Cuando lo confidencial se hace público: el acceso a documentos de represión en custodia de archivos públicos

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.26512/rici.v15.n1.2022.42444

Palabras clave:

Archivo público, Acceso a la información, Dictadura militar, Política de acceso

Resumen

El artículo analiza cómo los archivos estatales y nacionales están estructurando y posibilitando la investigación a distancia en sus fondos. Para ello, se realizó una investigación sobre las posibilidades de investigación de los archivos producidos por los órganos de represión de la dictadura militar en Brasil (1964-1985), y que se encuentran en custodia de archivos públicos. Los archivos de organismos como el Servicio Nacional de Información, a nivel federal, y los de las Secretarías de Orden Político y Social, organismos estatales vinculados a las Secretarías de Seguridad Pública, comenzaron, a partir de la década de 1990, a ser custodiados por archivos públicos, lo que hizo posible su apertura al público. La metodología adoptada se basó en el levantamiento bibliográfico y en el análisis cualitativo de los sitios web de los archivos estatales que contienen documentos de la policía política y del Archivo Nacional que, además de custodiar documentos del Servicio Nacional de Información, desarrolló el Projeto Memórias Reveladas, a través del cual la reproducción de documentos de los órganos de represión y la posterior puesta a disposición en el sitio web, en internet. En los sitios de archivo se analizó la existencia de reglas de acceso, reglas de descripción, instrumentos de investigación y documentos digitalizados y puestos a disposición del usuario. La investigación permitió percibir que algunos archivos no tienen sitio web, pero que otros que lo tienen, proporcionan instrumentos de investigación y reglas de acceso sin, sin embargo, otorgar los documentos digitalizados. Pocos archivos ofrecen, en los sitios web, el acceso y la posibilidad de capturar documentos. Se nota la existencia de instrumentos de investigación según normas de descripción internacionales y nacionales, sin embargo, mientras hay alineamiento en relación a la descripción archivística, se nota la adopción de normas diversificadas en cuanto al acceso a estos documentos. Se concluye que existe la necesidad de avanzar en las políticas de acceso y que queda por entender si el ejercicio del control sobre los archivos crea obstáculos para un acceso amplio.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Maria Blassioli Moraes, Universidade Estadual Paulista, Departamento de Ciência da Informação, Marília, SP, Brasil

Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Informação da Faculdade de Filosofia e Ciências - Campus Marília, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - Unesp. Possui graduação em História (1997) e mestrado em História Social (2003), ambos pela Universidade de São Paulo (2003) e, ainda, especialização em Organização de Arquivos pelo IEB - USP (2005).

Maria Leandra Bizello, Universidade Estadual Paulista, Departamento de Ciência da Informação, Marília, SP, Brasil

Historiadora, Doutora em Multimeios (UNICAMP), pós-doutora em Ciência da Informação (Universidade do Porto-Portugal). É professora do curso de Arquivologia do Departamento de Ciência da Informação e do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da Unesp - campus de Marília. É líder do Grupo de Pesquisa Acervos: Dimensões do documento, da memória e do patrimônio. Temas de pesquisa: Memória; Gestão de Documentos; Universidades.

Citas

AQUINO, Maria Aparecida de. No coração das trevas: o DEOPS/SP visto por dentro. In: AQUINO, Maria Aparecida de; MATTOS, Marco Aurélio Vannucchi Leme de; SWENSSON JUNIOR, Walter Cruz (org.). No coração das trevas: o DEOPS/SP visto por dentro. São Paulo: Arquivo do Estado/Imprensa Oficial do Estado, 2001.

AQUINO, Maria Aparecida de. As vísceras expostas do autoritarismo. Revista do Arquivo Público Mineiro. História e arquivística. Belo Horizonte, v. 47, n. 1, p. 20-40, janeiro-junho de 2006.

ARQUIDIOCESE DE SÃO PAULO. Brasil: Nunca Mais. Petrópolis: Vozes, 2001.

ARQUIVO NACIONAL (Brasil). Histórico. Disponível em: http://www.memoriasreveladas.gov.br/index.php/historico Acesso em: 10 ago. 2021.

ARQUIVO HISTÓRICO DO RIO GRANDE DO SUL (Brasil). Acervo da luta contra a ditadura. Disponível em: https://cultura.rs.gov.br/acervo-da-luta-contra-a-ditadura. Acesso em: 10 ago.2021.

ARQUIVO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO. (Brasil). Termo de Responsabilidade para Utilização do Acervo Digitalizado. Disponível em: www.arquivoestado.sp.gov.br/web/digitalizado/textual/portaria_deops Acesso em: 31 jul.2021(a).

ARQUIVO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO. (Brasil). Atenção. Disponível em: www.arquivoestado.sp.gov.br/web/digitalizado/textual/portaria_deops. Acesso em: 10 set. 2021(b).

ARQUIVO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO. (Brasil). DEOPS – Fichas. Disponível em: http://www.arquivoestado.sp.gov.br/web/digitalizado/textual/deops_ficha. Acesso em: 03 out. 2021(c).

BALLEGOOIE, Marlene Van; DUFF, Wendy. DCC Digital Curation Manual. Instalment on Archival Metadata, Toronto: University of Toronto, May. 2006. Disponível em: https://www.dcc.ac.uk/sites/default/files/documents/resource/curation-manual/chapters/archival-metadata/archival-metadata.pdf. Acesso em: 15.set.2020.

BELLOTTO, Heloísa. L., Arquivos permanentes: tratamento documental. Rio de Janeiro: FGV, 2007.

BRASIL. Lei n°8.159, de 08 de janeiro de 1991 . Dispõe sobre a política de arquivos públicos e privados e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8159.htm.Acesso em: 29.maio.2018.

BRASIL. Lei n°12.527, de 18 de novembro de 2011 . Regula o acesso à informação. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12527.htm.Acesso em: 29.maio.2018.

BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF, Presidência da República. [2018]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm.Acesso em: 29.maio. 2018.

CAMBRIDGE UNIVERSITY PRESS. Cambridge Dictionary. Disponível em: https://dictionary.cambridge.org/pt/.Acesso em: 18 set. 2021.

CONSELHO INTERNACIONAL DE ARQUIVOS. ISAD (G): norma geral internacional de descrição arquivística, adotada pelo Comitê de Normas de Descrição, Estocolmo, Suécia, 19-22 de setembro de 1999. 2. ed. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2001.

CONSELHO INTERNACIONAL DE ARQUIVOS. ISAAR (CPF): Norma Internacional de Registro de Autoridade Arquivística para Entidades Coletivas, Pessoas e Famílias. Tradução de Vitor Manuel Marques da Fonseca. 2. Ed. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2004. 99p. (Publicações Técnicas, 50). Ed. Adotada pelo Comitê de Normas de Descrição, Camberra, Austrália, 27-30 de outubro de 2003.

CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS (BRASIL). NOBRADE: Norma Brasileira de Descrição Arquivística. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2006.

CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS – CONARQ. Diretrizes gerais para a construção de websites de instituições arquivísticas. Rio de Janeiro: Conselho Nacional de Arquivos, 2000.

DUCHEIN, Michel. Los obstáculos que se oponen al acceso, a la utilización y a la transferencia de la información conservada en los archivos: un estudio el RAMP. Paris: Unesco, 1983.

DUFF, Wendy M. Mediação arquivística. In: EASTWOOD, T.; MACNEIL, Heather (org.), Correntes atuais do pensamento arquivístico. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2017.

DURANTI, Luciana. Origin and development of the concept of description. Archivaria: journal of the Association of Canadian Archivists, Ottawa, n. 35, p. 47-54, 1993.

FICO, Carlos. Como eles agiam. Rio de Janeiro: Record, 2001.

HEREDIA HERRERA, Antonia. Archivística general. Teoría y práctica. Sevilla: Diputación Provincial de Sevilla, 1991.

MARIZ, Anna Carla Almeida. A informação na internet. Arquivos públicos brasileiros. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2012.

SCHELLENBERG, Theodore. R. Arquivos modernos: princípios e técnicas. Rio de Janeiro: FGV, 2006.

SILVA. Shirlene Linny da. Transição política e a construção do direito de acesso aos arquivos da/sobre a repressão. In: MOURA, Maria Aparecida (org.) A construção social do acesso público à informação no Brasil. Contexto, historicidade e repercussões. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2014.

SODRÉ, Carolina Almeida; RONCAGLIO, Cynthia. A difusão dos acervos das DOPS no Banco de dados Memórias Reveladas. In: CUEVAS-CEVERÓ, Aurora et al. (Coord.) Investigación en información, documentación y sociedad. Perspectivas y tendencias. Madrid: Universidad Complutense de Madrid, 2017. Volumen 2.

TENER, Jean. Accessibility and archives. Archivaria: journal of the Association of Canadian Archivists, Ottawa , n. 6, p. 16-31, 1978.

YEO, Geoffrey. Debates em torno da descrição. In: EASTWOOD, Terry e MACNEIL, Heather (org.), Correntes atuais do pensamento arquivístico. Belo Horizonte: UFMG, 2017

WAGNER, Alfred. The policy of access to archives: from restriction to liberalization. UNESCO Bulletin for Libraries, v. 24, n. 2, March-April 1970.

Publicado

2022-06-25

Cómo citar

Moraes, M. B. ., & Bizello, M. L. . (2022). Cuando lo confidencial se hace público: el acceso a documentos de represión en custodia de archivos públicos. Revista Ibero-Americana De Ciência Da Informação, 15(1), 210–232. https://doi.org/10.26512/rici.v15.n1.2022.42444

Artículos similares

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 > >> 

También puede {advancedSearchLink} para este artículo.