Indigenous School Education and specific teaching-learning processes: reflections based on particular cases of Jê tribes
DOI:
https://doi.org/10.26512/rbla.v2i2.16227Abstract
A educação escolar indígena disseminou-se entre os povos indígenas do Brasil, tornando-se mais ou menos acessível, de acordo com os contextos políticos estaduais e municipais responsáveis pela educação. Os preceitos e regulamentos da Constituição Federal exigem que as escolas indígenas sejam específicas, diferenciadas e bilíngues. Esses preceitos são, em certo grau, confrontados com barreiras socio-culturais impostas pelos responsáveis pela educação escolar indígena que não são indígenas e que, por isso, não possuem o entendimento necessário para desenvolver processos de ensino-aprendizagem específicos para cada povo. Esta fala é uma reflexão sobre esse contexto, baseada em experiências com pesquisas e estudos sobre a educação escolar indígena envolvendo povos Xerénte, Krahô, Pyhcopcatijí, Rà mkokamekrá-Canela e Apinajé. Demonstramos que um entendimento claro do ensino específico do processo de aprendizagem de cada povo é essencial para implementar os preceitos constitucionais relativos à educação escolar indígena.Downloads
References
Codonho, Camila. 2007. Aprendendo entre pares: a transmissão horizontal de saberes entre as crianças indígenas Galibi-Marworno. Dissertação de mestrado, Universidade Federal de Santa Catarina.
Coelho, E. M. B. (org.). 2008. Estado multicultural e políticas indigenistas. São Luís: EDUFMA/CNPq, v. 1. 240 p.
Cohn, Clarice. 2000. Crescendo como um Xikrin: uma análise da infância e do desenvolvimento infantil entre os Kayapó-Xikrin do Bacajá. Revista de Antropologia 43.2:195-222. São Paulo.
Cohn, Clarice. 2002. A experiência da infância e o aprendizado entre os Xikrin. In: Aracy Lopes da Silva, Ângela Nunes (orgs.). Crianças indígenas: ensaios antropológicos 1:117-149. São Paulo: Global.
Da Matta, Roberto A. 1976. Um mundo dividido: a estrutura social dos índios Apinayé. Petrópolis: Vozes.
Giraldin, Odair. 1997. Cayapó e Panará: luta e sobrevivência de um povo Jê no Brasil Central. Campinas: Ed. UNICAMP.
Giraldin, Odair. 2000. Axpên Pyrà k: história, cosmologia, onomástica e amizade formal Apinajé. Tese de doutorado, Universidade Estadual de Campinas.
Lave, Jean. 1982. A comparative approach to educational forms learning processes. Anthropology & Education Quarterly, special issue, 12.2:181-187.
Lave, Jean. 1988. Cognition in practice. Cambridge: Cambridge University Press.
Lopes da Silva, Aracy. 2001. Uma “antropologia da educação” no Brasil? Reflexões a partir da escolarização indígena. In: Aracy Lopes da Silva, Mariana K. Leal Ferreira (orgs.), Antropologia, história e educação:a questão indígena e a escola. São Paulo: Global/MARI/FAPESP, pp. 29-43.
Melo, Clarissa Rocha de. 2008. Corpos que falam em silêncio: escola, corpo e tempo entre os Guarani. Dissertação de mestrado, Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.
Melo, Valéria M. C. 2010. Diversidade, meio ambiente e educação: uma reflexão a partir da sociedade Xerente. Dissertação de mestrado, Universidade Federal do Tocantins.
Ministério da Educação e Esportes. Secretaria da Educação Fundamental. 1998. Referencial curricular nacional para as escolas indígenas. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Ensino Fundamental.
Nimuendajú, Curt. 1983 [1939]. Os Apinayé. Belém: Museu Paraense Emílio Goeldi.
Nimuendajú, Curt. 1942. The Å erente. Los Angeles: The Southwest Museum.
Oliveira, C. Cunha de. 2005. The language of the Apinajé people of Central Brazil. Ph. D. dissertation, University of Oregon.
Oliveira, Roberto Cardoso de. 2000. O trabalho do antropólogo. São Paulo: Unesp; Brasília: Paralelo 15.
Paladino, Mariana. 2001. Educação escolar indígena no Brasil contemporâneo entre a revitalização cultural e a desintegração do modo de ser tradicional. Dissertação de mestrado, Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Paladino, Mariana. 2006. Estudar e experimentar na cidade: trajetórias sociais, escolarização e experiência urbana entre jovens indígenas Ticuna, Amazonas. Tese de doutorado, Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Museu Nacional, Universidade Federal do Riode Janeiro.
Ramos, Alcida Rita. 2010. Revisitando a etnologia brasileira. In: Luiz Fernando Dias Duarte (org.), Horizontes das ciências sociais: antropologia. São Paulo: ANPOCS, Barcarolla, Discurso Editorial.
Soares, Ligia R. R. 2010. Amji kÄ©n e pjê cunẽa: cosmologia e meio ambiente para os Rà mkôkamekrá/Canela. Dissertação de mestrado, Universidade Federal do Tocantins.
Tassinari, A. M. I. 2001. Escola Indígena: novos horizontes teóricos, novas fronteiras de educação. In: Aracy Lopes da Silva, Mariana K. Leal Ferreira (orgs.), Antropologia, história e educação: a questão indígena e a escola. São Paulo: Global/MARI/FAPESP, pp. 44-77.
Toren, C. 1993. Making history: the significance of childhood cognition for a comparative anthropology of mind. Man, n.s., 28.3:461-478.
Wagner, Roy. 2010. A invenção da cultura. São Paulo: Cosac Naify.
Xerente, V. Sumekwa, O. Giraldin. 2010. Os efeitos da ampliação do acesso à educação escolar na transmissão da cultura Akwẽ-Xerente. Anais doIV Seminário Internacional Fronteiras Étnico-Cultural e Fronteiras da Exclusão. Campo Grande: UCDB.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Authors who publish in RBLA agree to the following terms:
a) Authors maintain the copyright and grant the journal the right of first publication, and the work is simultaneously licensed under the Creative Commons Attribution License, which allows the sharing of the work with recognition of the authorship of the work and initial publication in this journal.
b) Authors are authorized to assume additional contracts separately, for non-exclusive distribution of the version of the work published in this journal (eg, publish in an institutional repository or as a book chapter), with recognition of authorship and initial publication in this journal.
c) Authors are allowed and encouraged to publish their work online (eg, in institutional repositories or on their personal page) at any point before or during the editorial process, as this can generate productive changes, as well as increase impact and citation of the published work.