio Madeira. In Manuela Carneiro da Cunha (org), História dos Ín¬dios do Brasil (pp.297-310). São Paulo: Companhia das Letras.

Araujo, Adauto; Reinhard, Karl; Ferreira, Luiz Fernando. 2015. Palaeoparasitology - Human Parasites in Ancient Material. Adv Parasitol, 90:349-87.doi:10.1016/bs.apar.2015.03.003.

Ayres de Cazal, Manoel. 1817. Corografia Brazilica; ou, relaçao historico-geografica do reino do Brazil. Rio de Janeiro: Impressão Regia.

Barreto, Cristiana. 2016. O que a cerâmica Marajoara nos ensina sobre fluxo estilístico na Amazônia? In Cristiana Barreto, Helena Pinto Lima e Carla Jaimes-Betancourt (orgs), Cerâmicas Arqueológicas da Amazônia: rumo a uma nova síntese (pp. 115-124). Belém: IPHAN: Ministério da Cultura.

Belletti, Jaqueline da Silva. 2015. Arqueologia do Lago Tefé e a Expansão Polícroma. Dissertação de mestrado em Arqueologia, Universidade de São Paulo.

Belletti, Jaqueline da Silva. 2016. A Tradição Polícroma da Amazônia. In Cristiana Barreto, Helena Pinto Lima, Carla Jaimes-Betancourt (orgs), Cerâmicas Arqueológicas da Amazônia: rumo a uma nova síntese (pp.348-364). Belém: IPHAN.

Bernardino de Souza, Francisco. 1874. Pará e Amazonas pelo encarregado pelos trabalhos etnographicos. Rio de Janeiro: Typographia Nacional.

Bespalez, Eduardo; Zuse, Silvana; Pessoa, Cliverson; Venere, Pedro; & Santi, Juliana Rossato. 2020. Arqueologia no sítio Santa Paula, alto Madeira, Porto Velho/RO, Brasil. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas, 15(2), e20190076.

Bettendorff, João Felippe. 1910 [1693-9]. Chronica da Missão dos padres da Companhia de Jesus no Estado do Maranhão, Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Rio de Janeiro, 72(1): 1-697.

Brochado, José P. 1984. An ecological model of the spread of pottery and agriculture into eastern South America. Ph.D. Dissertation, University of Illinois at Urbana Champain.

Cabral, Ana Suelly Arruda Câmara. 2007. New observations on the structure of Kokama/Omágua. In: Leo Wetzels (Ed.). Language Endangerment and Endangered Languages (pp. 365-379). Leiden: CNWS.

Carneiro da Cunha, Manuela. 1992a. Política Indigenista no século XIX. In Manuela Carneiro da Cunha (org.), História dos Ín¬dios do Brasil (pp. 133-154). São Paulo: Companhia das Letras.

Carneiro da Cunha, Manuela. 1992b. Introdução a uma história indígena. In Manuela Carneiro da Cunha (org.), História dos Ín¬dios do Brasil (pp. 9-24). São Paulo: Companhia das Letras.

Carvajal, Frei Gaspar de. [1542] 1941. Descobrimento do Rio Amazonas. São Paulo: Cia. Ed. Nacional.

Chambouleyron, Rafael; Bombardi, Fernanda Aires. (2011). Descimentos privados de índios na Amazônia colonial (séculos XVII e XVIII). Varia Historia, 27: 601-623. doi: 10.1590/S0104-87752011000200011

Chambouleyron, Rafael. Barbosa, Benedito Costa; Bombardi, Fernanda Aires; Sousa, Claudia Rocha de. 2011. “Formidável contágio”: epidemias, trabalho e recrutamento na Amazônia colonial (1660-1750). História, Ciências, Saúde-Manguinhos 18(4): 987-1004

Clastres, Hélène. 1978. Terra Sem Mal. São Paulo: Brasiliense.

Combès, Isabelle. 2010. Diccionario étnico. Santa Cruz la Vieja y su entorno en el siglo XVI. Cochabamba: Instituto de Misionología.

Cook, Noble David; & Lovell, W. George (Eds). 1992. Secret judgements of God. Old World Disease in Colonial Spanish America. Norman and London, University of Oklahoma Press, 285pp. The Civilization of the American Indian series, vol. 205.

Córdoba, Lorena; Villar, Diego. 2011. As estruturas da nominação étnica na história dos Panos meridionais. In Edilene Coffaci de Lima; Lorena Córdoba (orgs), Os outros dos outros: relações da alteridade na Etnologia Sul-Americana. Curitiba: Ed. UFPR.

Córdoba, Lorena. (ed.). 2015. Dos suizos en la selva. Historias del auge cauchero en el oriente boliviano. Santa Cruz de la Sierra: Solidar/CIHA.

Costa, Angislaine Freitas; Gomes, Denise Maria Cavalcante. A multifuncionalidade das vasilhas cerâmicas do alto rio Madeira (séculos X-XII): comensalidade cotidiana e ritual. Revista de Antropologia, 61(3): 52-85.

Costa, Angislaine Freitas. 2016. A multifuncionalidade da cerâmica no sítio Ilha Dionísio, alto rio Madeira. Dissertação de mestrado em Arqueologia, Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Craig, Neville. 1947. Estrada de Ferro Madeira-Mamoré: história trágica de uma expedição. São Paulo: Cia Editora Nacional.

Crevels, Milly; Van Der Voort, Hein. 2008. The Guaporé-Mamoré as a Linguistic Area. In Pieter Muysken (Org.) From Linguistic Areas do Areal Linguistics (pp. 151-180). Amsterdam/Philadelphia: John Benjamins Public Company.

Cypriano, D. A. C. A. 2007. Almas, Corpos e Especiarias: A expansão colonial nos rios Tapajós e Madeira. Pesquisas – Antropologia, 65: 1-170.

Eremites-de-Oliveira, Jorge. 2015. Descolonizando a Arqueologia no Brasil: contribuições da etnoarqueologia para a compreensão e preservação de cemitérios indígenas no Estado do Mato Grosso do Sul. Cuadernos del Instituto Nacional de Antropología y Pensamiento Latinoamericano - Series Especiales, 2 (3): 217-230.

Fernandes de Souza, A. 1848 [1828]. Noticias geographicas da Capitania do Rio Negro no grande Rio Amazonas. Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, 10: 411-504.

Ferreira, Alexandre Rodrigues. [1788] 1974. Viagem Filosófica pelas capitanias do Grão-Pará, Rio Negro, Mato Grosso e Cuiabá. Rio de Janeiro: Conselho Federal da Cultura.

Ferreira, Alexandre Rodrigues. [1788] 2007. Viagem ao Brasil: A expedição philosophica pelas capitanias do Pará, Rio Negro, Mato Grosso e Cuyabá (Vol. III). Rio de Janeiro: Kapa

Fitzpatrick, Scott; Anderson, Atholl. 2008. Islands of Isolation: Archaeology and the Power of Aquatic Perimeters. The Journal of Island and Coastal Archaeology 3(1):4-16. DOI: 10.1080/15564890801983941

Fonseca, José Gonçalves da. [1749] 1826. Navegação feita da cidade do Gram Pará até à bocca do Rio da Madeira pela escolta que por este rio subio às Minas do Mato Grosso por ordem mui recommendada de Sua Magestade Fidelissima no anno de 1749, escripta por Jose Gonsalves da Fonseca no mesmo anno [1749]. Collecção de noticias para a historia e geografia das nações ultramarinas, que vivem nos dominios portuguezes, ou lhe são vizinhas, Lisboa, 4(1) [Academia Real das Sciencias].

Forte, Ernesto Mattoso Maia. 1883. Do Rio de Janeiro ao Amazonas e Alto Madeira. Itinerário e Trabalhos da Comissão de Estudos da Estrada de Ferro Madeira Mamoré. De um membro da mesma comissão. Rio de Janeiro: Typ. Soares & Niemeyer.

Franco, Victoria. 2019. Um homem contra o fim do mundo. In Fany Ricardo; Majoí Fávero Gongora (org.), Cercos e resistências: povos indígenas isolados na Amazônia (p. 233-234). São Paulo: Instituto Socioambiental.

Gallois, Dominique Tilkin. 1986. Migração, Guerra e Comércio: os Waiãpi na Guiana. Série Antropologia (15), FFLCH/USP, São Paulo.

Gazeta Dos Tribunaes. 1844. Descripção das diversas nações de indios que habitam a província de Matto Grosso. Gazeta dos Tribunaes, Rio de Janeiro, p. 1-2, 12 de jul.

Hardman, Francisco Foot. Trem Fantasma: a modernidade na selva. São Paulo: Companhia das Letras, 1988.

Hemming, John. 1978. Red Gold: The Conquest of the Brazilian Indians. London: Pan Macmillan.

Heriarte, Mauricio. [1662] 1874. Descrição do estado do Maranhão, Pará, Corupá e Rio das Amazonas. Imprensa do filho de C. Gerold.

Hugo, Vitor. 1959. Desbravadores: a história eclesiástica, no panorama social, político e geográfico do grande rio Madeira, seus afluentes e formadores na Amazônia. Humaitá: Missão Salesiana.

Jaimes-Betancourt, Carla. 2012. La Ceramica de La Loma Salvatierra. La Paz: KAAL-Plural Editores.

Kater, Thiago. 2018. O sítio Teotônio e as reminiscências de uma longa história indígena no alto Rio Madeira. Dissertação de mestrado em Arqueologia, Universidade Federal de Sergipe.

Kater, Thiago. 2020. A temporalidade das ocupações ceramistas no sítio Teotônio. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi, Ciências Humanas, 15(2), e20190078

Kater, Thiago; Almeida, Fernando Ozorio de; Mongeló, Guilherme Zdonek; Watling, Jennifer; Neves, Eduardo Góes Neves. 2020. Variabilidade estratigráfica e espacial dos contextos cerâmicos no sítio Teotônio. Revista de Arqueologia, 33(1): 198-220.

Keller-Leuzinger, Franz. 1875. The Amazon and Madeira Rivers: Sketches and Descriptions from the Note-Book of an Explorer. London: Chapman and Hall.

Keller, Joseph; & Keller, Franz. 1870. Exploracion del rio Madera em la parte comprendida entre la cachuela de San Antonio y la embocadura del Mamorè, por los injenieros brasileiros. La Paz: Imprenta de la Union Americana.

Kok, Glória. 2017. Fragmentos de história indígena na Amazônia colonial: ocupações, conflitos e deslocamentos no rio Madeira. In Cristina Bertazoni; Eduardo dos Santos Natalino; Leila Maria França (Orgs.), História e Arqueologia da América indígena em tempos pré-hispânicos e coloniais (pp. 311-324). Santa Catarina: Ed. UFSC.

Leonel, Mauro. 1995 Etnodicéia Uruéu-Au-Au. São Paulo: Edusp.

Lathrap, D. W. The Upper Amazon. London: Thames and Hudson, 1970.

Lévi-Strauss, Claude. 1976 [1942]. Guerra e comércio entre os índios da América do Sul. In Egon Schaden (org), Leituras de Etnologia Brasileira (pp. 325-339). São Paulo: Companhia Editora Nacional.

Lévi-Strauss, Claude. 1976 [1955]. Tristes Tropiques. Great Britain: Penguin Books.

Lima, Helena. 2008 História das Caretas: a Tradição Borda-Incisa na Amazônia Central. Tese de Doutorado, MAE-USP.

Lopes, Rafael de Almeida. 2018. A Tradição Polícroma da Amazônia no contexto do médio rio Solimões (AM). Dissertação de mestrado em Arqueologia, Universidade Federal de Sergipe.

Mano, Marcel. 2017. As crônicas jesuíticas e a história indígena no médio Amazonas nos séculos XVII e XVIII: os Tupinambaranas. Crítica e Sociedade: Revista de Cultura Política, 7(1): 113-146.

Martins, G.R.; Kashimoto, M.E.; 2000 Arqueologia do Contexto do Rio Jauru (MT) impactado pelo Gasoduto Bolívia Mato Grosso. Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia, 10:121-143.

Mathews, Edward. 1879. Up the Amazon and Madeira rivers, Through Bolivian a Peru. London: Sampson Low, Marston, Searle y Rivington.

Menéndez, Miguel. 1981. Chronica dos povos gentios que habitavam e habitam os dilatados sertões que existem entre os rios Madeira e Tapajozes. Obra mui minuciosa com onze illustraçõens e uma charta ethnographica ou uma contribuição para a etnohistória da área Tapajós-Madeira. Dissertação de mestrado em Antropologia Social, Universidade de São Paulo.

Menéndez, Miguel. 1982. Uma contribuição para a etno-história da área Tapajós-Madeira. Revista do Museu Paulista, XXVIII, p. 289-388.

Menéndez, Miguel. 1992. A área Madeira-Ta¬pajós: situação de contato e a relação entre colonizador e indígenas. In Manuela Carneiro da Cunha (org), História dos Ín¬dios do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, pp. 281-296.

Métraux, Alfred. 1927 Migrations Historiques des Tupi-Guarani. Journal de la Société des Américanistes, 19: 1-45.

Michael, Lev. 2014. On the pre-columbian origin of proto-omagua-kokama. Journal of Language Contact, 7(2): 309-344.

Miller, Eurico T. 1987. Pesquisas Arqueológicas Paleoindígenas no Brasil Ocidental. Estudios Atacameños: investigaciones paleoindias al sur de la línea ecuatorial, 8: 37-61.

Miller, Eurico T. 1992. Adaptação Agrícola Pré-Histórica no Alto Rio Madeira. In: Betty Meggers (Org.), Prehistoria Sudamericana: Nuevas Perspectivas (pp. 219-229). Washighton D.C.: Taraxacum.

Miller, Eurico T. et al (outros não especificados). 1992. Arqueologia nos empreendimentos hidreléctricos da Electronorte: resultados preliminares. Brasília: Electronorte.

Miller, Eurico T. 2009. A Cultura Cerâmica do Tronco Tupi no alto Ji-Paraná, Rondônia, Brasil: algumas reflexões teóricas, hipotéticas e conclusivas. Revista Brasileira de Linguística Antropológica, 1 (1): 35-136.

Mongeló, Guilherme Zdonek. 2020. Ocupações humanas do Holoceno inicial e médio no sudoeste amazônico. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi, Ciências Humanas, 15(2), e20190079.

Moraes, Claide de Paula. 2013. Amazônia Ano 1000: Territorialidade e Conflito no Tempo das Chefias Regionais. Tese de doutorado em Arqueologia, Universidade de São Paulo.

Moraes, Claide de Paula. 2015. O determinismo agrícola na arqueologia amazônica. Estudos Avançados, 29 (83): 25-43.

Moran, Emilio. 1993. Through Amazonian Eyes: the human ecology of Amazonian populations. Iowa City: University Iowa Press.

Moutinho, Marcelo; Robrahn-González, Erika M. 2010. Memórias de Rondônia. São Paulo: Arte Ensaio.

Neves, Eduardo Góes. 2012. Sob os Tempos do Equinócio: Oito Mil anos de história na Amazônia Central (6500 ac – 1500 dc). Tese de Livre Docência, Universidade de São Paulo.

Neves, Eduardo Góes; Guapindaia, Vera Lucia Calandrini; Lima, Helena Pinto; Costa, Bernardo Lacale Silva; Gomes, Jaqueline. 2014. A tradição Pocó-Açutuba e os primeiros sinais visíveis de modificações de paisagens na calha do Amazonas. In Stéphen Rostain (Org.), Antes de Orellana. Actas del 3er Encuentro Internacional de Arqueología Amazônica (pp. 137-158). Quito: IFEA.

Nimuendajú, Curt. 1924. Os Índios Parintintin do rio Madeira. Journal de la Société des Américanistes, 16: 201-278.

Neves, Eduardo Góes; Watling, Jennifer; & Almeida, Fernando Ozório. 2020. A arqueologia do alto Madeira no contexto arqueológico da Amazônia. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas, 15(2), e20190081. doi: 10.1590/2178-2547-BGOELDI-2019-0081

Nimuendaju, Curt. 1924. Os índios Parintintin do rio Madeira. Journal de la Société des Américanistes, 16: 201-278.

Nimuendajú, Curt. 1982 [1925]. As Tribos do Alto Madeira (1925), In Curt Nimuendajú, Textos indigenistas (pp. 111-122). São Paulo: Loyola.

Noelli, Francisco. 2021. Memórias sobre tempos de peste: linguagem Guaraní das doenças epidêmicas segundo Antonio Ruiz de Montoya (parte 2). Revista Brasileira de Linguística Antropológica, 13(01): 195–231. doi: 10.26512/rbla.v13i01.36930

Noleto, Cleiciane Aiane. 2020. Transformações culturais na Amazônia durante o Holoceno médio: contextualização do surgimento das Terras Pretas a partir da indústria lítica do sítio Garbin. Dissertação de mestrado em Arqueologia, Universidade Federal de Sergipe.

Noronha, José M. 2006 [1768]. Roteiro da viagem da cidade do Pará até as últimas colônias do sertão da província. São Paulo: Edusp.

Peggion, Edmundo. 2016. Um histórico da organização social tupi-kagwahiva (Rondônia e sul do Amazonas, Brasil). Quaderni di Thule, 38(41): 31-40.

Pessoa, Cliverson. 2015. Os Contextos Arqueológicos e a Variabilidade Artefatual da Ocupação Jatuarana no Alto Rio Madeira. Dissertação de mestrado em Antropologia, Universidade Federal do Pará.

Pessoa, Cliverson; Costa, Angislaine Freitas. 2014. Um quadro histórico das populações indígenas no alto rio Madeira durante o século XVIII. Amazônica - Revista de Antropologia, 6(1): 110-139.

Pessoa, Cliverson; Zuse, Silvana; Costa, Angislaine; Kipnis, Renato; Neves, Eduardo Góes. 2020. Aldeia circular e os correlatos da ocupação indígena na margem esquerda da Cachoeira de Santo Antônio. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi, Ciências Humanas, 15(2), e20190083.

Pinheiro, Geraldo. 1972. A aldeia indígena de Sapucaia-oroca Amazonas. Revista de Antropologia, 17/20: 49-58.

Porro, Antonio. 2007 Dicionário Etno-Histórico da Amazônia Colonial. São Paulo: Cadernos do IEB/USP.

Porro, Antonio. 2011. Uma crônica ignorada: Anselm Eckart e a Amazônia setecentis¬ta. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi, Ciências Humanas, 6(3): 575-592.

Porro, Antonio. 2012. A “relação” de Jacinto de Carvalho (1719), um texto inédito de etnografia amazônica. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi, Ciências Humanas, 7(3): 761-774.

Ramirez, Henri. 2010. Etnônimos e topôni¬mos no rio Madeira (séculos XVI-XX): um sem-número de equívocos. Revista Bra¬sileira de Linguística Antropológica, 2:13-58.

Rapp Py-Daniel, Anne. 2010. O que o contexto funerário nos diz sobre populações passadas: o sítio Hatahara. In Edithe Pereira; Vera Guapindaia (eds), Arqueologia Amazônica, v. 1 (pp. 629-654). Belém: MPEG.

Renard-Casevitz, France-Marie. 1992. História kampa, memória ashaninka. In Manuela Carneiro da Cunha (Org), História dos Índios do Brasil (pp.197-212). São Paulo: Companhia das Letras..

Rondon, Cândido Mariano. 2003 [1916]. Apontamentos sobre os trabalhos realizados pela Comissão de Linhas Telegráficas Estratégicas de Mato Grosso ao Amazonas, sob a direção do Coronel de Engenharia Cândido Mariano da Silva Rondon de 1907 a 1915. Brasília: Ed. Senado Federal.

Rondon, Cândido Mariano; & Faria, João Barbosa de. 1948. Glossário geral das tribos silvícolas de Mato-Grosso e outras da Amazônia e do Norte do Brasil pelo... Cândido MS Rondon e... João Barbosa de Faria. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional.

Roquette-Pinto, Edgard. 1950 [1917]. Rondônia. São Paulo: Cia. Editora Nacional.

Sampaio, Francisco Xavier Ribeiro de. 1825 [1775]. Diario da viagem que em visita, e correição das povoações da Capitania de S. Joze do Rio Negro fez o ouvidor e intendente da mesma... anno de 1774 e 1775. Lisboa.

Santos, Gilton Mendes dos; Cangussu, Daniel; Furquim, Laura Pereira; Watling, Jennifer; & Neves, Eduardo Góes. 2021. Pão-de-índio e massas vegetais: elos entre passado e presente na Amazônia indígena. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi, Ciências Humanas, 16(1): e20200012. doi: 10.1590/2178-2547-BGOELDI-2020-0012

Sauer, Carl O. 1952. Agricultural origins and dispersals. New York: The American Geographical Society.

Saunaluoma, Sanna. 2014. Os sítios pré-colombianos com estruturas de terra na fronteira e entre o Acre, Brasil, e Riberalta, Bolívia, Amazônia Sul-Ocidental. Revista de Arqueologia, 27 (2): 125-149.

Scientia Consultoria Científica. 2010. Arqueologia Preventiva nas áreas de interveção do AHE Santo Antônio, RO. Relatório da prospecção arqueológica na área do canteiro de obras (parcial). Porto Velho.

Serafim Leite. 1943. História da Companhia de Jesus no Brasil (Vol. III). Rio de Janeiro: Impren¬sa Nacional.

Shiratori, Karen. 2019. O homem que falava cantando. In: Fany Ricardo; Majoí Fávero Gongora (orgs.). Cercos e resistências: povos indígenas isolados na Amazônia. São Paulo: Instituto Socioambiental, p. 212-216

Southey, Robert. 1965 [1819]. História do Brasil (Vol. V). São Paulo: Obelisco

Souza, Marcio. 2009. História da Amazônia. Manaus: Valler.

Sztutman, Renato. 2012. O profeta e o Principal: a ação política ameríndia e seus personagens. São Paulo: Edusp.

Tamanaha, Eduardo Kazuo; Neves, Eduardo Góes. 2014. 800 anos de ocupação da Tradição Polícroma da Amazônia: um panorama histórico no Baixo Rio Solimões. Anuário Antropológico, 39(2): 45-67.

Urban, Greg. 1992. A História da Cultura Brasileira Segundo as Línguas Nativas. In Manuela Carneiro da Cunha (org), História dos Ín¬dios do Brasil (pp.87-102). São Paulo: Companhia das Letras.

Vander Velden, Felipe. 2010. Os Tupí em Rondônia: diversidade, estado do conhecimento e propostas de investigação. Revista Brasileira de Linguística Antropológica, 2(1): 115-143.

Vander Velden, Felipe; & Lolli, Pedro. 2021. Das áreas culturais às redes de relações: os sistemas regionais ameríndios em análise. Revista Brasileira de Informação Bibliográfica em Ciências Sociais, 94: 1-57. doi: 10.17666/bib9406/2021

Villar, Diego; Córdoba, Lorena; Combès, Isabelle. La reducción imposible: las expediciones del padre Negrete a los pacaguaras (1795-1800). Cochabamba: Instituto de Misionología, 2009.

Viveiros de Castro, Eduardo. 1986 Araweté: os Deuses Canibais. Jorge Zahar, Rio de Janeiro.

Viveiros de Castro, Eduardo. 1993. Histórias Ameríndias. Novos Estudos, 36: 22-33.

Viveiros de Castro, Eduardo. 2019. Nenhum povo é uma ilha. In: Fany Ricardo; Majoí Fávero Gongora (Orgs.). Cercos e resistências: povos indígenas isolados na Amazônia (pp. 9-14). São Paulo: Instituto Socioambiental.

Walton, John; Brooks, James; DeCorse, Christopher. 2008. Introduction. In John Brooks, Christopher DeCorse, John Walton (eds), Small Worlds: methods, meanings and narrative in microhistory. Santa Fe: School for Advanced Research Press.

Wüst, 1998. Continuities and discontinuities: archaeology and ethnoarchaeology in the heart of the Eastern Bororo territory, Mato Grosso, Brazil. Antiquity, 72 (277): 663-675.

Zimpel, Carlos Augusto; Pugliese, Francisco Antonio. 2016. A fase Bacabal e suas implicações para a interpretação do registro arqueológico no médio rio Guaporé, Rondônia. In Cristiana Barreto; Helena Pinto Lima; Carla Jaimes-Betancourt (Orgs.), Cerâmicas arqueológicas da Amazônia: rumo a uma nova síntese (pp. 420-434). Belém: IPHAN.

Zuse, Silvana. 2014. Variabilidade cerâmica e diversidade cultural no alto rio Madeira, Rondônia. Tese de doutorado em Arqueologia, Universidade de São Paulo.

Zuse, Silvana; Costa, Angislaine Freitas; Pessoa, Cliverson; Kipnis, Renato. 2020. Tecnologias cerâmicas no alto rio Madeira: síntese, cronologia e perspectivas. Boletim Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas, vol. 15(2): e20190082.

Downloads

Publicado

2022-12-29

Como Citar

Pessoa, C., Kater, T., & Almeida, F. O. de. (2022). De unidade polícroma à fragmentação Tupi: arqueologia de longa duração e do isolamento no alto rio Madeira. Revista Brasileira De Linguística Antropológica, 14(1), 61–118. https://doi.org/10.26512/rbla.v14i1.44183

Edição

Seção

Dossiê