Aspectos sociolinguísticos do ensino e do uso da língua Sabanê na aldeia Sowaintê, da Terra Indígena Parque do Aripuanã - RO. Relatório de pesquisa
DOI:
https://doi.org/10.26512/rbla.v10i2.20981Palabras clave:
Língua Sabanê. Sociolinguística. Revitalização. Educação Escolar IndígenaResumen
O presente trabalho reúne resultados de uma pesquisa de abordagem sociolinguística que demostra a atual situação do uso e do ensino da língua Sabanê, na aldeia Sowaintê. Os dados para pesquisa foram registrados em várias viagens a campo realizadas nos anos de 2016 e 2017 e revelam que a língua Sabanê se encontra em sério risco de extinção, contando com poucos falantes nativos, sendo que na comunidade foco de nossa investigação, só há dois falantes. Além disso, a língua praticamente não é ensinada na escola, mesmo com o esforço de alguns professores Sabanê em promover o ensino de sua língua nativa. O estudo foi desenvolvido à luz de Dorian (1989) “Investigating obsolescence: studies in language contraction and death”, e em Thomason (2015) “Endangered languages. An introduction.” Consideramos, também, os estudos de Braga e Telles (2014) e de Telles (2002) sobre as línguas da família Nambikwára. Os resultados do estudo mostram o estado avançado de redução de falantes do Sabanê e a urgência da implementação de uma política linguística que possa dar suporte linguístico e pedagógico à revitalização dessa língua.
Descargas
Citas
Araújo, G. A. de. 2004. A Grammar of Sabanê, a Nambikwaran Language. Utrecht: LOT.
Braga, A. G.; Telles, Stella. 2014. O comportamento do traço laringal em línguas Nambikwára do Norte: comparação entre o Latundê e o Negarotê. Universidade Federal do Rio de Janeiro: Linguística, vol. 10, n. 2.
Brasil. Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. 1998. Referencial Curricular Nacional para as Escolas Indígenas. Brasília: MEC/SEF.
D’Ángelis, W.; Veiga, J. (Orgs.). 1997. Leitura e Escrita em escolas indígenas. Campinas/São Paulo: ALB/Mercado das Letras.
______. 2012. Aprisionando sonhos: a educação escolar indígena no Brasil. Campinas, SP: Curt Nimuendajú.
Dorian, Nancy C. 1989. Investigating Obsolescence: studies in language contraction and death. Cambridge: Cambridge University Press.
Gil, A. C.. 2008. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas.
Monserrat, R. M. F. 2006. Política e Planejamento Linguístico nas sociedades indígenas do Brasil hoje: o espaço e o futuro das línguas indígenas. In: Formação de professores indígenas: repensando trajetórias. Luís Donisete Benzi Grupioni (Org.). Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, p. 131-154.
Projeto Político Pedagógico Da Escola Indígena De Ensino Fundamental E Médio Sowaintê. 2014.Vilhena ”“ RO: SEDUC.
Price, P. D.. 1978. The Nambiquara linguistic family. In: Anthropological Linguistics, vol. 20, n. 1, p. 14-37.
Reesink, E.. 2015. Os Sabanê e os povos do Nambikwara do Norte: etno-histórias das ruínas da história e de recriações tardias. Campo Grande, MS: Tellus, ano 15, n. 29, p. 113-133, jul./dez.
Rodrigues, Aryon Dall’Igna. 2002. Línguas Brasileiras: para o conhecimento das línguas indígenas. 4. Ed. São Paulo: Loyola.
Sabanês, Ivonete. 2016. A atual situação do ensino e do uso da língua Sabanê na escola e na comunidade da aldeia Sowaintê: uma investigação sociolinguística para revitalização da língua tradicional indígena. [Trabalho de Conclusão de Curso]. Ji-Paraná, RO: Unir, p. 110.
Tarallo, F. 1985. A pesquisa sociolinguística. São Paulo: Ática.
Thomason, S. G. 2015. Endangered Languages. an Introduction. Cambridge Textbooks in Linguistcis. United Kingdom: Cambridge University Press.
Telles, Stella. 2002. Fonologia e Gramática Latundê/Lakondê. Tese (Doutorado em Letras). Amsterdam: Vrije Universiteit Amsterdam.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2018 Revista Brasileira de Linguística Antropológica
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Los autores que publican en RBLA aceptan los siguientes términos:
a) Los autores conservan los derechos de autor y otorgan a la revista el derecho de primera publicación, y el trabajo se licencia simultáneamente bajo la Creative Commons Attribution License, que permite compartir el trabajo con reconocimiento de la autoría del trabajo y la publicación inicial en esta revista. .
b) Se autoriza a los autores a asumir contratos adicionales por separado, para la distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicado en esta revista (por ejemplo, publicar en un repositorio institucional o como capítulo de un libro), con reconocimiento de autoría y publicación inicial en este diario.
c) Se permite y se anima a los autores a publicar su trabajo en línea (por ejemplo, en repositorios institucionales o en su página personal) en cualquier momento antes o durante el proceso editorial, ya que esto puede generar cambios productivos, así como incrementar el impacto y la citación de el trabajo publicado.