“Fazia uma dança que nem sabia fazer”: arte, docência e pesquisa com crianças

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/lc29202350403

Palavras-chave:

Crianças, Dança, Investigação

Resumo

A partir da investigação de processos de criação em dança com crianças da Escola Municipal de Iniciação Artística de São Paulo (EMIA), o artigo apresenta modos de participação das crianças, validando suas linguagens e assumindo a improvisação, o caos e a deriva como procedimentos investigativos, artísticos e pedagógicos. Amparadas nos Estudos Sociais da Infância, a escuta e diálogo com as crianças deixaram emergir suas perspectivas sobre seus processos investigativos e experiências estéticas, presentes em suas falas e gestualidades, contribuindo assim com a construção da docência e pesquisa em dança com crianças.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Andréa Fraga da Silva, Escola Municipal de Iniciação Artística, São Paulo, SP, Brasil

Doutora em Educação pela Universidade de São Paulo (2023). Professora na Escola Municipal de Iniciação Artística de São Paulo. Membro do Grupo de Pesquisa CORPINFÂNCIAS – Pesquisa e Primeira infância: linguagens e culturas infantis. E-mail: andreafragas@gmail.com

Patrícia Dias Prado, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil

Doutora em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (2006). Professora Doutora da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, área da infância. Coordenadora do Grupo de Pesquisa CORPINFÂNCIAS – Pesquisa e Primeira infância: linguagens e culturas infantis. E-mail: patprado@usp.br

Referências

Abramowicz, A., Lecovitz, D., & Rodrigues, T. (2009). Infâncias em Educação Infantil. Pro-Posições, 20(3), 179-197. https://doi.org/10.1590/S0103-73072009000300012

Almeida, F. de. S., & Prado, P. D. (2022). Estágio e Formação Docente em Dança na Educação Infantil. Revista Cena, 22. https://doi.org/10.22456/2236-3254.125126

Bae, B. (2015). O direito das crianças a participar – desafios nas interações do quotidiano. Da Investigação às práticas, 6(1), 7-30. https://doi.org/10.25757/invep.v6i1.107

Buss-Simão, M., Medeiros, F. E., Silva, A. M., & Silva Filho, J. J. (2010). Corpo e infância: natureza e cultura em confronto. Educação em Revista, 26(3), 151-168. https://doi.org/10.1590/S0102-46982010000300008

Colectivo Filosofarconchicxs. (2018). Pedagogías del Caos. Pensar La escuela más allá de lo (im)posible (2. ed.). Seisdedos.

Csordas, T. J. (2013). Fenomenologia cultural corporeidade: agência, diferença sexual, e doença. Educação, 36(3), 292-305. https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/faced/article/view/15523/10187

Cunha, S. M. (2016). EMIA: escola de arte, casa de crianças. Em A. Fraga, B. Almeida, C. Rogatko, G. Ramos, L. Bonamin, M. Perez, P. Vilas Boas, & S. Cunha (Orgs.). EMIA, escola de artes, casa de crianças: uma experiência de 35 anos (pp. 16-19). Secretaria Municipal de Cultura. https://issuu.com/emia_livro_35anos/docs/livro_d50814ce01ea82

Cunha, S. M. (2017). Quebra-Cabeça sonoro: um jogo chamado criação musical. Orfeu, 2(2), 45-68. https://doi.org/10.5965/2525530402022017045

Deleuze, G., & Guattari, F. (2012). Mil Platôs (2. ed., v. 4). Editora 34.

Fernandes, F. (2016). As "trocinhas" do Bom Retiro. Pro-Posições, 15(1), 229–250. https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8643855

Fraga, A., Almeida, B., Rogatko, C., Ramos, G., Bonamin, L., Perez, M., Vilas Boas, P., & Cunha, S. (Orgs.). (2016). EMIA, escola de artes, casa de crianças: uma experiência de 35 anos. Secretaria Municipal de Cultura. https://issuu.com/emia_livro_35anos/docs/livro_d50814ce01ea82

Gama, F. (2020). A autoetnografia como método criativo: experimentações com a esclerose múltipla. Anuário Antropológico, 45(2), 188-208. https://doi.org/10.4000/aa.5872

Gobbi, M. A. (2012). Desenhos e fotografias: marcas sociais de infâncias. Educar em Revista, 43, 135-147. https://doi.org/10.1590/S0104-40602012000100010

Godard, H. (2001). Gesto e percepção. Em S. Soter, & R. Pereira. Lições de Dança 3 (pp. 11-35). UniverCidade.

Hartmann, L. (2020). Como fazer pesquisa com crianças em tempos de pandemia? Perguntemos a elas. Revista NUPEART, 24, 30-52. https://doi.org/10.5965/23580925242020029

Ingold, T. (2016). Chega de etnografia! A educação da atenção como propósito da antropologia. Educação, 3(39), 404-411. http://doi.org/10.15448/1981-2582.2016.3.21690

James, A., Jenks, C., & Prout, A. (2000). O corpo e a infância. Em W. O. Kohan, & D. Kennedy (Orgs.). Filosofia e Infância: possibilidades de um encontro (2. ed. pp. 207-238). Vozes.

Kohan, W. O. (2007). Infância, estrangeiridade e ignorância: ensaios de filosofia e educação. Autêntica.

Larrosa, J. B. (1999). Pedagogia Profana: danças, piruetas e mascaradas. Autêntica.

Larrosa, J. B. (2011). Experiência e Alteridade em Educação. Reflexão e Ação, 19(2), 4-27. https://doi.org/10.17058/rea.v19i2.2444

Larrosa, J. B. (2014). Tremores: escritos sobre experiência. Autêntica.

Machado, M. M. (2010). A criança é performer. Educação & Realidade, 35(2), 115-137. https://seer.ufrgs.br/educacaoerealidade/article/view/11444/9447

Machado, M. M. (2015). Só rodapés: Um glossário de trinta termos definidos na espiral de minha poética própria. Rascunhos, 2(1), 53-67. https://doi.org/10.14393/RR-v2n1a2015-05

Marchi, R. C. (2018). Pesquisa Etnográfica com crianças: participação, voz e ética. Educação & Realidade, 43(2), 727-746. https://doi.org/10.1590/2175-623668737

Martins, A. J., & Prado, P. D. (Orgs.). (2021). Das pesquisas com crianças à complexidade da infância (2. ed.). Autores Associados.

Merleau-Ponty, M. (1994). Fenomenologia da percepção (Trad. Carlos Alberto R. Moura). Martins Fontes.

Midgelow, V. L. (2018). Improvisação em dança como pesquisa: processos de saber líquidos e devir à linguagem. Em A. Teixeira, E. Santos, & R. Hercoles (Orgs.). ANDA: 10 anos de pesquisa em dança (pp. 137-157). ANDA. https://www.academia.edu/44711289/ANDA_Vida_L_Midgelow_Improvisa%C3%A7%C3%A3o_em_Dan%C3%A7a_como_Pesquisa_processos_de_saber_l%C3%ADquidos_e_devir_%C3%A0_linguagem

Nietzsche, F. W. (1991). Obras Incompletas (5. ed., v. I e II). Nova Cultural.

Nogueira, R., & Barreto, M. (2018). Infancialização, ubuntu e tekoporã: elementos gerais para educação e ética afroperspectivistas. Childhood&Philosophy, 14(31), 625-644. https://doi.org/10.12957/childphilo.2018.36200

Oliveira, A. M., & Prado, P. D. (2022). Iniciações artísticas entre crianças e educadores artistas: linguagens em movimento. Anais do VII Encontro Científico Nacional de Pesquisadores em Dança, Campinas, São Paulo, Brasil. https://proceedings.science/anda/anda-2022/trabalhos/iniciacoes-artisticas-entre-criancas-e-educadores-artistas-linguagens-em-movimen?lang=pt-br

Prado, P. D. (2015). Educação Infantil: contrariando as idades. Képos

Rocha, A. C. (2017). Memórias de Iniciação Artística e a criação de si. [Tese de Doutorado, Universidade Estadual de Campinas]. Repositório Institucional da UNICAMP. https://doi.org/10.47749/T/UNICAMP.2017.983126

Rosemberg, F. (1976). Educação para quem? Ciência e Cultura, 28(12), 66-71.

Santiago, F., & Faria, A. L. G. de. (2015). Para além do adultocentrismo: uma outra formação docente descolonizadora é preciso. Educação e Fronteiras, 5(13), 72-85. https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/educacao/article/view/5184

Sarmento, M. J. (2003). Imaginário e Culturas da Infância. Centro de Estudos da Criança, Universidade do Minho. http://titosena.faed.udesc.br/Arquivos/Artigos_infancia/Cultura%20na%20Infancia.pdf

Schechner, R. (2003). O que é performance? O percevejo, 11(12), 25-50.

Scribano, A., & De Sena, A. (2009). Construcción de conocimiento en Latinoamérica: algunas reflexiones desde la auto-etnografia como estratégia de investigación. Cinta Moebio, 34. http://doi.org/10.4067/S0717-554X2009000100001

Silva, A. F. (2023). Entre processos e performances de crianças criando dança: arte, corporalidade e experiência na EMIA. [Tese de Doutorado, Universidade de São Paulo]. Repositório Institucional da USP. https://doi.org/10.11606/T.48.2023.tde-06042023-110556

Silva, A. F., & Prado, P. D. (2020). Que danças criam as crianças?: arte e corporalidade na educação das infâncias. Em I. C. Souza (Org.). Educação Infantil: comprometimento com a educação global da criança (pp. 96-105). Atena. https://www.atenaeditora.com.br/catalogo/ebook/educacao-infantil-comprometimento-com-a-formacao-global-da-crianca

Simondon, G. (2005). L'individuation à la lumière dês notions de forme et d'information (Trad. Pedro P. Ferreira e Francisco A. Caminati, pp. 23-36). Édition Jérôme Millon.

Spinoza, B. (1974). Ética III (Trad. Joaquim de Carvalho). Abril Cultural.

Szulc, A. (2019). Más allá de la agencia y las culturas infantiles: reflexiones a partir de una investigación etnográfica con niños y niñas mapuche. Runa, 40(1), 53-63. https://doi.org/10.34096/runa.v40i1.5360

Publicado

31.12.2023

Como Citar

Silva, A. F. da, & Prado, P. D. (2023). “Fazia uma dança que nem sabia fazer”: arte, docência e pesquisa com crianças. Linhas Crí­ticas, 29, e50403. https://doi.org/10.26512/lc29202350403

Edição

Seção

Dossiê | Escuta e participação nas pesquisas com (sobre) crianças

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.