Historical revisionism on Jair Bolsonaro’s Twitter

we are still the same

Authors

  • Barbara Guilherme Lopes Universidade de Brasília
  • Eneá de Stutz e Almeida Universidade de Brasília

Keywords:

Justiça de Transição, Bolsonaro, ditadura civil-militar, revisionismo

Abstract

It is known that the conjuncture must be analyzed widely, so that when speaking in the current sociopolitical context, it is necessary to look at the past and see it as part of the whole. In this context, the civil-military dictatorship in Brazil certainly has roots that allowed the construction of a revisionist discourse on the period. The role of this work, therefore, is to propose a critique of transitional justice, in view of the denial of history that is currently observed and that allowed the election of Jair Bolsonaro in 2018. For this, we performed the content analysis of the verified account on Twitter (current social network X), owned by the former president, with keywords on the dictatorship, to assess which speech he affiliates ideologically. The objective is to reflect on these two points: the memory about the civil-military dictatorship, in the implementation of transitional justice, and Bolsonaro’s revisionism. Thus, it was possible to conclude, from the results obtained, that in terms of memory, truth and justice, spaces were left open that could be filled with negationist discourses. This is the case of Bolsonaro’s Twitter, which presents historical revisionism and denies the civil-military dictatorship. This narrative, endorsed by voters in 2018, reveals the living symptom of the military period, which cannot be completely overcome, as expected, through transitional justice.

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Author Biographies

Barbara Guilherme Lopes, Universidade de Brasília

Mestra em Direito, Estado e Constituição pela Universidade de Brasília (UnB), graduada em Direito pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Pesquisadora do grupo Justiça de Transição (UnB) e do grupo de pesquisa e extensão Poder, Controle e Dano Social (UFSC).

Eneá de Stutz e Almeida, Universidade de Brasília

Eneá de Stutz e Almeida, doutora em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), mestra e graduada pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Professora adjunta da Universidade de Brasília (UnB). Coordenadora do grupo de pesquisa Justiça de Transição (UnB). Coordenadora do PPGD/UnB. Presidente da Comissão de Anistia do MDHC.

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Published

2023-12-30

How to Cite

GUILHERME LOPES, Barbara; DE STUTZ E ALMEIDA, Eneá. Historical revisionism on Jair Bolsonaro’s Twitter: we are still the same. Latin American Journal of Criminology, [S. l.], v. 3, n. 2, p. 79–103, 2023. Disponível em: https://www.periodicos.unb.br/index.php/relac/article/view/50987. Acesso em: 2 jun. 2024.

Issue

Section

Dossier: Justice, Memory and Peace in Latin America