A sociedade de risco e a noção de cidadania: desafios para a educação científica e tecnológica
DOI:
https://doi.org/10.26512/lc.v25.2019.19844Palavras-chave:
Sociedade de Risco, Ulrich Beck, Educação CTSResumo
Ulrich Beck, em uma obra de 1986 intitulada "sociedade de risco", afirma que a vida social moderna se defronta com novas formas de perigo produzidas por ela mesma e que desafiam a humanidade. Isso implica que viver em uma "sociedade de risco" seria assumir uma atitude calculista em relação às possibilidades de ação, positivas e negativas, com que somos continuamente confrontados. Esse confronto impacta tanto a existência em nível individual, quanto em nível global. Neste trabalho pretende-se abordar de que forma essa avaliação da modernidade social impacta a noção de cidadania e coloca em suspensão as perspectivas contidas nas abordagens CTS e Alfabetização Científica e avança-se a discussão sobre os desafios da educação científica moderna reflexiva.
Downloads
Referências
Battistoni, R. M., & Hudson, W. E. (1997). Experiencing citizenship: Concepts and models for service-learning in political science. Stylus Publishing.
Brasil. (2010). Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI. Setor de Educação da Representação da UNESCO no Brasil, Brasília: 2010.
Cassab, M. A. (2008). Democracia como balizadora do Ensino das Ciências na Escola: Como discutir esse desafio? Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, v. 8, n. 1, p. 1-17, 2008.
Christensen, C. (2009). Risk and school science education. Studies in Science Education, 45(2), 205–223. http://doi.org/10.1002/sce.10025
Dillon, J., & Gill, P. (2001). Risk, environment and health: Aspects of policy and practice. School Science Review, 83(303), 65 – 73.
Eijkelhof, H. M. C. (1990). Radiation and risk in physics education. Utrecht, The Netherlands: Uitgeverij CD Press.
Eijkelhof, H. M. C. (1996). Radiation risk and science education. Radiation Protection Dosimetry, 68(3–4), 273 – 278.
Freire, (1970). Pedagogia do oprimido. New York: Herder&Herder, 1970 (manuscrito em português de 1968). Publicado com Prefácio de Ernani Maria Fiori. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 218 p.
Giddens, A. (1990). The Consequences of Modernity (pp. 1–101). Stanford University Press.
Hall, S. (2006). A identidade cultural na pós-modernidade. 11th ed. Rio de Janeiro: DP & A Editora, 2006.
House of Lords. (2000). Science & technology - Third report. Retrieved May 25, 2011, from http://www.publications.parliament.uk/pa/ld199900/ldselect/ldsctech/38/3801.htm
Hsu, E. L. (2011). Social Theory And Globalization. In A. Elliott. The Routledge Companion to Social Theory (pp. 1–342). Routledge.
Igreja, M. A. A. (2004). A educação para a cidadania nos programas e manuais escolares de história e geografia de Portugal e História - 2.º e 3.º ciclos do ensino básico: da reforma curricular (1989) à reorganização curricular (2001). (Dissertação de mestrado). Instituto de Educação e Psicologia. Universidade do Minho, Braga – Portugal.
Keren, G., & Eijkelhof, H. M. C. (1991). Prior knowledge and risk communication: The case of nuclear radiation and X-rays. In R. E. Kasperson (Ed.), Communicating risks to the public: Technology, risk and society (pp. 145 – 156). Dordrecht, The Netherlands: Kluwer.
Kolstø, S. (2006). Patterns in students argumentation confronted with a riskfocused socio-scientific issue. Inter-national Journal of Science Education, 28(14), 1689 – 1716.
Kolstø, S. D. (2001). “To trust or not to trust, . . .”—Pupils’ ways of judging information encountered in a socio-scientific issue. International Journal of Science Education, 23(9), 877 – 901.
Kreuger, S. B., & Ramos, P. (2017). Concepções De Cidadania Na Educação Em Ciências: O Que Dizem Os Projetos Político-Pedagógicos E Os Professores De Escolas Municipais De Petrópolis - RJ. Ensaio Pesquisa Em Educação Em Ciências, 19 IS.
Levinson, R., Kent, P., Pratt, D., Kapadia, R., &Yogui, C. (2012). Risk-based decision making in a scientific issue: A study of teachers discussing a dilemma through a microworld. Science Education, 96(2), 212–233. http://doi.org/10.4135/9781849209717
Lijnse, P. L., Eijkelhof, H. M. C., Klaassen, C. W. J. M., & Scholte, R. L. J. (1990). Pupils’ and mass-media ideas about radioactivity. International Journal of Science Education, 12(1), 67 – 78.
Machado, N. J. (1998). Educação: seis propostas para o próximo milênio. Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo, Coleção Série Educação para a Cidadania, n. 16. São Paulo: USP, out.,
Mendelson, D. (2011) Central Terms And Thinkers. in A. Elliott (editors). The Routledge Companion to Social Theory Editor. Routledge (2011).
Millar, R., & Osborne, J. (1998). Beyond 2000: Science education for the future. London: King’s College.
Riesenberg, P. (1992). Citenship in the Western Tradition: Plato to Rousseau. ChapelHill and London: The University of North Carolina Press, 1992.
Ryder, J. (2002). School science education for citizenship: Strategies for teaching about the epistemology of science. Journal of Curriculum Studies, 34(6), 637 – 658.
Shor, I. (1992). Empowering Education: Critical teaching for social change. Chicago: University of Chicago Press.
Toti, F. A., & Pierson, A. H. C. (2008). Educação Científica e Cidadania: relações recíprocas em pauta e um referencial em construção? In: Encontro de Pesquisa em Ensino de Física. Curitiba.
Vesterinen, V-M., Tolppanen, S., & Aksela, M. (2016) Toward citizenship science education: what students do to make the world a better place? International Journal of Science Education, v. 38, n. 1, p. 30-50.
Westheimer, J., & Kahne, J. (2004). What kind of citizen? American Educational Research Journal, 41(2), 1–30.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2019 Revista Linhas Críticas
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License, o que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.